quinta-feira, 26 de maio de 2011

DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO: exemplos e conceitos...

Nos textos literários nem sempre a linguagem apresenta um único sentido, aquele apresentado pelo dicionário. Empregadas em alguns contextos, elas ganham novos sentidos, figurados, carregados de valores afetivos ou sociais.

Quando a palavra é utilizada com seu sentido comum (o que aparece no dicionário) dizemos que foi empregada denotativamente.

Quando é utilizada com um sentido diferente daquele que lhe é comum, dizemos que foi empregada conotativamente, este recurso é muito explorado na Literatura.

A linguagem conotativa não é exclusiva da literatura, ela é empregada em letras de música, anúncios publicitários, conversas do dia-a-dia, etc.

Observe um trecho da canção “Dois rios”, de Samuel Rosa, Lô Borges e Nando Reis, note a caracterização do sol, ele foi empregado conotativamente:

O sol é o pé e a mão
O sol é a mãe e o pai
Dissolve a escuridão

O sol se põe se vai
E após se pôr
O sol renasce no Japão
...
Que os braços sentem
E os olhos vêem
Que os lábios sejam
Dois rios inteiros
Sem direção

Que os braços sentem
E os olhos vêem
Que os lábios beijam
Dois rios inteiros
Sem direção

Note que a expressão “dois rios inteiros” também foi empregada conotativamente e compõe um dos elementos básicos para a interpretação da letra.

Por Marina Cabral
Especialista em Língua Portuguesa e Literatura
Equipe Brasil Escola

DISCURSO DIRETO E INDIRETO: conceitos e exemplos diversos...

O diretor ordenou que aplaudíssemos.

Discurso Indireto Livre

Finalmente, há um caso misto de reprodução das falas dos personagens em que se fundem palavras do narrador e palavras dos personagens; trata-se do discurso direto livre. Observe a seguinte passagem do romance As meninas, de Lygia Fagundes Telles.

"Aperto o copo na mão. Quando Lorena sacode a bola de vidro a neve sobe tão leve. Rodopia flutuante e depois vai caindo no telhado, na cerca e na menininha de capuz vermelho. Então ela sacode de novo. 'Assim tenho neve o ano inteiro'. Mas por que neve o ano inteiro? Onde é que tem neve aqui? Acha lindo a neve. Uma enjoada. Trinco a pedra de gelo nos dentes."

Na forma do discurso direto, teríamos:

"Então ela sacode de novo e diz:
- Assim tenho neve o ano inteiro.
Mas por que neve o ano inteiro?"

Na forma do discurso indireto, teríamos:

"Então ela sacode de novo e diz que assim tem neve o ano inteiro."

Outro Exemplo

Discurso Direto

- Bom dia. Estou procurando um vestido para minha mulher.
- O senhor sabe o número dela?
- Ela é meio gordinha.
- O maior tamanho que temos é 44.
- Acho que é esse o número dela. Ou 44 ou 88.
- Vou apanhar uns modelos para o senhor ver.

Discuro Indireto (conta com o narrador)

O homem entrou na loja, saudou o vendedor e lhe disse que estava procurando um vestido para sua mulher. O vendedor lhe perguntou o número e ele apenas disse que sua mulher era um pouco gorda, ao que o vendedor respondeu que o maior número que tinham na loja era o 44. O homem afirmou que esse era o número dela, mas que também podia ser o 88. O vendedor saiu e foi buscar alguns modelos para que o homem pudesse vê-los."

Veja mais ainda:

Aí vai tudo o que você precisa saber sobre o assunto, diretamente de um dos maiores gramáticos brasileiros: Celso Cunha:

Discurso direto
Examinando este passo do conto Guaxinim do banhado, de Mário de Andrade:

"O Guaxinim está inquieto, mexe dum lado pra outro. Eis que suspira lá na língua dele - "Chente! que vida dura esta de guaxinim do banhado!..."

verificamos que o narrado, após introduzir o personagem, o guaxinim, deixou-o expressar-se "Lá na língua dele", reproduzindo-lhe a fala tal como ele a teria organizado e emitido.

A essa forma de expressão, em que o personagem é chamado a apresentar as suas próprias palavras, denominamos discurso direto.

Observação

No exemplo anterior, distinguimos claramente o narrador, do locutor, o guaxinim.

Mas o narrador e locutor podem confundir-se em casos como o das narrativas memorialistas feitas na primeira pessoa. Assim, na fala de Riobaldo, o personagem-narrador do romance de Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa.

"Assaz o senhor sabe: a gente quer passar um rio a nado, e passa; mas vai dar na outra banda é num ponto muito mais embaixo, bem diverso do que em primeiro se pensou. Viver nem não é muito perigoso?"

Ou, também, nestes versos de Augusto Meyer, em que o autor, liricamente identificado com a natureza de sua terra, ouve na voz do Minuano o convite que, na verdade, quem lhe faz é a sua própria alma:

"Ouço o meu grito gritar na voz do vento:
- Mano Poeta, se enganche na minha garupa!"

Características do discurso direto
1. No plano formal, um enunciado em discurso direto é marcado, geralmente, pela presença de verbos do tipo dizer, afirmar, ponderar, sugerir, perguntar, indagar ou expressões sinônimas, que podem introduzi-lo, arrematá-lo ou nele se inserir:

"E Alexandre abriu a torneira:

- Meu pai, homem de boa família, possuía fortuna grossa, como não ignoram." (Graciliano Ramos)
"Felizmente, ninguém tinha morrido - diziam em redor." (Cecília Meirelles)
"Os que não têm filhos são órfãos às avessas", escreveu Machado de Assis, creio que no Memorial de Aires. (A.F. Schmidt)

Quando falta um desses verbos dicendi, cabe ao contexto e a recursos gráficos - tais como os dois pontos, as aspas, o travessão e a mudança de linha - a função de indicar a fala do personagem. É o que observamos neste passo:

"Ao aviso da criada, a família tinha chegado à janela. Não avistaram o menino:
- Joãozinho!
Nada. Será que ele voou mesmo?"

2. No plano expressivo, a força da narração em discurso direto provém essencialmente de sua capacidade de atualizar o episódio, fazendo emergir da situação o personagem, tornando-o vivo para o ouvinte, à maneira de uma cena teatral, em que o narrador desempenha a mera função de indicador das falas.

Daí ser esta forma de relatar preferencialmente adotada nos atos diários de comunicação e nos estilos literários narrativos em que os autores pretendem representar diante dos que os lêem "a comédia humana, com a maior naturalidade possível". (E. Zola)

Discurso indireto
1. Tomemos como exemplo esta frase de Machado de Assis:

"Elisiário confessou que estava com sono."

Ao contrário do que observamos nos enunciados em discurso direto, o narrador incorpora aqui, ao seu próprio falar, uma informação do personagem (Elisiário), contentando-se em transmitir ao leitor o seu conteúdo, sem nenhum respeito à forma lingüística que teria sido realmente empregada.

Este processo de reproduzir enunciados chama-se discurso indireto.

2. Também, neste caso, narrador e personagem podem confundir-se num só:

"Engrosso a voz e afirmo que sou estudante." (Graciliano Ramos)

Características do discurso indireto

1. No plano formal verifica-se que, introduzidas também por um verbo declarativo (dizer, afirmar, ponderar, confessar, responder, etc), as falas dos personagens se contêm, no entanto, numa oração subordinada substantiva, de regra desenvolvida:

"O padre Lopes confessou que não imaginara a existência de tantos doudos no mundo e menos ainda o inexplicável de alguns casos."

Nestas orações, como vimos, pode ocorrer a elipse da conjunção integrante:

"Fora preso pela manhã, logo ao erguer-se da cama, e, pelo cálculo aproximado do tempo, pois estava sem relógio e mesmo se o tivesse não poderia consultá-la à fraca luz da masmorra, imaginava podiam ser onze horas." (Lima Barreto)

A conjunção integrante falta, naturalmente, quando, numa construção em discurso indireto, a subordinada substantiva assume a forma reduzida.:

"Um dos vizinhos disse-lhe serem as autoridades do Cachoeiro." (Graça Aranha)

2. No plano expressivo assinala-se, em primeiro lugar, que o emprego do discurso indireto pressupõe um tipo de relato de caráter predominantemente informativo e intelectivo, sem a feição teatral e atualizadora do discurso direto. O narrador passa a subordinar a si o personagem, com retirar-lhe a forma própria da expressão. Mas não se conclua daí que o discurso indireto seja uma construção estilística pobre. É, na verdade, do emprego sabiamente dosado de um e de outro tipo de discurso que os bons escritores extraem da narrativa os mais variados efeitos artísticos, em consonância com intenções expressivas que só a análise em profundidade de uma dada obra pode revelar.

Transposição do discurso direto para o indireto
Do confronto destas duas frases:

"- Guardo tudo o que meu neto escreve - dizia ela." (A.F. Schmidt)
"Ela dizia que guardava tudo o que o seu neto escrevia."

verifica-se que, ao passar-se de um tipo de relato para outro, certos elementos do enunciado se modificam, por acomodação ao novo molde sintático.

a) Discurso direto enunciado 1ª ou 2ª pessoa.

"-Devia bastar, disse ela; eu não me atrevo a pedir mais." (M. de Assis)

Discurso indireto: enunciado em 3ª pessoa:

"Ela disse que deveria bastar, que ela não se atrevia a pedir mais"

b) Discurso direto: verbo enunciado no presente:

"- O major é um filósofo, disse ele com malícia." (Lima Barreto)

Discurso indireto: verbo enunciado no imperfeito:

"Disse ele com malícia que o major era um filósofo."

c) Discurso direto: verbo enunciado no pretérito perfeito:

"- Caubi voltou, disse o guerreiro Tabajara."(José de Alencar)

Discurso indireto: verbo enunciado no pretérito mais-que-perfeito:

"O guerreiro Tabajara disse que Caubi tinha voltado."

d) Discurso direto: verbo enunciado no futuro do presente:

"- Virão buscar V muito cedo? - perguntei."(A.F. Schmidt)

Discurso indireto: verbo enunciado no futuro do pretérito:

"Perguntei se viriam buscar V. muito cedo"

e) Discurso direto: verbo no modo imperativo:

"- Segue a dança! , gritaram em volta. (A. Azevedo)

Discurso indireto: verbo no modo subjuntivo:

"Gritaram em volta que seguisse a dança."

f) Discurso direto: enunciado justaposto:

"O dia vai ficar triste, disse Caubi."

Discurso indireto: enunciado subordinado, geralmente introduzido pela integrante que:

"Disse Caubi que o dia ia ficar triste."

g) Discurso direto:: enunciado em forma interrogativa direta:

"Pergunto - É verdade que a Aldinha do Juca está uma moça encantadora?" (Guimarães Rosa)

Discurso indireto: enunciado em forma interrogativa indireta:

"Pergunto se é verdade que a Aldinha do Juca está uma moça encantadora."

h) Discurso direto: pronome demonstrativo de 1ª pessoa (este, esta, isto) ou de 2ª pessoa (esse, essa, isso).

"Isto vai depressa, disse Lopo Alves."(Machado de Assis)

Discurso indireto: pronome demonstrativo de 3ª pessoa (aquele, aquela, aquilo).

"Lopo Alves disse que aquilo ia depressa."

i) Discurso direto: advérbio de lugar aqui:

"E depois de torcer nas mãos a bolsa, meteu-a de novo na gaveta, concluindo:
- Aqui, não está o que procuro."(Afonso Arinos)

Discurso indireto: advérbio de lugar ali:

"E depois de torcer nas mãos a bolsa, meteu-a de novo na gaveta, concluindo que ali não estava o que procurava."

Discurso indireto livre
Na moderna literatura narrativa, tem sido amplamente utilizado um terceiro processo de reprodução de enunciados, resultante da conciliação dos dois anteriormente descritos. É o chamado discurso indireto livre, forma de expressão que, ao invés de apresentar o personagem em sua voz própria (discurso direto), ou de informar objetivamente o leitor sobre o que ele teria dito (discurso indireto), aproxima narrador e personagem, dando-nos a impressão de que passam a falar em uníssono.

Comparem-se estes exemplos:

"Que vontade de voar lhe veio agora! Correu outra vez com a respiração presa. Já nem podia mais. Estava desanimado. Que pena! Houve um momento em que esteve quase... quase!
Retirou as asas e estraçalhou-a. Só tinham beleza. Entretanto, qualquer urubu... que raiva... " (Ana Maria Machado)
"D. Aurora sacudiu a cabeça e afastou o juízo temerário. Para que estar catando defeitos no próximo? Eram todos irmãos. Irmãos." (Graciliano Ramos)
"O matuto sentiu uma frialdade mortuária percorrendo-o ao longo da espinha.
Era uma urutu, a terrível urutu do sertão, para a qual a mezinha doméstica nem a dos campos possuíam salvação.
Perdido... completamente perdido..."

( H. de C. Ramos)

Características do discurso indireto livre
Do exame dos enunciados em itálico comprova-se que o discurso indireto livre conserva toda a afetividade e a expressividade próprios do discurso direto, ao mesmo tempo que mantém as transposições de pronomes, verbos e advérbios típicos do discurso indireto. É, por conseguinte, um processo de reprodução de enunciados que combina as características dos dois anteriormente descritos.

1. No plano formal, verifica-se que o emprego do discurso indireto livre "pressupõe duas condições: a absoluta liberdade sintática do escritor (fator gramatical) e a sua completa adesão à vida do personagem (fator estético) " (Nicola Vita In: Cultura Neolatina).

Observe-se que essa absoluta liberdade sintática do escritor pode levar o leitor desatento a confundir as palavras ou manifestações dos locutores com a simples narração. Daí que, para a apreensão da fala do personagem nos trechos em discurso indireto livre, ganhe em importância o papel do contexto, pois que a passagem do que seja relato por parte do narrador a enunciado real do locutor é, muitas vezes, extremamente sutil, tal como nos mostra o seguinte passo de Machado de Assis:

"Quincas Borba calou-se de exausto, e sentou-se ofegante. Rubião acudiu, levando-lhe água e pedindo que se deitasse para descansar; mas o enfermo após alguns minutos, respondeu que não era nada. Perdera o costume de fazer discursos é o que era."

2. No plano expressivo, devem ser realçados alguns valores desta construção híbrida:

a) Evitando, por um lado, o acúmulo de quês, ocorrente no discurso indireto, e, por outro lado, os cortes das oposições dialogadas peculiares ao discurso direto, o discurso indireto livre permite uma narrativa mais fluente, de ritmo e tom mais artisticamente elaborados;

b) O elo psíquico que se estabelece entre o narrador e personagem neste molde frásico torna-o o preferido dos escritores memorialistas, em suas páginas de monólogo interior;

c) Finalmente, cumpre ressaltar que o discurso indireto livre nem sempre aparece isolado em meio da narração. Sua "riqueza expressiva aumenta quando ele se relaciona, dentro do mesmo parágrafo, com os discursos direto e indireto puro", pois o emprego conjunto faz que para o enunciado confluam, "numa soma total, as características de três estilos diferentes entre si".

Fonte: Celso Cunha in Gramática da Língua Portuguesa, 2ª edição, MEC-FENAME.

FONTE: INTERNET

BIOGRAFIA E AUTOBIOGRAFIA: conceitos e exemplos diversos...

Uma BIOGRAFIA é uma história de uma vida. É um acervo de experiências que serve, sobretudo, o propósito de exemplo. Mais do que manifestação de homenagem (ou denúncia), é um gesto de transmissão de algo exemplar. Regra geral, e ainda bem, positivo.

Para muitos (e ainda bem) uma vida preenchida e marcante passa também por ter sido, ou por ser, exemplar: Uma referência para a posteridade, um modelo cívico, empreendedor, ético, na inovação, na criação, uma referência que os vindouros possam apreciar como boa, inspiradora e única. Mas pela negativa ou pela positiva, a biografia é sempre a literatura do exemplo por excelência. É nesse sentido que são também valiosas as biografias de ditadores ou criminosos. Para que o futuro conheça exemplos de ignomínia, de caminhos a evitar, da dualidade da natureza humana. De todo o modo, lições.

AUTOBIOGRAFIA

Como contar a sua própria vida

Se BIOGRAFIA é a história da vida de alguém (já que bio é vida e grafia é texto, escrita), o que você imagina ser autobiografia? O prefixo auto quer dizer "a si mesmo", logo o termo se refere à história da própria vida.

Leia a apresentação que faz de si mesmo o escritor de livros infantis Bartolomeu Campos Queiroz:


...das saudades que não tenho

Nasci com 57 anos. Meu pai me legou seus 34, vividos com duvidosos amores, desejos escondidos. Minha mãe me destinou seus 23, marcados com traições e perdas. Assim, somados, o que herdei foi a capacidade de associar amor ao sofrimento...
Morava numa cidade pequena do interior de Minas, enfeitada de rezas, procissões, novenas e pecados. Cidade com sabor de laranja-serra-d’água, onde minha solidão já pressentida era tomada pelo vigário, professora, padrinho, beata, como exemplo de perfeição.
(...) Meu pai não passeou comigo montado em seus ombros, nem minha mãe cantou cantigas de ninar para me trazer o sono. Mesmo nascendo com 57 anos estava aos 60 obrigado ainda a ser criança. E ser menino era honrar pai com seus amores ocultos. Gostar da mãe e seus suspiros de desventuras.
(...) Tive uma educação primorosa. Minha primeira cartilha foi o olhar do meu pai, que me autorizava a comer ou não mais um doce nas festas de aniversário. Comer com a boca fechada, é claro, para ficar mais bonito e meu pai receber elogios pelo filho contido que ele tinha. E cada dia eu era visto como a mais exemplar das crianças, naquela cidade onde a liberdade nunca tinha aberto as asas sobre nós.
Mas a originalidade de minha mãe ninguém poderá desconhecer. Ela era capaz de dizer coisas que nenhuma mãe do mundo dizia, como por exemplo: – Você, quando crescer vai ter um filho igual a você. Deus há de me atender, para você passar pelo que eu estou passando. – Mãe é uma só. (...)

(Bartolomeu Campos Queiroz, em Abramovich, Fanny (org.) – “O mito da infância feliz”. Summus, São Paulo, 1983).




A autobiografia de Bartolomeu Campos Queiroz é marcada por uma certa tristeza e uma forte crítica tanto à educação dos pais, quanto aos costumes da cidadezinha onde nasceu. Dessa forma, ele rompe com a ideia de que criança é sempre feliz por ser inocente e não perceber os problemas da vida.


O escritor dá a entender que todos nascemos velhos, porque somos parte de vidas já vividas pelos pais e até mesmo pela sociedade - simbolizada em seu texto pela cidadezinha em que nasceu.


Também vale notar a referência irônica ao célebre poema "Meus oito anos", de Casimiro de Abreu ("Oh! que saudades que tenho/ da aurora da minha vida...)


Na biografia, a seleção dos eventos a serem apresentados é definida pelos outros, por isso, a objetividade é mais evidente que na autobiografia, em que a pessoa escolhe o que vai escrever sobre ela mesma.


Outra característica tanto da biografia quanto da autobiografia é a veracidade dos fatos. Costumam ser narrativas não ficcionais, ou seja, não são histórias "inventadas". O relato dos fatos no texto autobiográfico aparece frequentemente pontuado de lembranças, de um colorido emocional, que não é mostrado em outros tipos de textos. Predomina a subjetividade.


Compare a autobiografia reproduzida acima com a biografia de Carlos Drummond de Andrade. O que se pode concluir sobre a presença escolha dos pronomes: na biografia predomina o uso da terceira pessoa (ele), enquanto na autobiografia predomina o uso da primeira pessoa (eu). Esses usos relacionam-se à maior ou menor objetividade.



Autobiografia e sátira
Falar de si mesmo é sempre difícil... Nada como uma boa dose de bom humor para olhar para si próprio, não é mesmo? Leia como alguns autores tratam de suas biografias de forma bem-humorada.


Aí eu peguei e nasci!
Sou filho de árabe com loira e deu macaco na cabeça. E eu não tenho 56 anos. Eu tenho 18 anos. Com 38 de experiência. E eu era um menino asmático que ficava lendo Proust e ouvindo programa de terror no rádio.
Em 69 entrei pra Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. Mas eu matava aula com o namorado da Wanderléa pra ir assistir o programa de rádio do Erasmo Carlos. E aí eu desisti. Senhor Juiz, Pare Agora!
E aí eu fui pra swinging London, usava calça boca de sino, cabelo comprido e assisti ao show dos Rolling Stones no Hyde Park. E fazia alguns bicos pra BBC.
Voltei. Auge do tropicalismo. Freqüentava as Dunas da Gal em Ipanema. Passei dois anos batendo palma pro pôr-do-sol e assistindo o show da Gal toda noite. E depois diz que hippie não faz nada! (...)

José Simão Biografia




Perceba como José Simão, ao usar linguagem coloquial, expressões populares e gírias, se aproxima do leitor de jornal e da Internet ao escrever um texto descontraído e cheio de humor: "Aí eu peguei", "deu macaco na cabeça", "matava aula", "alguns bicos pra BBC", etc.


Ao escolher "fatos não nobres" de sua autobiografia, José Simão torna seu texto mais engraçado e carregado de ironia - uma boa maneira de fazer humor.


Leia a seguir a autobiografia de mais um humorista - Millôr Fernandes, um dos fundadores do famoso jornal alternativo dos anos 60 e 70, "O Pasquim":



SUPERMERCADO MILLÔR -- ANO I - N.º 1

(Autobiografia De Mim Mesmo À Maneira De Mim Próprio)

"E lá vou eu de novo, sem freio nem paraquedas. Saiam da frente, ou debaixo que, se não estou radioativo, muito menos estou radiopassivo. Quando me sentei para escrever vinha tão cheio de idéias que só me saíam gêmeas as palavras – reco-reco, tatibitate, ronronar, coré-coré, tom-tom, rema-rema, tintim-por-tintim. Fui obrigado a tomar uma pílula anticoncepcional. Agora estou bem, já não dói nada. Quem é que sou eu? Ah, que posso dizer? Como me espanta! Já não fazem Millôres como antigamente! Nasci pequeno e cresci aos poucos. Primeiro me fizeram os meios e, depois, as pontas. Só muito tarde cheguei aos extremos. Cabeça, tronco e membros, eis tudo. E não me revolto. Fiz três revoluções, todas perdidas. A primeira contra Deus, e ele me venceu com um sórdido milagre. A segunda com o destino, e ele me bateu, deixando-me só com seu pior enredo. A terceira contra mim mesmo, e a mim me consumi, e vim parar aqui.”


Millôr




1) Releia o título "Supermercado Millôr" e o subtítulo "Autobiografia de Mim Mesmo à maneira de Mim Próprio" e analise que relação pode haver entre uma autobiografia e a ideia de produto a ser vendido, como mercadoria, num supermercado.


2) Relembrando que pleonasmo é uma forma de se usar a mesma ideia de forma repetitiva e desnecessária - lembre-se dos famosos pleonasmos "subir para cima", "descer para baixo", "entrar para dentro" e "sair para fora", que, segundo a gramática, devem ser evitados. Procure, então, explicar os pleonasmos usados no subtítulo, por Millôr, confirmando a abordagem satírica de sua biografia.


3) Millôr elabora sua biografia, de forma irônica e crítica, ao usar:


•contradições/paradoxos;

•chavões ou frases feitas, recriando-os;

•criação de novas palavras, com fina ironia.

Enfim, muitas vezes, o gênero biografia pode ser uma boa desculpa para um escritor fazer crítica social ou mesmo brincar consigo mesmo e com a própria humanidade.


FONTE: INTERNET

FILME: Quase Deuses...

Vivien Thomas foi um marceneiro muito esforçado, ele não tinha nome de homem por um erro de sua mãe ao achar que seria uma menina, e quando ele veio ao mundo, sua mãe não desejou mudar o nome, já que toda a papelada já estava pronta.

Após um bom tempo, quando Vivien Thomas já estava bem crescido, ele infelizmente foi demitido de seu emprego logo quando teve depressão, pois estavam preferindo pessoas sem família para sustentar. Além deste acontecimento ruim, todas as economias de Thomas que estavam guardadas no banco durante sete anos foram perdidas devido o fato de o banco falir. Foi um desastre total, porém Vivien e sua família sempre foram trabalhadores e pessoas batalhadoras.

Assim com muito esforço ele conseguiu um emprego de faxineiro com um bom médico pesquisador, chamado Alfred Blalock. Alfred foi uma grande inspiração para Vivien Thomas, e assim Vivien começou estudar todos os livros sobre medicina que havia no local de seu trabalho e seu conhecimento se expandiu.

Após pouco tempo, Alfred descobriu toda a inteligência de seu faxineiro e decidiu aproveitá-la; tendo-o como auxiliar. Juntando todo o conhecimento e a sabedoria de ambos, Blalock conseguiu se tornar um cirurgião-chefe na “Universidade Johns Hopkins” e juntamente com Thomas encontrou uma nova técnica de realizar cirurgias para o coração.

Blalock foi o único que recebeu os méritos devido o grande descobrimento que salvou muitas vidas, e somente no final do filme (quando Alfred assume não ser o responsável pelos métodos de salvar as vidas) Vivien Thomas consegue seus méritos devidos, afinal ele foi o autor de descobertas incríveis, mas ninguém nem mesmo sabia o seu nome até o momento.

Parece ser um filme complexo, chato ou mesmo estressante, porém é totalmente ao contrário, o filme “Quase deuses” é muito bacana e além de conhecermos uma história muito cabana, aprendemos como agir diante de certas situações e também nos mostra como vencer na vida e a importância da persistência no que queremos. Assista que você não se arrependerá.

FONTE: INTERNET

TEXTO DESCRITIVO...

Antes de partirmos para a escrita de qualquer texto devemos conscientizar-nos de que a mesma requer certas habilidades que apreendemos ao longo de nossa experiência, tais como aperfeiçoamento vocabular, domínio das regras gramaticais como um todo, conhecimento de elementos linguísticos e extratextuais, entre outros.

Outro fator de extrema relevância é a técnica utilizada para compor os diversificados tipos de textos, sejam estes: narrativos, descritivos ou dissertativos.

O texto descritivo por excelência, consiste em uma percepção sensorial, representada pelos cinco sentidos (visão, tato, paladar, olfato e audição) no intuito de relatar as impressões capturadas com base em uma pessoa, objeto, animal, lugar ou mesmo um determinado acontecimento do cotidiano.

É como se fosse uma fotografia traduzida por meio de palavras, sendo que estas são “ornamentadas” de riquíssimos detalhes, de modo a propiciar a criação de uma imagem do objeto descrito na mente do leitor.

A descrição pode ser retratada apoiando-se sob dois pontos de vista: o objetivo e o subjetivo.

Na descrição objetiva, como literalmente ela traduz, o objetivo principal é relatar as características do “objeto” de modo preciso, isentando-se de comentários pessoais ou atribuições de quaisquer termos que possibilitem a múltiplas interpretações.

A subjetiva perfaz-se de uma linguagem mais pessoal, na qual são permitidas opiniões, expressão de sentimentos e emoções e o emprego de construções livres em que revelem um “toque” de individualismo por parte de quem a descreve.


FONTE: INTERNET(Vânia Duarte )

TEXTO NARRATIVO...

Por Araújo, A. Ana Paula de

A narração é um dos gêneros literários mais fecundos, portanto, há atualmente diversos tipos de textos narrativos que comumente são produzidos e lidos por pessoas de todo o mundo.

Entre os tipos de textos mais conhecidos, estão o Romance, a Novela, o Conto, a Crônica, a Fábula, a Parábola, o Apólogo, a Lenda, entre outros.

O principal objetivo do texto narrativo é contar algum fato. E o segundo principal objetivo é que esse fato sirva como informação, aprendizado ou entretenimento. Se o texto narrativo não consegue atingir seus objetivos perde todo o seu valor. A narração, portanto, visa sempre um receptor.

Vejamos os conceitos de cada um desses tipos de narração e as diferenças básicas entre eles.

Romance: em geral é um tipo de texto que possui um núcleo principal, mas não possui apenas um núcleo. Outras tramas vão se desenrolando ao longo do tempo em que a trama principal acontece. O Romance se subdivide em diversos outros tipos: Romance policial, Romance romântico, etc. É um texto longo, tanto na quantidade de acontecimentos narrados quanto no tempo em que se desenrola o enredo.

Novela: muitas vezes confundida em suas características com o Romance e com o Conto, é um tipo de narrativa menos longa que o Romance, possui apenas um núcleo, ou em outras palavras, a narrativa acompanha a trajetória de apenas uma personagem. Em comparação ao Romance, se utiliza de menos recursos narrativos e em comparação ao Conto tem maior extensão e uma quantidade maior de personagens.

OBS: A telenovela é um tipo diferente de narrativa. Ela advém dos folhetins, que em um passado não muito distante eram publicados em jornais. O Romance provém da história, das narrativas de viagem, é herdeiro da epopéia. A novela, por sua vez, provém de um conto, de uma anedota, e tudo nela se encaminha para a conclusão.

Conto: É uma narrativa curta. O tempo em que se passa é reduzido e contém poucas personagens que existem em função de um núcleo. É o relato de uma situação que pode acontecer na vida das personagens, porém não é comum que ocorra com todo mundo. Pode ter um caráter real ou fantástico da mesma forma que o tempo pode ser cronológico ou psicológico.

Crônica: por vezes é confundida com o conto. A diferença básica entre os dois é que a crônica narra fatos do dia a dia, relata o cotidiano das pessoas, situações que presenciamos e já até prevemos o desenrolar dos fatos. A crônica também se utiliza da ironia e às vezes até do sarcasmo. Não necessariamente precisa se passar em um intervalo de tempo, quando o tempo é utilizado, é um tempo curto, de minutos ou horas normalmente.

Fábula: É semelhante a um conto em sua extensão e estrutura narrativa. O diferencial se dá, principalmente, no objetivo do texto, que é o de dar algum ensinamento, uma moral. Outra diferença é que as personagens são animais, mas com características de comportamento e socialização semelhantes às dos seres humanos.

Parábola: é a versão da fábula com personagens humanas. O objetivo é o mesmo, o de ensinar algo. Para isso são utilizadas situações do dia a dia das pessoas.

Apólogo: é semelhante à fábula e à parábola, mas pode se utilizar das mais diversas e alegóricas personagens: animadas ou inanimadas, reais ou fantásticas, humanas ou não. Da mesma forma que as outras duas, ilustra uma lição de sabedoria.

Anedota: é um tipo de texto produzido com o objetivo de motivar o riso. É geralmente breve e depende de fatores como entonação, capacidade oratória do intérprete e até representação. Nota-se então que o gênero se produz na maioria das vezes na linguagem oral, sendo que pode ocorrer também em linguagem escrita.

Lenda: é uma história fictícia a respeito de personagens ou lugares reais, sendo assim a realidade dos fatos e a fantasia estão diretamente ligadas. A lenda é sustentada por meio da oralidade, torna-se conhecida e só depois é registrada através da escrita. O autor, portanto é o tempo, o povo e a cultura. Normalmente fala de personagens conhecidas, santas ou revolucionárias.

FONTE: INTERNET

PROSA E POESIA...

D'ONOFRIO, Salvatore. Conceituação do Poético. In: O texto Literário. São Paulo: Duas Cidades, 1983.

Conceituação do poético
[...]

Poesia e prosa literária

As considerações feitas anteriormente acerca da natureza, dos caracteres e das funções da linguagem literária são válidas para o poético num sentido amplo, incluindo as obras não-versificadas. Com efeito, poiesis, etimologicamente, indica o ato de criar, o fazer artístico, independentemente de sua forma de expressão. A fronteira entre poesia e prosa literária é bastante fluida, existindo formas intermediárias, chamadas de poemas em prosa ou, prosas poéticas.

A distinção poesia-prosa literária era incontestada até a época do neoclassicismo, porque se fundamentava no aspecto formal do texto, mais do que no efeito produzido. A estética clássica considerava poesia o texto literário que se caracterizava pela sobrecarga do código retórico relativo ao uso da versificação, da escolha das palavras, das figuras de estilo, dos tópicos consagrados. Mas, do pré-romantismo para cá, assistimos a uma revolução do conceito do poético: enquanto a prosa literária tende a poetizar-se pelo uso de imagens, símbolos e ritmos, a poesia se aproxima cada vez mais da prosa literária pela renúncia aos esquemas métricos, rítmicos, estróficos. O verso-livrismo destrói a periodicidade do retorno fônico, o paralelismo sonoro, que caracteriza a poesia tradicional. O moderno conceito de poeticidade está centrado, mais do que em esquemas formais, num objeto ou numa realidade sentida e descrita artisticamente.

Mas, anulada a diferença formal e identificado o objetivo poético, qual é o critério para distinguirmos a prosa literária da poesia propriamente dita, um conto de um poema? Lefebvre (34, p. 170), sugerindo a substituição da distinção poesia/prosa pela de "discurso da poesia/discurso da narrativa", vê a diferença no tipo de narrador: "O que pensa o senhor X do universo, ao despertar esta manhã no seu quarto, é matéria para narrativa; o que pensa, em geral, do universo o eu anônimo do autor é, consoante os casos, matéria para trabalho filosófico ou científico ou matéria para poesia". O discurso da narrativa, segundo esse autor, seria ficcional ou diegético, ao passo que o discurso da poesia seria real ou autêntico.

A nosso ver, Lefebvre incorre aqui num equívoco: a ficcionalidade é uma característica inalienável do poético em geral e não apenas da literatura narrativa; não existe obra de arte literária se não for fruto da imaginação. Como o narrador de um romance, assim o eu do poema é também ele um ser ficcional, diferente da pessoa física do autor.

Reputamos que as características estruturais do poético, quer as que enformam o discurso quer as que enformam a fábula, são comuns à poesia e à prosa literária e que o que distingue uma forma literária de outra é o grau maior ou menor de poeticidade com que atuam. Como a linguagem literária se diferencia da linguagem usual quantitativa e não qualitativamente (quanta poesia não existe nos adágios populares, na linguagem infantil ou do homem apaixonado!), assim a poesia se diferencia da prosa literária pela presença em grau maior dos elementos fônicos, lexicais, sintáticos e semânticos constitutivos da linguagem poética. Da mesma forma, os elementos estruturais constitutivos da narrativa literária (narrador, ação, personagem, espaço e tempo) se encontram, embora de um modo reduzido, também no poema.


Por isso, podemos afirmar que um romance é um poema expandido e um poema um romance condensado ou, de acordo com Paul Valéry, que a poesia é a literatura "reduzida ao essencial de seu princípio ativo". Não é outra a opinião de Cohen:


A prosa literária não é senão uma poesia moderada em que a poesia, por assim dizer, constitui uma forma veemente da literatura, o grau paroxístico do estilo. O estilo é uno. Apresenta um número finito de figuras, sempre as mesmas. Da prosa para a poesia, e de um estado de poesia para outro, a diferença está na audácia com que a linguagem utiliza os processos virtualmente inscritos na sua estrutura (129, p. 121).


O seguinte gráfico mostra os graus de poeticidade:



Grau de poeticidade 0 1 2 3 4 Máximo
Linguagem do cientista Homem comum crítico romancista Poema sem rima e sem metro Poema integral




A poesia não se distingue da prosa literária pela presença da rima (há poemas sem rima), nem do metro (há poemas de metro irregular ou sem metro), nem do ritmo (a prosa literária também pode ter um ritmo poético), nem da estrofe (como há romances sem divisão em capítulo, assim há poemas sem divisão estrófica). A diferença reside na presença ou não do verso. Verso, do latim versus, significa "retorno", "volta para trás"; ao passo que prosa, do latim prorsus, significa "ir para a frente", "avançar sem limites". Teoricamente, se o espaço gráfico o permitisse, um conto ou um romance poderia ser escrito numa única linha. Um poema, diferentemente, é constituído pela segmentação de sua escrita: cada verso é um recorte no continuun do discurso, estabelecendo pausas fônicas independentemente das pausas sintáticas. Por isso a prosa se caracteriza pelo ritmo da continuidade e a poesia pelo ritmo da repetição.

Mas, apesar dessa diferença formal, os elementos estruturais do poético, como já notamos, são comuns a qualquer obra literária, seja ela versificada ou não. A divisão que apresentaremos de elementos estruturais da narrativa e elementos estruturais do poema tem apenas uma finalidade metodológica e didática e prende-se a predominância de alguns elementos sobre outros. É fácil notar que o foco narrativo, as ações, as personagens, as determinações espaciais e temporais, em toda a sua pluralidade, são elementos que se encontram mais evidenciados em obras narrativas, como romances, contos ou poesia épica, ao passo que as relações fono-semânticas e as figuras de estilo são elementos mais específicos da obra versificada, especialmente do tipo de poesia que se costuma chamar de lírica.

Outro critério para distinguir a ficção em prosa da ficção poética pode ser o grau de "credibilidade". Desde as suas origens, a poesia apoderou-se do domínio da fantasia, reservando para a prosa o campo da ciência e da verdade. E a prosa, mesmo quando adentrou o território imaginativo da poesia, procurou salvaguardar esse seu estigma inicial: ter uma aparência de veridicidade. A obra ficcional em prosa sempre pretendeu ser crível ou verossímil. O poeta Homero pôde cantar as incríveis façanhas de deuses e heróis com a mais absoluta liberdade de imaginação, sem se preocupar com que algum ouvinte ou leitor pudesse inquirir sobre a fonte de seu conhecimento; os prosadores do mesmo assunto ficcional (a Guerra de Tróia) procuraram precaver-se contra o espírito crítico dos leitores, colocando no início de suas obras literárias pseudofontes históricas (Chassang, 72, p. 23). Tal costume perpetuou-se na história da narrativa em prosa e intensificou-se na época do Romantismo, quando os romancistas, para conferir um caráter de historicidade às obras, inventavam a existência de manuscritos anônimos de que os romances seriam apenas transcrições e reelaborações.

É por força do desejo de ser acreditado que todo ficcionista em prosa, um mais outro menos, consciente ou inconscientemente, estrutura sua obra segundo o princípio da verossimilhança: o autor, através do narrador fictício, procura prestar conta ao leitor do modo pelo qual veio a conhecer os fatos narrados: "Reina aqui urna estranha coincidentia oppositorunn: por um lado, deseja-se que o romance derive da fantasia como a força mais poética (ficção é um termo técnico bem adequado); por outro lado, deseja-se, todavia, a verossimilhança, a realidade, mesmo a "certificação" do que é narrado" (Kayser, 33, II, p. 261).

FONTE: INTERNET

COMO ESCREVER UMA PARÓDIA...

A paródia é a recriação de um texto, geralmente célebre, conhecido, uma reescritura de caráter contestador, irônico, zombeteiro, crítico, satírico, humorístico, jocoso.

A paródia constrói, assim, um percurso de desvio em relação ao texto parodiado, numa espécie de insubordinação crítica, cômica.



Texto-Base: No Meio do Caminho


Carlos Drummond de Andrade

No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas
Nunca me esquecerei desse acontecimento
que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no
meio do caminho
no meio do caminho
tinha uma pedra








Paródia No Meio do Caminho


Deise Konhardt Ribeeiro

No meio do caminho tinha um fuquinha
tinha um fuquinha no meio do caminho
tinha um fuquinha
no meio do caminho tinha um fuquinha.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na ida de minhas noitadas tão agitadas.
Nunca me esquecerei
que no meio do caminho
tinha um fuquinha
tinha um fuquinha no
meio do caminho
no meio do caminho
tinha um fuquinha.








Texto-Base: Primeiro Ato


Gilberto Scarton


Sem professor. Sem aula. Sem provas. Sem notas
Sem computador. Sem dom. Sem queda. Sem inspiração.
Sem estresse!
Só tu.
Tu e tu. Tu e o texto. Tu e a folha em branco.
Que impassível espera ser preenchida, para entretecer
contigo a teia de palavras que liga todas as dimensões de
tua existência, nesta travessia de comunicação de ti para
contigo, de ti para o outro.
Sem.
Só tu.
Com teu ritmo. Com tua pulsação. Com paixão.
Na aventura do cotidiano. De resgatar a memória.
De fecundar o presente. De gestar o futuro. Anunciando
esperanças. Denunciando injustiças. In(en)formando o
mundo com tua-vida-toda-linguagem.
Sem!
Levanta tua voz em meio às desfigurações da existência,
da sociedade, tu tens a palavra.
A tua palavra. Tua voz. E tua vez.








Paródia: Primeiro Filho


Antonio Carlos Paim Terra


Sem telefone. Sem campainha. Sem cachorro.
Sem estresse. Sem vizinho. Sem tudo. Sem nada.
Sem roupa!
Só tu.
Eu e tu. Tu e o teu corpo. Tu e o clima romântico.
Eu impassível espero por ti, para entrelaçar
contigo uma teia de carinhos que liga toda a dimensão de
nossos corpos, nesta travessia de vibrações de ti para
comigo, de mim para contigo.
Sem camisinha.
Só prazer.
Com nosso ritmo. Com minha pulsação. Com paixão.
Na aventura do cotidiano. De rasgar a tua roupa.
De fecundar o presente. De gestar o futuro. Anunciando
um bebê. Informando ao mundo
o nascimento de uma vida.
Sem preparativos!
Levemos o fato para a sociedade.
Nós temos a felicidade.
O nosso filho. Daqui a nove meses. Será a tua vez.








Texto-Base: Carreira Hereditária


BOM XI BOM XI BOMBOMBOM...!
BOM XI BOM XI BOMBOMBOM...!
BOM XI BOM XI BOMBOMBOM...!

ANALISANDO ESSA CARREIRA HEREDITÁRIA
QUERO ME LIVRAR DESSA SITUAÇÃO PRECÁRIA
(REPETE)
ONDE O RICO CADA VEZ FICA MAIS RICO
E O POBRE CADA VEZ MAIS POBRE
E O MOTIVO TODO MUNDO JÁ CONHECE
É QUE O "DE CIMA" SOBE
E O "DE BAIXO" DESCE...








Texto-Base: Carreira Estagiária


Luciana da Silva Rocha

BOM XI BOM XI BOMBOMBOM...!
BOM XI BOM XI BOMBOMBOM...!
BOM XI BOM XI BOMBOMBOM...!

ANALISANDO MINHA CARREIRA ESTAGIÁRIA
QUERO ME LIVRA DESSA SITUAÇÃO PRIMÁRIA...
ONDE O EFETIVO CADA VEZ FICA MAIS RICO
E O ESTAGIÁRIO CADA VEZ É MAIS OTÁRIO,
E O MOTIVO TODO MUNDO JÁ CONHECE...
O EFETIVO SOBE, O ESTAGIÁRIO DESCE.

BOM XI BOM XI BOMBOMBOM...!
BOM XI BOM XI BOMBOMBOM...!
BOM XI BOM XI BOMBOMBOM...!

MAS EU SÓ QUERO É COMPRAR MEUS LIVROS,
PAGAR A MINHA MENSALIDADE COM MUITA DIGNIDADE,
EU QUERO VIVER BEM,
TERMINAR DE ESTUDAR,
MAS A GRANA QUE EU GANHO
NÃO DÁ NEM PARA CONTAR...
E O MOTIVO TODO MUNDO JÁ CONHECE...








Texto-Base: Ser Mãe


Coelho Neto

Ser mãe é desdobrar fibra por fibra
o coração! Ser mãe é ter no alheio
lábio, que suga, o pedestal do seio,
onde a vida, onde o amor cantando vibra.

Ser mãe é ser um anjo que se libra
sobre um berço dormido! É ser anseio,
é ser temeridade, é ser receio,
é ser força que os males equilibra!

Todo bem que a mãe goza é bem do filho,
espelho em que se mira afortunada,
luz que lhe põe nos olhos novo brilho!

Ser mãe é andar chorando num sorriso!
Ser mãe é ter um mundo e não ter nada!
Ser mãe é padecer num paraíso.








Paródia: Ser Moderna


Marco Antonio F. Conde

Se moderna é remontar fibra por fibra
o peitão! Ser moderna é não ter o receio
de ficar bonita, botando silicone no seio,
onde a natureza, recriada, balançando vibra!

Ser moderna é ter um marmanjo que se libra
sobre o busto rígido! É ser dois seios,
é não necessitar de outros meios,
é ter força, onde o vestido se equilibra!

Todo o bem que goza é bem da humanidade,
espelho onde se mira, sem culpa,
ser menina, em qualquer idade!

Ser moderna é ser siliconada!
Ser moderna é ter prótese mamária!
ser moderna é ser um colírio pra gurizada!




FONTE: INTERNET

FILME: Prova de Fogo.

Akeelah tem apenas 11 anos, mas um incrível talento com as palavras. Admirado com esse dom, o diretor de sua escola a inscreve num concurso regional de soletração e faz com que ela seja treinada por um professor com PhD em literatura, Dr. Larabee (Laurence Fishburne). Enfrentando a objeção de sua mãe, o ciúme de sua melhor amiga, as diferenças sociais e as dificuldades no relacionamento com o professor, Akeelah vai passando por todas as etapas do concurso, até ser classificada para a grande prova de fogo de sua vida - a final nacional em Washington.


FILME: O Presente

Este filme conta a história de um jovem que tem uma relação difícil com
o seu avô. Ele tem um estilo de vida caro e vai herdar a fortuna da família quando seu avô morrer. Quando isso finalmente acontece, para colocar a mão no dinheiro, ele precisa cumprir algumas tarefas que o falecido deixou. Nessas tarefas, o herdeiro terá que aprender algumas coisas importantes e perceber que alguns valores irão seguir com ele para sempre, ensinando-o a valorizar coisas que antes não dava importância.


LEIA: A Bolsa Amarela ( Lígia Bojunga )

Esta obra trata-se de um romance de uma menina que entra em conflito consigo mesma e com a família ao reprimir três grandes vontades (que ela esconde numa bolsa amarela) - a vontade de ser gente grande, a de ter nascido menino e a de se tornar escritora. A partir dessa revelação - por si mesma uma contestação à estrutura familiar tradicional em cujo meio ´criança não tem vontade´ - essa menina sensível e imaginativa nos conta o seu dia-a-dia, juntando o mundo real da família ao mundo criado por sua imaginação fértil e povoado de amigos secretos e fantasias.Ao mesmo tempo que se sucedem episódios reais e fantásticos, uma aventura espiritual se processa e a menina segue rumo à sua afirmação como pessoa.

FONTE: INTERNET

domingo, 22 de maio de 2011

PIADAS E ADIVINHAS....RISOS....

PIADAS...

A professora pergunta para os alunos:
- Quem é que quer ir par ao céu?
Todos levantam a mão, menos o Joãozinho.
- E você Joãozinho? Não quer ir para o céu?
- Querer eu quero, mas a minha mãe falou que depois da aula era para eu ir direto para casa!
Tassiane Melo de Freitas - Butiá - RS

A visita pergunta para a filhinha da dona da casa:
- A que hora vocês costumam jantar aqui?
- A mamãe disse que hoje a gente iria jantar assim que a senhora fosse embora.
Regiane Almeida Oliveira - Rio Grande da Serra - SP

- Puxa, mas que retrato horrível!
- Não é retrato, é espelho!
Renato Cardoso Júnior - Aracaju - SE

- Como foi na prova, meu filho?
- Polarmente, mãe.
- Polarmente? O que é isso?
- Tudo próximo de zero..
Luiz Henrique Serafim - Ribeirão Preto - SP

A madame perdeu o cachorrinho de estimação. A amiga tenta ajudar:
- Porque você não coloca um anúncio no jornal?
- De que adianta? Ele não sabe ler!
Samuel Martins da Costa Coura - Mariana - MG

O fiscal perguntando para o criador de porcos:
- O que o senhor dá para seus porcos comerem?
- Restos de comida, lavagem.
- Tá multado!
Tempos depois, vem ele com a mesma pergunta:
- O que o senhor dá para seus porcos comerem?
- Dou comida fresca, feita na hora.
- O quê? Tá multado!
Um mês depois e lá vem ele de novo:
- O que o senhor dá para seus porcos comerem?
- Dou 10 Reais para cada um e eles que se virem!
Jonas Soistak - Ponta Grossa - PR
A Meline Lindsay Ernst de Curitiba - PR, mandou um dicionário canino. Aqui vão alguns exemplos:
- Cão que vai à festa: CÃOVIDADO.
- Cão inteligente: CÃOPETENTE.
- Veículo de cão: CÃOMINHÃO.
- Arma de cão: CÃONIVETE.

O Padre pergunta aos fiéis:
-Quem deseja ir para o céu?
Todo mundo levanta a mão, menos o bêbado, sentado lá no fundo.
-O senhor aí atrás, não quer ir para o céu quando morrer?
-Ah! Quando morrer, sim. Pensei que o senhor estava organizando a caravana para hoje!
Richele A. Ceratti - Medianeira - PR

-Me empresta 100 reais?
-Como você me pede dinheiro emprestado se eu nem te conheço?
-Por isso mesmo, se me conhecesse não emprestaria!
Bruno Marassato - Boracéia - SP

-Tive um pesadelo horrível! Sonhei que estava comendo uma macarronada.
-E o que há de ruim nisso?
-É que não consigo mais encontrar os cordões do meu Tênis!
Júlio César K. de Oliveira - Blumenau - SC

-Joãozinho, o que você está estudando?
-Geografia, mamãe.
-Então me diga: Onde fica a Inglaterra?
-Na página 83.
Rosane Seeger da Silva - São Pedro do Sul - RS

-Me empresta seus óculos? Preciso escrever uma carta.
-Mas meus óculos são para longe!
-Tudo bem, a minha carta também.
Greice Quissini - Caxias do Sul - RS

O bêbado pára uma pessoa e pergunta as horas:
-Cinco e quinze.
-Não dá para entender - resmungou o bêbado - cada vez que eu pergunto isso me respondem uma coisa diferente!
Fernanda Ap. Paleari - Bariri - SP

-Minha filha, cada vez que você é malcriada nasce um fio de cabelo branco em mim!
-Puxa mãe, como você foi malcriada! Olha só o cabelo da vovó!
Alaciane Baratto - Faxinal do Soturno - RS

-Filho, quando o cobrador perguntar sua idade, responda que tem 5 anos, tá?
Cobrador: -Quantos anos você tem, garoto?
-Cinco.
-E quando vai fazer seis?
-Depois que descer do ônibus.
Alex Sandro Anastácio - Guarapuava - PR

-Pai, o senhor é bom para lembrar rostos de pessoas?
-Sou sim.
-Putz que sorte! Acabei de quebrar seu espelho!
Victoria N. F. Muratore de Lima - São Paulo - SP

Um bêbado batia num poste e gritava: - Ô de casa! Ô de casa!
-Não tem ninguém em casa seu bêbado!
-Tem sim - respondeu apontando para cima - a luz está acesa!
Adriana Maria Bruno Pinto - Sta Maria de Itabira - MG

-Puxa! Você é a cara da minha sogra. A única diferença é o bigode.
-Ué, mas eu não tenho bigode!
-Pois é!
Henrique Akio Fujisaki - Macaubal - SP

-Coloquei um anúncio no jornal pedindo uma esposa.
-E aí, muitas mulheres ligaram?
-Mulheres, poucas, mas maridos ligaram uns 500!
André Camerlingo Alves - São Paulo - SP

O patrão para o empregado:
-No mês passado quando erramos e colocamos por engano 500 reais a mais no seu salário você não falou nada, neste mês, que tiramos 500 reais do seu salário você vem reclamar, né?
-É que um erro eu até deixo passar, mas dois já é demais!
Nívea Raquel H. Ferreira - Belém - PA

Um padre estava passando pela floresta quando deu de cara com uma onça. Desesperado, ele começa a rezar:
-Senhor, faça com que esta onça tenha princípios cristãos!
E a onça de repente pára, ergue as mãos para o céu e diz:
-Senhor, abençoai este alimento que agora vou tomar.....
Pedro B. Paes - Belo Horizonte - MG

-Garoto, o seu pai está?
-Não senhor, ele saiu.
-E que horas ele vai voltar?
-Não sei não senhor, a gente nunca sabe quando ele vai voltar quando ele manda dizer que não está em casa!
Flávio A. B. Santos - Promissão - SP

No concurso para carteiros, a primeira pergunta é:
"Qual a distância entre a Terra e a Lua?"
Um dos candidatos se levanta e diz:
-Olha, se for para trabalhar nesse percurso eu desisto do emprego.
Glaucia Regina Ricci - Quintana - SP

-Ontem salvei meu pai de um assalto!
-Pegou o ladrão?
-Não, peguei o dinheiro da carteira dele antes do ladrão!
Sheyla Vieira de Lima - Fortaleza - CE

A mãe pergunta ao filho pequeno:
-Filho, você prefere ganhar um irmão zinho ou uma irmãzinha?
-Puxa mãe, será que não dava para ser uma bicicleta?
Ludmila Alves Rodrigues - Belo Horizonte - MG

ADIVINHAS...

-Porque o louco toma banho com o chuveiro desligado?
Por que ele comprou um shampoo para cabelos secos!
Emanoel Rodrigues de Souza - Vitória de Santo Antão - PE

-Porque a rodade trem é de ferro e não de borracha?
Por que se fosse de borracha apagaria a linha!

-Como o chimpanzé levanta a jaula?
Com um macaco!
Adriana Rossi - Pomerode - SC

-O que um fantasma disse para o outro?
Você acredita em gente?
Danilo Gomes de Souza - São Paulo - SP

-Quatro romanos e um inglês estavam num avião.
Qual era o nome da aeromoça?
Ivone (IV + ONE).
Clevson Almeida Gonçalves - Dianópolis - TO

-Se alguém nasceu na Rússia, cresceu na África, mudou-se para a América e morreu no Japão, o que é?
Um defunto.
Leandro Tognon - Passo Fundo - RS

-Por que o galo canta de olhos fechados?
Porque ele sabe a música de cor!
Ana Paula Giacomini - Várzea Grande - MT

-Por que a Chita ficou zangada com o Tarzã?
Porque ele é amigo da onça!
Maria Helena de Souza Sodré - Serra Negra - SP

13-Por que a mulher não pode ser eletricista?
Porque demora 9 meses para dar a luz!
Heberson Golon - Tangará da Serra - MT

-Qual o estado do Brasil que queria ser carro?
Sergipe (ser jipe).
Vanessa Sebastião Borges - Três Cachoeiras - RS

-Porque o louco ficou feliz quando montou o quebra-cabeça em 6 meses?
Por que na caixa estava escrito: de 4 a 6 anos.
Felipe G. de Souza - Curitiba - PR

-O que é um ponto amarelo surfando?
Ruffles, a batata da onda!
Karin Angela de Andrade - Curitiba - PR

-Por que o elefante não pode entrar no clube?
Por que ele não é sócio!
Alan G. Netto - Maceió - AL

-Porque não deixaram a mulher jogar no Maracanã?
Por que ela só joga pelada!
Renato N. Tunes - Belo Horizonte - MG

-Quem é a mãe do mingau? A mãezena.
-E a avó do mingau?A véia Quaker.
Eduardo Oliveira de Lima - Santo Amaro - BA

-Onde é que dorme o relógio?No quarto de hora.
Fabiana Cristina Siabe - São Carlos - SP

-Qual a semelhança entre o esquimó e o trabalhador que ganha salário mínimo?
Generlan Coelho dos Reis - Araripina - ES

-Que problema tinha o decorador quando foi ao médico?
Um problema de coração!
Aline Borges Chinello - Sto Amaro - SP

8-O que é um pontinho metálico no jardim?
Regis Bittencourt dos Santos - São Bernardo do Campo - SP

9-Qual a diferença entreo padre e o bule?
O padre é de muita fé e o bule de por café.
Andressa Loss - Cariacica - ES

10-O que o Cebolinha faz quando dorme?Lonca.
Silvia Polidoro - Americana - SP

13-Por que o elefante não pega fogo?
Porque ele é cinza.
Priscila Camargo Reis - Anápolis - GO

14-O que o porco espinho perguntou ao cacto?
É você, mamãe?
Aragonês F. Rodrigues - Tubarão - SC

17-O Cebolinha entra no cinema com dois pirulitos. Qual o nome do filme?
Lambo dois.
18-Por que o tomate não pode ser Xerife?
Monique Melo Silva - Miranda - MS


Produzido por Duna Comunicações - duna@duna.com.br

COMO FAZER UMA BOA NARRAÇÃO...

Para se fazer uma boa narração é muito importante saber:

- O fato que será narrado (O quê?);

- O tempo em que o fato vai está (Quando?);

- O lugar onde vai ocorrer o fato (Onde?);

- Quais personagens vão fazer parte de história (Com quem?);

- Qual o motivo(por que) ocorreu tal situação (Por quê?);

- Como se deu o fato (Como?);

- E as consequências ( desfecho da história).

Como fazer uma boa redação: primeiros passos...

Alguém se lembra de como começou a falar? Talvez recorde, porque a mãe contou, a primeira palavra.

Mas a técnica, a articulação das cordas vocais para produzir um som inteligível para outras pessoas, acredito ser impossível lembrar.

Isso porque não sabemos: falamos, aprendemos outras palavras e logo formamos frases. A chave para falar está no que foi dito anteriormente, aprender. Outras pessoas nos ensinam a falar e assim adquirimos essa capacidade tão importante para nossa vida.

Como aprendemos a nos comunicar se o nosso entendimento ainda é embrionário? No caso da fala, ouvimos e imitamos, o que quer dizer que por meio dos nossos sentidos – audição, tato, paladar, visão, olfato – temos contato com o mundo que nos cerca e o conhecemos. Não porque já somos espertos o suficiente para raciocinar sobre esse fato, mas porque imitamos o que outras pessoas fazem. Imitamos continuamente: na infância, os pais, na adolescência, pessoas que admiramos, na idade madura, talvez, ainda pessoas que admiramos, mas também a nós mesmos, quer dizer, já temos uma personalidade formada a tal ponto que quem nos conhece bem é capaz de identificar nossas ações sem nos ver agindo: “parece coisa do Fulano”.

Com a redação acontece a mesma coisa. As primeiras palavras são como o alfabeto que a professora do ensino fundamental nos ensinou; as primeiras frases que escrevemos são mera cópia do que nos dizem, quase um ditado. Mas para escrever uma redação, como é solicitado em um vestibular, é preciso mais do que copiar, é preciso ter uma “personalidade formada”, ter “maturidade” de raciocínio e de escrita suficientes para elaborar um texto inteligente. Como adquirimos essa “maturidade”?

Em primeiro lugar, lendo. Se quem não ouve, também não consegue falar, quem não lê é “surdo” para a escrita. É a leitura que nos possibilita a imitação, porque cada bom autor tem um estilo, uma personalidade que, no texto, percebemos na escolha das palavras, no tom – suave ou irado; franco ou irônico – na agudeza dos seus raciocínios, na veracidade (ou falsidade) dos seus argumentos, etc. Mesmo sem percebermos – como a criança que fala Mamãe –, o ato da leitura nos torna capazes de “falar” no texto, ou seja, escrever.

Mas não basta só ler para construir uma boa redação. É necessário também aprender a raciocinar. Talvez pareça ofensivo dizer a uma pessoa que ela precisa pensar. Entretanto, não estamos chamando ninguém de burro, mas sim admoestando a um raciocínio próprio para que possa fazer um bom texto: o juízo crítico. Por juízo crítico entendo a capacidade de ouvir ou ler uma informação e analisá-la. Não digo “duvidar por duvidar”, mas avaliar se é digna de crédito. Quantas pessoas não lêem um e-mail e propagam a informação recebida sem sequer pensar que aquele texto pode ser mentiroso? Ou assistem a algo no telejornal, ou lêem numa revista e não refletem que pode haver interesse em divulgar informação distorcida ou mesmo enganosa? Em outro momento veremos como identificar a credibilidade do que lemos e ouvimos.

Com esses dois primeiros passos, ler bons textos e raciocinar criticamente, já estamos aptos a andar em direção a uma boa escrita. Se somos capazes de imitar procedimentos bem-sucedidos que vimos em artigos, livros, crônicas, etc., e se somos capazes de “conversar” com os textos que lemos, seja concordando com eles ou discordando, estamos, de certa forma, escrevendo bons texto, pois a escrita começa aí.


FONTE:
Coluna "Poemas e Canções"
(EDUARDO GAMA)

O QUE É SER PROFESSOR!!!

O Que é Ser Professor?

O objetivo deste blog é uma pesquisa sobre a visão de cada indivíduo a respeito do que é ser professor.


Certa vez me foi indagado sobre "o que é ser Professor".
Sendo assim resolvi criar este Blog para compartilhar a minha visão deste Ser extraordinário que se personifica nos indivíduos que elegem como sua maior prioridade a edificação de uma sociedade mais justa e de um mundo melhor.

O sentido de ser professor foi se revelando a mim ao longo da minha vida.
No caminho que percorri até aqui vivi algumas experiências que moldaram a minha personalidade, embora eu nunca tenha me distanciado dos sonhos e do menino, que ainda hoje, com 45 anos de idade, habita em mim.

Vejo o professor por uma ótica utópica porque pra mim: ensinar, mediar, transmitir, compartilhar ou educar, é algo que vai muito além dos limites da formalidade.

Ser professor é se encaixar no tempo e no espaço, é viver a contemporaneidade respeitando a história individual e o contexto sócio cultural de cada um.

É se despir dos preconceitos e fazer do seu cotidiano sua aprendizagem, é estar consciente do quanto pode aprender com seus alunos.
Ser professor não é profissão, é uma missão, é caminhar sempre de frente para o sol e nunca permitir que sua sombra lhe guie, o afastando do seu objetivo maior, a educação. Mas esse é o meu ponto de vista que procuro expor através destas palavras, então, faço deste blog um espaço de pesquisa e manifestações a respeito da questão:
“ O que é ser Professor?”

William Manhães
Professor de Artes

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Ser professor é estar definitivamente comprometido com a sociedade de amanhã.Não é só ensinar mas também aprender e criar, junto com o aluno.Um médico ao cometer uma falha,pode naquele exato momento tirar a vida de uma pessoa, com o professor não é muito diferente, pois ao falhar, esse profissional que é imprescindível,tira do aluno a oportunidade de conhecer outra realidade, de ampliar seu horizonte, ele tira o direito que todo cidadão tem ao conhecimento, que é a ferramenta principal para a evolução da humanidade.Sendo assim o professor deve ter consciência, todos os dias de sua vida profissional, da sua enorme responsabilidade com o AMANHÃ.

Marta Helena
Professora

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Ser professor é... Dar sem exigir nada em troca. É passar conhecimentos e experiências sem medo de está preparando um concorrente. É preparar o aluno para o dia-a-dia de sua profissão e para ser um cidadão. É motivar o aluno para que ele conte nos dedos o dia de aula. É gostar do que faz.

Todos nós viemos ao mundo com uma missão. A minha é ensinar.

Willian, obrigado pelo espaço.

Alexandre Araujo
Prof. de Serralheria, Marketing e Vendas.

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Parabéns pelo blog, William!
Realmente, ser professor é "A" responsabilidade!
Ontem por coinscidência eu assisti de novo aquele filme "O Sorriso da Monalisa", e sempre me emociona quando uma das alunas diz q "a sua professora de Artes marcou sua vida, pq a fez enxergar o mundo com outros olhos".
Quem dera todos os professores fizessem essa diferença!
Bjão e mto sucesso!


Ariana
Professora de Artes

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Ser professor
é professar a fé
e a certeza de que tudo
terá valido a pena
se o aluno sentir-se feliz
pelo que aprendeu com você
e pelo que ele lhe ensinou...

Ser professor é consumir horas e horas
pensando em cada detalhe daquela aula que,
mesmo ocorrendo todos os dias,
a cada dia é única e original...

Ser professor é entrar cansado numa sala de aula e,
diante da reação da turma,
transformar o cansaço numa aventura maravilhosa de ensinar e aprender...

Ser professor é importar-se com o outro numa dimensão de quem cultiva uma planta muito rara que necessita de atenção, amor e cuidado.

Ser professor é ter a capacidade de "sair de cena, sem sair do espetáculo".

Ser professor é apontar caminhos,
mas deixar que o aluno caminhe com seus próprios pés...

"(...) Ele me ensinou quase tudo o que sei: não só o tesouro oculto nas páginas de cada livro fechado, não só a maravilha de cada pequena ou grande descoberta, não só a comunhão com autores e leitores, mas a sabedoria da vida cotidiana."

"(...) Esse é o verdadeiro mestre: o que não castiga, mas impele, o que não doutrina, mas desperta a curiosidade e a acompanha, o que não impõe mas seduz, o que não quer ser modelo nem exemplo mas companheiro de jornada (...)"

É isso aí, ser professor é muito mais do que uma simples profissão, mas a mais bela e honrosa missão.

Sucesso a todos que abraçaram essa valiosa missão.


Wilma F. Manhães
Advogada

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O que é ser PROFESSOR?
Ser PROFESSOR não é apenas uma profissão, é um DOM,uma MISSÃO.
Quem não se lembra daquele(a) professor(a) do primário que ensinou como pegar no lápis para escrever, que ensinou a escrever seu nome?Todos nós lembramos!
Lembramos até mesmo daquele(a) professor(a) que pegava no nosso pé, sempre exigindo sua atenção...exigia porque sabia da sua missão de nos ajudar a trilhar nosso caminho, de nos mostrar a importância do conhecimento, de nos preparar para a vida!
Sinto muito orgulho de ser sobrinha de dois professores, e eles saberem o tamanho da importância da missão que escolheram...educar filhos que não são seus...é preciso muito mais do que conhecimento,do que diploma...é preciso AMOR!
Parabéns pelo blog!!


Michelle
Estudante de Enfermagem

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Amei seu blog . gostaria que vc conhecesse o meu , é simples , mais ...é feito com muito carinho pois amo a educação infantil. Penso que:" Há professores e professores... (educadores)a responsabilidade do professor não é a mesma do educador, ou pelo menos ele acha que não é. Eu acredito que o verdadeiro educador não visa o setor monetário como prioridade em seus objetivos. O prazer de ensinar e de suprir a necessidade do outro em aprender é muito mais satisfatória para o educador. A gente só vê professores fazendo greves e mais greves para melhores salários, não que isso não se faça necessário mas é difícil ver surgir um Piaget, uma Emilia Ferreiro, Paulo Freire um William tão dedicado a educação. Parabéns pelo seu blog, William! Muito sucesso!


Sonia Aparecida Bueno
Professora

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Ser professor

É despertar a magia do saber é abrir caminhos de esperança,desvendar o mistério do cálculo da fala e da escrita.É criar o real desejo de ser.

É promover o saber universal especializar políticos,
médicos, cientistas, técnicos, administradores, artistas...
É participar profundamente do crescimento social...

É trabalhar em grande mutirão lançando as primeiras bases
que transformarão idéias em projetos executados em terra
firme ou em imensidão.

É não se dar conta da amplitude de um trabalho que é missão
mover o mundo através do operário ou presidente
que um dia passou por sua mão.


Autor Desconhecido


Parabéns!


Marcia Giovana B. Araúo
Professora de Artes

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Ser professor
É ter o cotidiano de se reeducar,
E viver do oficio para educar.

Ser professor
É ser um devoto de fervor do saber,
E um conselheiro diante dos erros.

Ser professor
É ser resignado e ter paciência,
Na esperança de dias melhores.

Ser professor
É ser um incentivador de um futuro feliz,
E um multiplicador de sonhos.

Ser professor
É ser um transmissor de valores,
E um modelo exemplar de bem viver.

Ser professor
É ser artista motivador da reflexão e da razão,
E ter na sua obra de arte o aprendizado.

Ser professor
É ser um grande construtor de sonhos,
E ver nos olhos do alunado um futuro feliz

Ser professor
É ser mediador do conhecimento,
E saber ensinar a pensar no aprender.

Ser professor
É ser sacerdote de pregação da igualdade social,
E receber pouco e retribuir com muito amor.

Ser professor
É ser movido por impulsos, razões e emoções;
E ensinar um bem maior: um amar ao outro.

Everaldo Cerqueira

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É a melhor coisa do mundo... É tão inesplicável, que não sei o que dizer, apenas me emociono...
Amo ser professora.


Mônycka Ayram
Professora

FONTE:

BLOG: William Manhães
(Artista Plástico e Professor de Artes)

Discurso de uma colega sobre a educação brasileira...REALIDADE PURA!!!

'Não basta mobilização virtual', diz Amanda Gurgel, que leciona português.
Ela resumiu a realidade do professor pelos números do seu salário: R$ 930.



Vídeo com discurso da professora foi muito
acessado no YouTube (Foto: Reprodução/YouTube)Amanda Gurgel, professora de português da rede pública do Rio Grande do Norte, virou nos últimos dias uma "celebridade" na internet depois que o vídeo com seu discurso na Assembléia Legislativa daquele estado, feito em audiência pública na semana passada, foi postado na rede. No seu pronunciamento, Amanda resume a situação da vida de um professor de escola pública em três algarismos: nove, três zero. "São os números do meu salário: R$ 930", discursou a professora. A secretária da educação do estado, Betânia Ramalho, se disse solidária à posição da professora. "Que grito de indignação desperte a sociedade por um novo projeto de educação para o país", afirmou a secretária.

O vídeo se multiplicou na web e o nome de Amanda Gurgel surgiu entre os mais citados do Twitter. Em quatro dias, o vídeo já teve mais de 200 mil exibições. A repercussão surpreendeu a professora. Em entrevista ao programa "RN TV", da InterTV, afiliada da Rede Globo, Amanda disse que falou apenas o que vive diariamente em seu trabalho. "Falei de forma esportânea. É o que comentamos diariamente nas escolas. No intevalo é só o que a gente fala do cansaço, da rotina, diário, aula trabalho, ônibus para pegar", afirmou a docente, que já tem perfis fakes nos sites de rede social. "Não participo dessas redes por falta de tempo. Não faço parte do mundo da internet."

A professora espera que este sucesso na internet possa de alguma forma mobilizar a população a exigir melhores condições de trabalho para os professores. "Não basta uma mobilização apenas no espaço virtual. Se todas as pessoas estão se identificando com o que eu falei naquele vídeo elas precisam transformar este sentimento em uma ação coletiva."


No discurso para os deputados estaduais, a professora criticou a política educacional do governo. Ela fez um apelo aos deputados potiguares: "Parem de associar qualidade de educação com professor dentro de sala de aula. Porque não tem condição de ter qualidade em educação com professores tendo de multiplicar o que ganha trabalhando em três horários em sala de aula: R$ 930 de manhã, R$ 930 à tarde e R$ 930 à noite".

Estão me colocando dentro de uma sala de aula com um giz e um quadro para salvar o Brasil? Não posso, não tenho condições. Muito menos com o salário que recebo"Amanda Gurgel, professoraApós mostrar o contra-cheque e exaltar seu salário, Amanda declarou: "Só quem está em sala de aula e pega três ônibus por dia para chegar em seu local de trabalho é que pode falar com propriedade sobre isso. Fora isso, qualquer colocação que seja feita aqui é apenas para mascarar uma verdade: em nenhum governo, em nenhum momento a educação foi uma prioridade".

Ela reclamou da forma em que os governos relevam a situação dos professores de escolas públicas e o discurso de que cabe à categoria trabalhar pela melhoria do ensino no país. "Estão me colocando dentro de uma sala de aula com um giz e um quadro para salvar o Brasil? Salas de aulas superlotadas com alunos entrando com carteira na cabeça porque não têm carteiras nas salas. Sou eu a redentora do país? Não posso, não tenho condições. Muito menos com o salário que recebo."


"Nós secretários de estado conversamos com Fernando Haddad (ministro da Educação) no mês passado falando dessas questões que afligem os estados. Precisamos saber como podemos fazer uma revolução na educação pública. Estamos reestruturando a secretaria, investindo na parte pedagógica. Mas temos muitas escolas em situação precária. O problema é da educação pública nacional. Aqui temos escolas que funcionam muito bem e escolas que precisam avançar muito."

Sobre o salário de R$ 930 revelado pela professora Amanda, a secretária disse que é uma luta da categoria que se arrasta há muitos anos. "Podemos dizer que o salário dela está acima do piso nacional para 30 horas, que é de R$ 890. É preciso construir uma carreira docente que coloque professores no mesmo pé de igualdade dos demais profissionais. Mas isto é uma trajetória longa."

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Avaliação Escolar...

Em nosso cotidiano estamos constantemente avaliando e sendo avaliados por aqueles que conosco estabelecem processos de interação, mesmo que muitas vezes não o percebamos conscientemente. Há, entretanto, um espaço onde essa avaliação determina muitas vezes o destino dos sujeitos: a escola.
A avaliação escolar é explicitada através das notas que os alunos conseguem obter, porém, a forma pela qual essa avaliação é representada pelos professores, freqüentemente vem provocando sérios prejuízos àqueles que a ela são submetidos.
A desvalorização por boa parte dos professores dos conhecimentos que os alunos trazem de sua vivência no cotidiano faz com que muitas vezes estes fiquem quase que totalmente desmotivados para a aprendizagem que deles vai ser exigida pelo currículo escolar. Se o aluno não conseguiu apreender os conhecimentos e competências que a instituição pretendia que ele o fizesse, é classificado como fracassado.
Esteban (2001) dá sua contribuição ao constatar que a forma pela qual o saber e o não saber são vividos no cotidiano escolar torna-se relevante para a compreensão dos mecanismos que possibilitam a construção do sucesso de alguns e o fracasso de muitos.
Os saberes construídos fora do contexto escolar perdem sua validade na escola, uma vez que só são valorizados os padrões determinados pela instituição, e o aluno da camada social menos favorecida, fracassa diante da expectativa a seu respeito.
A escola determina quais as competências que o aluno deve adquirir. Enfatiza a autora que a avaliação tem estreita relação com a interpretação que o professor faz das respostas dadas pelos alunos e é especialmente significativa, no caso das crianças que chegam a escola portando estruturas de compreensão diferentes daquelas aceitas pelas normas estabelecidas. Usualmente a avaliação é vista pelo aluno um ato unilateral para promoção, e não como parte constituinte do processo de ensino – aprendizagem e, para muitos professores, é mais um ritual exigido pela escola, tendo em vista a premiação dos melhores. Isso faz com que a avaliação seja vista pelos educandos como um castigo e, muitas vezes, pelos professores como um meio de demonstrar sua autoridade, punindo o aluno pelos erros que muitas vezes ele próprio provocou.
Neste estudo assumimos a concepção de avaliação formativa de Perrenoud. A prática avaliativa, que ocorre na maioria das instituições, dá maior ênfase aos aspectos quantitativos. Avaliar qualitativamente significa valer-se, não apenas de dados quantificáveis, mas utilizar estes dados dentro de um quadro mais amplo, onde o envolvimento e comprometimento do professor são fundamentais.
Através dessa prática, educando e educador, são colocados frente às suas expectativas. Nesse tipo de avaliação o educador deixa de ser um coletor de dados quantificáveis para se tornar um investigador da aprendizagem do aluno, da forma pela qual estão aprendendo e do que fazer para melhora-la, interpretando os fatos dentro de um quadro de valores que fundamentam sua postura. Zacur (1993) põe em destaque a contribuição que Vigotsky deu à compreensão do fracasso escolar, ao mostrar que a avaliação inadequada não prejudica apenas a aprendizagem do aluno, mas, também traz como conseqüência, prejuízos ao seu desenvolvimento.
Avolumam-se os efeitos destrutivos em diferentes níveis: em nível afetivo, perda da auto-estima; em nível cognitivo, negação do já construído; em nível volitivo ; submissão ao controle do outro, ou seja, a criança reprovada é obrigada a voltar a estaca zero e, de fracasso em fracasso, passa realmente a acreditar que de fato é incapaz.
Perrenoud (1999), evidencia que a avaliação escolar, mais cedo ou mais tarde, cria hierarquias de excelência em função das quais se decidirá o prosseguimento no curso seguido, o papel na sociedade e, também, a entrada no mercado de trabalho. Enfatiza que o que separa o êxito do fracasso é um ponto de ruptura. introduzido em uma classificação e, qualquer que seja sua justificativa teórica ou prática, esta ruptura introduz uma dicotomia no conjunto de alunos. Se estiver acima do patamar do ponto de ruptura tem êxito, se estiver abaixo deste ponto é considerado como fracassado.
A avaliação escolar vem se constituindo em um problema há longa data e, desde sempre, vem excluindo a grande maioria da população do acesso ao saber. Estigmatiza a ignorância de alguns para melhor celebrar a excelência de outros. É ela quem decide quem continuará estudando, o papel que desempenhará na sociedade, bem como quem entra no mercado de trabalho e quem fica no meio do caminho (Perrenoud, 1999).
Acreditamos, pelo contexto apresentado, que esses sentidos não vêm indicando uma compreensão do importante papel que a avaliação formativa desempenha no processo ensino - aprendizagem. Pensamos com Afonso apud Esteban (2001) que "inverter a representação distorcida e errada sobre a avaliação formativa é difícil, numa época como a atual em que a ideologia neoliberal vem ganhando adeptos ao pôr a tônica em formas de avaliação estandardizadas e ao valorizar apenas os resultados mensuráveis, quantificáveis e supostamente mais objetivos" (pág. 94).




Fonte: Internet.

Importância dos valores morais na vida de uma pessoa...

Os Valores Morais e sua Importância na Sociedade
Por: Tabata Larissa

Desde o nascimento nos é ensinado o que é certo e errado e a partir disso reproduzimos os valores impostos pela sociedade. Antes de mais nada, valor moral pode ser definido como "respeito à vida", não apenas a vida individual mas sim a vida coletiva, já que vivemos coletivamente, dependendo uns dos outros.

A última pesquisa de IVH (Índice de Valor Humano) mostrou que na opinião dos brasileiros, de forma geral, o que é necessário mudar no Brasil para a qualidade de vida melhorar de verdade é em primeiro lugar, a educação, seguida de política pública, violência, valores morais e emprego. Já no Estado de São Paulo houve uma variação em relação à opinião nacional, ficando valores morais em primeiro lugar.

De qualquer modo, a discussão sobre os valores morais se mantém em posição de destaque, visto que a sua compreensão é deveras importante para o bom funcionamento da sociedadde como um todo. Mas como e quando ficou definido o que é correto e o que é considerado errado do ponto de vista social? Tanto religião quanto o livre arbítrio do homem se relacionam com a construção dos ideais de ética e moral, sendo que estes são passados de geração para geração, numa linha perpétua de integração em nossa sociedade. A religião oferece ao homem os pilares necessários para a interpretação sobre a distinção entre o certo e o errado, e ao homem cabe o livre-arbítrio e bom senso para " moldar" estes pilares de acordo com as necessidades coletivas.

Mas por que os valores morais são tão importantes na sociedade? Ora, eles são os responsáveis pela manutenção da ordem entre as pessoas, sendo inclusive ensinados desde o berço. É fácil imaginar em que situação o mundo se encontraria atualmente caso o homem ignorasse as leis formuladas a partir dos conceitos de ética e moralidade. É certo que o homem possui o direito de ter sua liberdade de expressão e escolha, porém tudo é passivo de limites. Caso contrário, diante de quaisquer adversidades que surgissem em nosso caminho, retornaríamos ao nosso estado primitivo e resolveríamos todos os problemas de maneira antiquada, desprovida de ética e moral, como fazem os criminosos, notadamente não seguidores dos valores morais.

Em síntese, valor moral além de ser um instrumento indispensável para o bom funcionamento da sociedade e integração dos indivíduos nela, também significa respeito à vida. À nossa vida e à vida das pessoas ao nosso redor.




FONTE: Internet.

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