domingo, 26 de janeiro de 2014
DÚVIDAS SOBRE COMO PRONUNCIAR OS VERBOS NA FALA...
Eu VALHO ou VALO?
O certo é VALHO.
Quando você VER ou VIR?
O certo é “quando você VIR o filme”.
A FORA ou AFORA?
AFORA deve ser escrito sempre junto.
TRUXE ou TROUXE ou TROUCE ou TROUSSE?
O certo é TROUXE.
Truxe, trouce e trousse não existem.
Que eu ROBE ou ROUBE?
O certo é ROUBE.
QUIZ ou QUIS?
O certo é QUIS.
Eu REAVEJO ou REAVENHO?
Nenhum dos dois.
Como não existem as formas “reavejo” e “reavenho”, a solução é “eu estou reavendo” ou substituir por um sinônimo: “eu recupero”.
A BAIXO ou ABAIXO?
DEBAIXO ou DE BAIXO?
EMBAIXO ou EM BAIXO?
A BAIXO = só na expressão “de cima a baixo”: “Examinou tudo de cima a baixo”;
ABAIXO = nas demais situações: “Veio tudo abaixo”; “Posicionou-se abaixo de mim”;
DEBAIXO DE = quando estiver seguido da preposição DE: “Escondeu-se debaixo da mesa”;
DE BAIXO = nas demais situações: “Mora no andar de baixo”;
EMBAIXO (sempre junto) = DEBAIXO DE: “Escondeu-se embaixo da mesa”.
Existe “em baixa”: “O mercado de imóveis está em baixa”.
DÚVIDAS NO PORTUGUÊS...
O correto é “não tem a ver” ou “não tem que ver”?
Tanto faz. O fato de a expressão “não tem a ver” ser um galicismo não é crime. Já se foi o tempo em que os galicismos eram considerados “erros”. Palavras como atelier, abajur, chofer, detalhe e tantas outras já estão devidamente registradas em nossos dicionários e são plenamente aceitáveis.
Leitor tem dúvida quanto ao uso do acento da crase em “candidatos a vereador” e “candidatos à reeleição”.
Candidatos a vereador (sem o acento da crase)
Candidatos à reeleição (com o acento da crase)
A diferença é que no primeiro caso não há o artigo definido. Vereador, além de ser um substantivo masculino, está tomado no sentido genérico, isto é, sem artigo definido. No segundo caso, ocorre a crase, porque temos o artigo “a” feminino que define a reeleição, mais a preposição “a”. No masculino, corresponderia a “candidatos ao cargo”.
NA FRASE: “O parcelamento não poderá ser pago a perder de vista”, esse “a” é craseado?
É impossível haver crase antes de verbos, por um motivo muito simples: jamais haverá artigo antes do verbo. Temos apenas a preposição “a”.
“…a perder de vista”
“…a partir das 10h”
“…começou a chorar”
“…prefere sair a ficar em casa”
“Os filhos têm de obedecer aos pais ou obedecer os pais?”
O verbo OBEDECER é transitivo indireto, portanto “os filhos têm de obedecer aos pais”.
Qual é a diferença entre INVERTER e REVERTER? Na frase: “O Cruzeiro fez três gols no primeiro tempo e ficou difícil para o Náutico INVERTER ou REVERTER o resultado?”
Rigorosamente, “ficou difícil INVERTER o resultado”, e não “reverter” como estamos acostumados a ouvir. Se um clube está perdendo e precisa ganhar o jogo, só invertendo o resultado, ou seja, INVERTER significa “mudar para o oposto”. REVERTER significa voltar ao ponto de partida. Uma situação irreversível é aquela que “não tem volta”. Reverter o quadro político ou econômico significa “voltar à situação anterior”. Em geral, não é isso o que se quer dizer. Queremos, na verdade, é inverter a situação, ou seja, se está ruim queremos que a situação fique boa.
DÚVIDAS FREQUENTES NO PORTUGUÊS...
Qual é o feminino de “o artista” e de “o músico”?
Para o artista, basta mudar o artigo: a artista. Temos aqui, o que chamamos substantivo “comum de dois gêneros”. É aquele cuja forma é a mesma para o masculino e o feminino, mudando apenas o elemento determinativo.
O jovem – a jovem;
O estudante – a estudante;
O jornalista – a jornalista;
O artista – a artista.
Quanto ao músico, podemos usar a forma “o músico” tanto para homens quanto para mulheres. Quando isso acontece, o substantivo é chamado de sobrecomum.
O indivíduo
O músico;
A criança;
A vítima.
Quando devemos repetir a conjunção “ou”. Em perguntas e afirmações ou só em afirmações?
Só repetimos a conjunção “ou” quando queremos deixar clara a ideia de exclusão e só podemos usar em frases afirmativas. Em frases interrogativas, não há a necessidade da repetição.
Frase afirmativa (=ideia de exclusão):
“Ou o diretor ou o gerente deverá viajar a Brasília.”
Frase interrogativa:
“O diretor vai ficar para a reunião ou vai viajar a Brasília?”
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