sábado, 1 de agosto de 2009

Estamos educando nossas crianças?

Vamos agora atentar para nossa história enquanto civilização: o que vemos?

Vemos que o homem, principalmente no último século, concentrou-se muito no desenvolvimento da ciência e tecnologia, o que sem dúvida melhorou nossas condições materiais de vida.

Porém, visando o conforto exterior, o ser humano foi deixando de lado seu plano interior, esquecendo-se que é corpo, mente e espírito (MORAES,2003).

Esse enfoque tecnicista fragmentou a educação, priorizando o acúmulo de conhecimento, a competição acirrada, o que provocou uma desestruturação do ser humano que, por sua vez, se reflete na realidade violenta de nossa sociedade.

Estamos em meio a uma perigosa crise de valores.

E assim vamos abrindo caminho para a violência que, sorrateira, nos espreita.

Muitos são os flagrantes de intolerância, frieza, transgressão da ética e moral.

Nossos pequenos estão perdidos porque muitos de nós, adultos, também perdemos o rumo, sem saber para onde ir no rumo da vida. É como se a tênue linha divisória entre o bem e o mal, entre o certo e o errado estivesse se apagando.

Então culpamos o stress do cotidiano, a má influência da mídia, as más companhias, drogas, pobreza, imoralidade...

É claro que tudo isso contribui para o quadro atual. Mas por que, por exemplo, nossos jovens estão infelizes, buscando auto-realização no limite, no extremo e perigoso, no comportamento desregrado?

Por que nossas crianças têm apresentado comportamentos com os quais não sabemos lidar, cada vez mais rotulados como hiperatividade, déficit de atenção, depressão, transtorno de separação na infância, ansiedade infantil, sendo essas crianças medicadas cada vez mais prematuramente?

Isso tudo é sinal de que nós, adultos, estamos falhando em algum lugar na formação adequada do caráter deles.

Quando questionamos estas coisas, devemos compreender que o comportamento de nossos pequenos é um reflexo da formação recebida em casa e na escola, da falta de respeito pelo outro, do desconhecimento de limites, da ausência de disciplina e da inversão de valores presente em nossa sociedade que gera desestruturação em nossos lares e com a qual acabamos por nos habituar.

Se a educação que fornecemos às nossas crianças enfatiza o desenvolvimento intelectual sem preocupar-se com o cultivo das qualidades humanas, os meios de comunicação levam os indivíduos a modos padronizados de pensar, de agir, de consumir. Um grande domínio é assim exercido sobre nós, pequenos e grandes, e então paramos de questionar! (MOWEN, 2003).

E é por ser mesmo essa situação tão grave que os pais devem reassumir sua posição de educadores e conjugar forças com a escola.

( Fonte: Psicóloga Patrícia B. Rodriguês - Valores Humanos )

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