segunda-feira, 7 de junho de 2010

Poesia

O Relógio

( Cassiano Reis )

Diante de coisa tão doída
Conservemo-nos serenos.

Cada minuto de vida
Nunca é mais, é sempre menos.

Ser é apenas uma face
Do não ser, e não do ser.

Desde o instante em que se nasce
Já se começa a morrer.

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