quinta-feira, 28 de maio de 2009
WWW.IRREGULAR.COM : A DIVERSIDADE NO MEIO JORNALÍSTICO...
O mais intrigante da notícia é a chamada; o título da notícia, no caso dela ser impressa ou a chamada principal, no caso dela ser no rádio ou televisão é o que determina praticamente o interesse do expectador ou leitor.
Na internet rola todo tipo de e-mail e este em especial, que me foi enviado pelo agente de viagens Magno Esteves, de Belo Horizonte, no meu ver, é um dos melhores. Vejam as diversas formas de noticiar a história da Chapeuzinho Vermelho na imprensa brasileira:
Chapeuzinho Vermelho e a imprensa do Brasil
Se a história da Chapeuzinho Vermelho fosse verdade, como ela seria contada na imprensa no Brasil? Veja as diferentes maneiras de contar a mesma história.
Jornal Nacional
(William Bonner): ‘Boa noite. Uma menina chegou a ser devorada por um
lobo na noite de ontem…’
(Fátima Bernardes): ‘…mas a atuação de um caçador evitou a tragédia.’
Programa da Hebe
‘…que gracinha, gente! Vocês não vão acreditar, mas essa menina linda aqui foi retirada viva da barriga de um lobo, não é mesmo queridinha? Depois eu quero um selinho, tá bom amor?’
Cidade Alerta
(Datena): ‘…onde é que a gente vai parar, cadê as autoridades? Cadê as autoridades? A menina ia pra casa da vovozinha a pé! Não tem transporte público! Não tem transporte público! E foi devorada viva… um lobo, um lobo safado. Põe na tela, primo! Porque eu falo mesmo, não tenho medo de lobo, não tenho medo de lobo, não! Alô Presidente Lula! Pelo Amor de Deus, Presidente! Vamos tomar uma providência!
Superpop
(Luciana Gimenez): ‘Geeente! Eu tô aqui com a ex-mulher do lenhador e ela diz que ele é alcoólatra, pedófilo, agressivo e que não paga pensão aos filhos há mais de um ano. Abafa o caso!’
Globo Repórter
(Chamada do programa): ‘Tara? Fetiche? Violência? O que leva alguém a comer, na mesma noite, uma idosa e uma adolescente? O Globo Repórter conversou com psicólogos, antropólogos e com amigos e parentes do Lobo, em busca da resposta. E uma revelação: casos semelhantes acontecem dentro dos próprios lares das vítimas, que silenciam por medo. Hoje, no Globo Repórter.’
Discovery Channel
Vamos determinar se é possível uma pessoa ser engolida viva e sobreviver.
Revista Veja
Lula sabia das intenções do Lobo.
Revista Cláudia
Como chegar à casa da vovozinha usando GPS sem se deixar enganar pelos lobos no caminho.
Revista Nova
Narcisa ensina as Dez maneiras de levar um lobo à loucura na cama!
Revista Isto É
Gravações revelam que lobo foi assessor de político influente e Marta diz: Relaxa e goza!
Revista Playboy
(Ensaio fotográfico do mês seguinte): ‘ Veja o que só o lobo viu’.
Revista Vip
As 100 mais sexy - desvendamos a adolescente mais gostosa do Brasil!
Revista G Magazine
(Ensaio com o lenhador) ‘O lenhador mostra o machado e o cabo’.
Revista Caras
(Ensaio fotográfico com a Chapeuzinho na semana seguinte): Na banheira de hidromassagem, Chapeuzinho fala a CARAS: ‘Até ser devorada, eu não dava valor pra muitas coisas na vida. Hoje, sou outra pessoa.’
Revista Superinteressante
Lobo Mau: mito ou verdade?
Revista Tititi
Lenhador e Chapeuzinho flagrados em clima romântico em jantar no Rio.
Folha de São Paulo
Legenda da foto: ‘Chapeuzinho, à direita, aperta a mão de seu salvador’. Na matéria, box com um zoólogo explicando os hábitos alimentares dos lobos e um imenso infográfico mostrando como Chapeuzinho foi devorada e depois salva pelo lenhador.
O Estado de São Paulo
Lobo que devorou menina seria filiado ao PT.
O Globo
Petrobrás apóia ONG do lenhador ligado ao PT, que matou um lobo para salvar menor de idade carente e Fome Zero vai doar cestas básicas para as alcatéias.
O Dia
Lenhador desempregado tem dia de herói.
Extra (RJ) e Aqui (Belo Horizonte)
Promoção do mês: junte 20 selos mais 19,90 e troque por uma capa vermelha igual a da Chapeuzinho!
Meia hora
Lenhador passou o rodo e mandou lobo pedófilo pro saco! Já vai tarde malandro!
O Povo
Sangue e tragédia na casa da vovó.
www.irregular.com.br
O lobo é um homicida duplamente qualificado e só não teve seu julgamento apreciado pela Justiça porque o lenhador matou-lhe a tempo. Sorte a dele de não cair nas imundas masmorras brasileiras.
E assim são algumas das notícias mais interessantes que veiculam na imprensa do Brasil!
Carlos Henrique Mascarenhas Pires
www.irregular.com.br
Imperador Dom Henrique I
Publicado no Recanto das Letras em 28/05/2009
segunda-feira, 25 de maio de 2009
A mais pura realidade escrita em forma de poesia...
No mundo há muitas armadilhas.
(Ferreira Gullar)
No mundo há muitas armadilhas
e o que é armadilha pode ser refúgio
e o que é refúgio pode ser armadilha
Tua janela por exemplo
aberta para o céu
e uma estrela a te dizer que o homem é nada
ou a manhã espumando na praia
a bater antes de Cabral, antes de Tróia
(há quatro séculos Tomás Bequimão
tomou a cidade, criou uma milícia popular
e depois foi traído, preso, enforcado)
No mundo há muitas armadilhas
e muitas bocas a te dizer
que a vida é pouca
que a vida é louca
E por que não a Bomba? te perguntam.
Por que não a Bomba para acabar com tudo, já
que a vida é louca?
Contudo, olhas o teu filho, o bichinho
que não sabe
que afoito se entranha à vida e quer
a vida
e busca o sol, a bola, fascinado vê
o avião e indaga e indaga
A vida é pouca
a vida é louca
mas não há senão ela.
E não te mataste, essa é a verdade.
Estás preso à vida como numa jaula.
Estamos todos presos
nesta jaula que Gagárin foi o primeiro a ver
de fora e nos dizer: é azul.
E já o sabíamos, tanto
que não te mataste e não vais
te matar
e agüentarás até o fim.
O certo é que nesta jaula há os que têm
e os que não têm
há os que têm tanto que sozinhos poderiam
alimentar a cidade
e os que não têm nem para o almoço de hoje
A estrela mente
o mar sofisma. De fato,
o homem está preso à vida e precisa viver
o homem tem fome
e precisa comer
o homem tem filhos
e precisa criá-los
Há muitas armadilhas no mundo e é preciso quebrá-las.
Simplesmente linda e muito verdadeira!!!
(Ferreira Gullar)
No mundo há muitas armadilhas
e o que é armadilha pode ser refúgio
e o que é refúgio pode ser armadilha
Tua janela por exemplo
aberta para o céu
e uma estrela a te dizer que o homem é nada
ou a manhã espumando na praia
a bater antes de Cabral, antes de Tróia
(há quatro séculos Tomás Bequimão
tomou a cidade, criou uma milícia popular
e depois foi traído, preso, enforcado)
No mundo há muitas armadilhas
e muitas bocas a te dizer
que a vida é pouca
que a vida é louca
E por que não a Bomba? te perguntam.
Por que não a Bomba para acabar com tudo, já
que a vida é louca?
Contudo, olhas o teu filho, o bichinho
que não sabe
que afoito se entranha à vida e quer
a vida
e busca o sol, a bola, fascinado vê
o avião e indaga e indaga
A vida é pouca
a vida é louca
mas não há senão ela.
E não te mataste, essa é a verdade.
Estás preso à vida como numa jaula.
Estamos todos presos
nesta jaula que Gagárin foi o primeiro a ver
de fora e nos dizer: é azul.
E já o sabíamos, tanto
que não te mataste e não vais
te matar
e agüentarás até o fim.
O certo é que nesta jaula há os que têm
e os que não têm
há os que têm tanto que sozinhos poderiam
alimentar a cidade
e os que não têm nem para o almoço de hoje
A estrela mente
o mar sofisma. De fato,
o homem está preso à vida e precisa viver
o homem tem fome
e precisa comer
o homem tem filhos
e precisa criá-los
Há muitas armadilhas no mundo e é preciso quebrá-las.
Simplesmente linda e muito verdadeira!!!
domingo, 24 de maio de 2009
www.irregular.com.br: Dinheiro fácil, rápido e sem burocracia...
16/05/2009 - DINHEIRO FÁCIL, RÁPIDO E SEM BUROCRACIA
237 – JUSTIÇA – Têm horas que eu chego a pensar que o mundo tem mais estelionatários do que gente honesta, outras horas eu imagino com quase certeza de que estamos cercados de gente desonesta disfarçada erroneamente de honestas. Os golpes contra as pessoas desavisadas são tão infantis que eu duvido e questiono a capacidade mínima de raciocinar destes seres humanos que se dizem normais; eu contesto a sanidade de 99% das pessoas que ainda caem em golpes tão idiotas.
No tempo de meu avô, quando não existia internet, televisão e os rádios ainda eram valvulados, demorando minutos até aquecerem para ligarem, os golpistas contavam com a ignorância e a inocência das pessoas; era pouco comum, mas existiam os golpes com papéis falsos envolvendo terras, compra e gado e até a incidência de pessoas que vendiam pirita como ouro.
Na década de 80, numa cidadezinha do interior da Bahia, eu mesmo vi um sujeito ser preso porque vendia lingotes de 100 gr. de chumbo revestido de uma camada fina de ouro, como sendo ouro puro. Ele chegou à cidade de carro de luxo, pasta 007 nas mãos e uma lábia que enganava até o Bispo Macedo; conseguiu vender o primeiro lingote ao Presidente da Câmara Municipal, um vereador que sequer sabia assinar o nome; daí em diante, cerca de 50 pessoas caíram no golpe do falso ouro, ou como elas batizaram, o ouro de tolo, apelido inclusive dado a perita.
Com a prisão do estelionatário ficou descoberto que o vereador enganado não havia sido enganado e sim cúmplice; ambos estiveram juntos o tempo inteiro desde a elaboração e execução do golpe!
Quem nunca viu um rapaz qualquer numa rua de muito movimento, movimentando três forminhas de bolo e uma bolinha, querendo que algum idiota aposte e acerte onde foi parar a bolinha? Todo mundo sabe que o sujeito que ganha e acerta todas é cúmplice do jogador, mas sempre aparece uma dona de casa ou um pai de família imaginando que irá sair com a vantagem daquele jogo e quando apostam tudo, muitas vezes o dinheiro do pão da família, se vê lesado e resolve chamar a polícia.
Eu costumo escrever que quem aposta ou enxerga vantagem na ilicitude deveria ser preso e processado de igual forma aos estelionatários para aprenderem que eles também ajudam na proliferação deste mal. Os culpados não são somente dos meliantes que aplicam os golpes; quem sabe e não denuncia também tem culpa, quem participa também tem culpa e o Estado que muitas vezes faz vistas grossas para o tema também tem culpa.
Outro golpe muito comum, que eu não sei mesmo como as pessoas acreditam numa asneira desta magnitude é o golpe do falso consórcio. Alguém que se acha mais esperto que a maioria (muitas vezes são mesmo) anuncia num jornal que tem uma quota de consórcio de veículo, contemplado; o veículo custa R$ 100 mil e ele quer vendê-lo por R$ 50 mil; o sujeito trouxa, pensando ser mais esperto, liga para o bandido e negocia aquele título; o bandido pede R$ 15 mil de adiantamento e pede que o trouxa deposite o valor antecipado; o pior de tudo é que o comprador deposita e espera receber o bem em questão, isso é o cúmulo do absurdo, o fim da picada! Comentar uma aberração destas é o mesmo que explicar a operação de edição 1 + 1; não há o que explicar, é burrice associada a ganância e uma cega a outra e faz da vítima, além de vítima, um asno completo!
Outro golpe que foge do imaginável e que atrai milhares de idiotas patéticos e gananciosos são os empréstimos fáceis. Dirija-se a uma agência bancária tradicional e peça um empréstimo qualquer; seja CDC (crédito direto ao consumidor), o mais comum, que logo verá o gerente consultar os dados cadastrais, principalmente o CPF; caso constem restrições no SPC e SERASA, com certeza você sairá de mãos meneando, mas existem falsas empresas que anunciam dinheiro fácil, num volume suspeito, afirma que libera a grana rapidinho e fácil; o pateta que acha que é esperto e acreditando ter tirado dinheiro de um trouxa é levado a acreditar (e acredita) que tem que fazer um depósito antecipado em favor daquela empresa, geralmente na ordem de 15% do valor solicitado; eles dizem que são os juros que são cobrados por antecipação; ponto, está gerado o golpe e mais um idiota caiu na cilada.
O suposto dinheiro é depositado em envelopes vazios nas contas dos bobos e estes ficam dias esperando a compensação; quando caem na real, que foram enganados, procuram a polícia e também descobre que além de idiota e trouxa, não recupera mais aquele dinheiro depositado.
Por Jesus Cristo, como alguém pode acreditar que estando com o nome no SPC consegue um empréstimo de R$ 30 mil reais numa financeira? As instituições financeiras legalizadas e autorizadas pelo Banco Central a operarem nesta modalidade querem garantia real e quando não as tem, se o cadastro do solicitante for muito bom, eles liberam no máximo R$ 5 mil e jamais cobram os juros antecipados porque isso é extralegal, imoral, desonesto e torpe, segundo a nossa legislação.
Há cerca de 10 anos um dos golpes mais infantis eram dos veículos de funcionários das montadoras e isso até hoje ainda se pode ver, mas em menor número; um carro que custa R$ 50 mil é oferecido por alguém que se diz funcionário da montadora pelo preço de R$ 35 mil. Para ter o veículo a vítima precisa depositar cerca de 5% de adiantamento para depois que receber o carro pagar o restante; o pior de tudo é que muitos trouxas acreditam, depositam e se arrependem; como diz o povo nordestino: bem feito!
Eu não tenho nenhuma piedade de quem perde tudo em nome destes sonhos medíocres dos golpistas; não consigo nutrir nenhum sentimento de solidariedade por esta gente que veste o chapéu da esperteza e que após os golpes vestem a túnica da vítima.
Estes e outros golpes que refletem a cupidez e a ambição desenfreada do ser humano, embora façam milhares de vítimas todos os dias, aqueles que assistem os jornais e vêem nos telejornais ainda não conseguem aprender a lição e acabam caindo nos mesmos embustes.
Diferente dos golpes onde as vítimas facilitam a ação do bandido existe os que são pegos de surpresa por total ignorância, como por exemplo, os falsos e-mails. Milhares de modelos de mensagens eletrônicas convidando a todos para orgias sexuais gratuitas, acesso a sites pornográficos pagando apenas R$ 1, mas com o cartão de crédito e as mensagens oficiais, aquelas que supostamente são atribuídas à organismos do Estado, como a Receita Federal. Vejam um destes modelos:
Procuradoria Regional da Justiça, Coordenação de Defesa dos Interesses Difusos e Coletivos – CODIN, Procedimento investigatório n.º 40925/2008. O Ministério Público da Justiça, no desempenho de suas atribuições institucionais, com fundamento nos artigos 137 e 119, inciso VI da Constituição Federal e artigo 6º, inciso VII, da Lei Complementar n.º 175, de 20 de maio de 1993, INTIMA Vossa Senhoria a comparecer na Procuradoria Regional do Trabalho, no dia 26 de Maio de 2009, às 15:30 horas, a fim de participar de audiência administrativa, r elativa ao procedimento investigatório em epígraf e, em tramitação nesta Regional, conforme despacho em anexo abai xo.
Anexo Despacho.doc
SAF Sul Quadra 4 Conjunto C - Brasília / DF - CEP 70050-900 - PABX: (61 ) 3031-5100
Esta mensagem chegou a meu e-mail e de cara eu já sabia que se tratava de uma tentativa de golpe; primeiro porque NENHUM ORGANISMO OFICIAL MANDA INTIMAÇÃO POR E-MAIL; segundo porque eu jamais cadastro meus e-mails em organismos oficiais e depois porque o CODIN sequer existe de fato. Também tem os erros de grafia e o endereço inexistente, mas acreditem, ainda há milhares de pessoas que clicam no ANEXO DESPACHO.DOC e pimba, surpresa! Um vírus se instalaria em sua máquina e roubaria todos os seus dados; ou ainda, roubaria seus dados de acesso bancário e dos cartões de crédito.
Ninguém é obrigado a ser entendedor de segurança de informática; ninguém é obrigado a saber de tudo, principalmente das emboscadas virtuais que se renovam a todo minuto e tais mensagens, mesmo sendo às vezes formuladas por analfabetos, acabam aflorando a curiosidade de quem lê, principalmente porque elas dizem algo sobre a idoneidade do pseudo acusado ou requerido. Tem gente que somente sabe ligar o PC, enviar e receber e-mail e nada mais. Estas pessoas sim precisam de instrução e faro aguçado para saber o que é falso e o que é verdadeiro.
Alguns e-mails chegam e no lugar do nome do remetente há a inscrição “mim”; para quem conhece, “mim” é quando você envia uma mensagem para si mesmo; então, ao perceber a mensagem com “mim”, muita gente displicente acaba abrindo o conteúdo e pegando imediatamente os vírus; eu mesmo quase já caí nesta armadilha. Resumindo, precisamos estar cada vez mais alertas para não sermos enganados tão facilmente.
Os golpes são muitos; bilhetes premiados da loteria, escrituras falsas de imóveis, seqüestros com aviso pelo celular, dinheiro pintado, bolinha nas forminhas, títulos monetários internacionais, falsas pedras preciosas, e-mails, enfim, existe um verdadeiro mercado deste tipo de falsidade, da mesma forma que existem milhares de pessoas, cultas ou ignorantes que ainda acreditam ou são induzidas a acreditar e que perdem milhões de Reais para ladrões de muito e nenhum requinte.
Se cada pessoa que soubesse de um anúncio suspeito, de um jogador facínora ou de qualquer ato que demonstrasse o mínimo de suspeita de estelionato fosse até a polícia e cobrasse uma ação mais enérgica, teríamos menos problemas e mais credibilidade em todos os mercados; não bastassem os golpes em que caímos involuntariamente como clonagem de cartões, clonagem de cheques, furto de dados cadastrais, falsificações documentais e tantas outras, ainda têm que conviver com as mais ridículas e ainda saber que advogados, arquitetos, donas de casa e outros trabalhadores acreditam e participam delas, perdendo muitas vezes aquilo que não têm e fazendo a alegria de quem vive do crime.
Do ponto de vista criminal não se pode (ainda) atribuir culpa às vítimas, muito embora algumas mereçam, mas elas bem que podiam tentar; ao menos tentar, raciocinar mais antes de se encantarem com estas palhaçadas criminosas; o povo se preocupa mais com a solução imediata do que com a mera tentativa de criar possibilidades melhores para o futuro; infelizmente é assim: esquecemos o passado, focamos no presente e o futuro, este tal de futuro é coisa que ninguém quer saber...!
Carlos Henrique Mascarenhas Pires
www.irregular.com.br
237 – JUSTIÇA – Têm horas que eu chego a pensar que o mundo tem mais estelionatários do que gente honesta, outras horas eu imagino com quase certeza de que estamos cercados de gente desonesta disfarçada erroneamente de honestas. Os golpes contra as pessoas desavisadas são tão infantis que eu duvido e questiono a capacidade mínima de raciocinar destes seres humanos que se dizem normais; eu contesto a sanidade de 99% das pessoas que ainda caem em golpes tão idiotas.
No tempo de meu avô, quando não existia internet, televisão e os rádios ainda eram valvulados, demorando minutos até aquecerem para ligarem, os golpistas contavam com a ignorância e a inocência das pessoas; era pouco comum, mas existiam os golpes com papéis falsos envolvendo terras, compra e gado e até a incidência de pessoas que vendiam pirita como ouro.
Na década de 80, numa cidadezinha do interior da Bahia, eu mesmo vi um sujeito ser preso porque vendia lingotes de 100 gr. de chumbo revestido de uma camada fina de ouro, como sendo ouro puro. Ele chegou à cidade de carro de luxo, pasta 007 nas mãos e uma lábia que enganava até o Bispo Macedo; conseguiu vender o primeiro lingote ao Presidente da Câmara Municipal, um vereador que sequer sabia assinar o nome; daí em diante, cerca de 50 pessoas caíram no golpe do falso ouro, ou como elas batizaram, o ouro de tolo, apelido inclusive dado a perita.
Com a prisão do estelionatário ficou descoberto que o vereador enganado não havia sido enganado e sim cúmplice; ambos estiveram juntos o tempo inteiro desde a elaboração e execução do golpe!
Quem nunca viu um rapaz qualquer numa rua de muito movimento, movimentando três forminhas de bolo e uma bolinha, querendo que algum idiota aposte e acerte onde foi parar a bolinha? Todo mundo sabe que o sujeito que ganha e acerta todas é cúmplice do jogador, mas sempre aparece uma dona de casa ou um pai de família imaginando que irá sair com a vantagem daquele jogo e quando apostam tudo, muitas vezes o dinheiro do pão da família, se vê lesado e resolve chamar a polícia.
Eu costumo escrever que quem aposta ou enxerga vantagem na ilicitude deveria ser preso e processado de igual forma aos estelionatários para aprenderem que eles também ajudam na proliferação deste mal. Os culpados não são somente dos meliantes que aplicam os golpes; quem sabe e não denuncia também tem culpa, quem participa também tem culpa e o Estado que muitas vezes faz vistas grossas para o tema também tem culpa.
Outro golpe muito comum, que eu não sei mesmo como as pessoas acreditam numa asneira desta magnitude é o golpe do falso consórcio. Alguém que se acha mais esperto que a maioria (muitas vezes são mesmo) anuncia num jornal que tem uma quota de consórcio de veículo, contemplado; o veículo custa R$ 100 mil e ele quer vendê-lo por R$ 50 mil; o sujeito trouxa, pensando ser mais esperto, liga para o bandido e negocia aquele título; o bandido pede R$ 15 mil de adiantamento e pede que o trouxa deposite o valor antecipado; o pior de tudo é que o comprador deposita e espera receber o bem em questão, isso é o cúmulo do absurdo, o fim da picada! Comentar uma aberração destas é o mesmo que explicar a operação de edição 1 + 1; não há o que explicar, é burrice associada a ganância e uma cega a outra e faz da vítima, além de vítima, um asno completo!
Outro golpe que foge do imaginável e que atrai milhares de idiotas patéticos e gananciosos são os empréstimos fáceis. Dirija-se a uma agência bancária tradicional e peça um empréstimo qualquer; seja CDC (crédito direto ao consumidor), o mais comum, que logo verá o gerente consultar os dados cadastrais, principalmente o CPF; caso constem restrições no SPC e SERASA, com certeza você sairá de mãos meneando, mas existem falsas empresas que anunciam dinheiro fácil, num volume suspeito, afirma que libera a grana rapidinho e fácil; o pateta que acha que é esperto e acreditando ter tirado dinheiro de um trouxa é levado a acreditar (e acredita) que tem que fazer um depósito antecipado em favor daquela empresa, geralmente na ordem de 15% do valor solicitado; eles dizem que são os juros que são cobrados por antecipação; ponto, está gerado o golpe e mais um idiota caiu na cilada.
O suposto dinheiro é depositado em envelopes vazios nas contas dos bobos e estes ficam dias esperando a compensação; quando caem na real, que foram enganados, procuram a polícia e também descobre que além de idiota e trouxa, não recupera mais aquele dinheiro depositado.
Por Jesus Cristo, como alguém pode acreditar que estando com o nome no SPC consegue um empréstimo de R$ 30 mil reais numa financeira? As instituições financeiras legalizadas e autorizadas pelo Banco Central a operarem nesta modalidade querem garantia real e quando não as tem, se o cadastro do solicitante for muito bom, eles liberam no máximo R$ 5 mil e jamais cobram os juros antecipados porque isso é extralegal, imoral, desonesto e torpe, segundo a nossa legislação.
Há cerca de 10 anos um dos golpes mais infantis eram dos veículos de funcionários das montadoras e isso até hoje ainda se pode ver, mas em menor número; um carro que custa R$ 50 mil é oferecido por alguém que se diz funcionário da montadora pelo preço de R$ 35 mil. Para ter o veículo a vítima precisa depositar cerca de 5% de adiantamento para depois que receber o carro pagar o restante; o pior de tudo é que muitos trouxas acreditam, depositam e se arrependem; como diz o povo nordestino: bem feito!
Eu não tenho nenhuma piedade de quem perde tudo em nome destes sonhos medíocres dos golpistas; não consigo nutrir nenhum sentimento de solidariedade por esta gente que veste o chapéu da esperteza e que após os golpes vestem a túnica da vítima.
Estes e outros golpes que refletem a cupidez e a ambição desenfreada do ser humano, embora façam milhares de vítimas todos os dias, aqueles que assistem os jornais e vêem nos telejornais ainda não conseguem aprender a lição e acabam caindo nos mesmos embustes.
Diferente dos golpes onde as vítimas facilitam a ação do bandido existe os que são pegos de surpresa por total ignorância, como por exemplo, os falsos e-mails. Milhares de modelos de mensagens eletrônicas convidando a todos para orgias sexuais gratuitas, acesso a sites pornográficos pagando apenas R$ 1, mas com o cartão de crédito e as mensagens oficiais, aquelas que supostamente são atribuídas à organismos do Estado, como a Receita Federal. Vejam um destes modelos:
Procuradoria Regional da Justiça, Coordenação de Defesa dos Interesses Difusos e Coletivos – CODIN, Procedimento investigatório n.º 40925/2008. O Ministério Público da Justiça, no desempenho de suas atribuições institucionais, com fundamento nos artigos 137 e 119, inciso VI da Constituição Federal e artigo 6º, inciso VII, da Lei Complementar n.º 175, de 20 de maio de 1993, INTIMA Vossa Senhoria a comparecer na Procuradoria Regional do Trabalho, no dia 26 de Maio de 2009, às 15:30 horas, a fim de participar de audiência administrativa, r elativa ao procedimento investigatório em epígraf e, em tramitação nesta Regional, conforme despacho em anexo abai xo.
Anexo Despacho.doc
SAF Sul Quadra 4 Conjunto C - Brasília / DF - CEP 70050-900 - PABX: (61 ) 3031-5100
Esta mensagem chegou a meu e-mail e de cara eu já sabia que se tratava de uma tentativa de golpe; primeiro porque NENHUM ORGANISMO OFICIAL MANDA INTIMAÇÃO POR E-MAIL; segundo porque eu jamais cadastro meus e-mails em organismos oficiais e depois porque o CODIN sequer existe de fato. Também tem os erros de grafia e o endereço inexistente, mas acreditem, ainda há milhares de pessoas que clicam no ANEXO DESPACHO.DOC e pimba, surpresa! Um vírus se instalaria em sua máquina e roubaria todos os seus dados; ou ainda, roubaria seus dados de acesso bancário e dos cartões de crédito.
Ninguém é obrigado a ser entendedor de segurança de informática; ninguém é obrigado a saber de tudo, principalmente das emboscadas virtuais que se renovam a todo minuto e tais mensagens, mesmo sendo às vezes formuladas por analfabetos, acabam aflorando a curiosidade de quem lê, principalmente porque elas dizem algo sobre a idoneidade do pseudo acusado ou requerido. Tem gente que somente sabe ligar o PC, enviar e receber e-mail e nada mais. Estas pessoas sim precisam de instrução e faro aguçado para saber o que é falso e o que é verdadeiro.
Alguns e-mails chegam e no lugar do nome do remetente há a inscrição “mim”; para quem conhece, “mim” é quando você envia uma mensagem para si mesmo; então, ao perceber a mensagem com “mim”, muita gente displicente acaba abrindo o conteúdo e pegando imediatamente os vírus; eu mesmo quase já caí nesta armadilha. Resumindo, precisamos estar cada vez mais alertas para não sermos enganados tão facilmente.
Os golpes são muitos; bilhetes premiados da loteria, escrituras falsas de imóveis, seqüestros com aviso pelo celular, dinheiro pintado, bolinha nas forminhas, títulos monetários internacionais, falsas pedras preciosas, e-mails, enfim, existe um verdadeiro mercado deste tipo de falsidade, da mesma forma que existem milhares de pessoas, cultas ou ignorantes que ainda acreditam ou são induzidas a acreditar e que perdem milhões de Reais para ladrões de muito e nenhum requinte.
Se cada pessoa que soubesse de um anúncio suspeito, de um jogador facínora ou de qualquer ato que demonstrasse o mínimo de suspeita de estelionato fosse até a polícia e cobrasse uma ação mais enérgica, teríamos menos problemas e mais credibilidade em todos os mercados; não bastassem os golpes em que caímos involuntariamente como clonagem de cartões, clonagem de cheques, furto de dados cadastrais, falsificações documentais e tantas outras, ainda têm que conviver com as mais ridículas e ainda saber que advogados, arquitetos, donas de casa e outros trabalhadores acreditam e participam delas, perdendo muitas vezes aquilo que não têm e fazendo a alegria de quem vive do crime.
Do ponto de vista criminal não se pode (ainda) atribuir culpa às vítimas, muito embora algumas mereçam, mas elas bem que podiam tentar; ao menos tentar, raciocinar mais antes de se encantarem com estas palhaçadas criminosas; o povo se preocupa mais com a solução imediata do que com a mera tentativa de criar possibilidades melhores para o futuro; infelizmente é assim: esquecemos o passado, focamos no presente e o futuro, este tal de futuro é coisa que ninguém quer saber...!
Carlos Henrique Mascarenhas Pires
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www.irregular.com.br:Prostituição Infantil até quando???
18/05/2009 - ALERTA: ESTÃO VENDENDO NOSSAS MENINAS...!
238 – JUSTIÇA – Prezado Senhor Carlos, meu nome é Patrícia, tenho 16 anos, moro numa cidade importante do Nordeste e até o ano passado eu estudava normalmente como as minhas amigas numa escola pública, mas este ano o meu trabalho me impediu de trabalhar, então, passei a usar as noites para o trabalho e o dia para descansar.
Tenho uma filha de 01 ano que mora com a minha mãe e meus outros seis irmãos; ninguém da minha família tem um trabalho fixo, ninguém que mora lá em casa tem carteira assinada e todos vivem de bicos, isso é aqueles que trabalham. Minha mãe é empregada doméstica e trabalha numa casa de família que lhe paga 200 reais por mês; meus irmãos mais velhos, que são dois, catam latas e papelões nas ruas; meus outros irmãos vendem balas nos sinais de trânsito e o mais novinho, que tem apenas dois anos às vezes tem que esperar em casa, sozinho para que alguém retorne da vida dura e lhe oferecer algum tipo de conforto.
Meu pai saiu de casa para ir para São Paulo e disse que um dia voltaria com dinheiro para nos ajudar, mas isso já faz alguns anos e até agora, nem dinheiro nem notícias dele; eu espero que ele esteja bem e com saúde, mas é melhor ele ficar por lá já que se voltar sem aquele dinheiro da ajuda, será mais uma boca para dividir os 600 reais que somando; ganhamos todos juntos.
A vida é muito dura Senhor Carlos e eu imagino que o Senhor jamais tenha passado por isso que estamos passando. Ninguém da minha família teve a condição de estudar para ser alguém na vida; sabemos assinar apenas o nome e conhecemos umas bobagenzinhas que estas escolas públicas ensinam.
Faz perto de um ano que eu conheci umas moças lá na escola que andava arrumadinhas, com roupas de butique, sapatos da moda e bem perfumadas. Perguntei o que os pais delas faziam e elas me disseram que trabalhavam e elas próprias compravam tudo aquilo. Depois de alguns papos eu descobri que elas eram prostitutas e que ganhavam bem todos os dias, então passei a querer também trabalhar com elas, mas elas disseram que eu era “de menor”. De tanto insistir acabei conhecendo o patrão delas e ele me deu uma carteira de identidade falsa com a idade de 18 anos e me deu emprego.
Hoje eu sou prostituta também! Começo no serviço às 6 horas da noite numa casa que recebe muita gente importante, bem distante da cidade. Nesta casa aparece de vez em quando uma gente de paletó e gravata que minhas amigas dizem que são os coronéis da cidade, mas eu não os conheço; vem gente suja e bêbada também, mas eles têm o que o patrão quer: que é dinheiro, isso faz a nossa alegria também. No final da noite, se eu consigo me deitar com dois destes homens que vão lá à casa, ganho 50 reais, mas tenho que pagar pelo aluguel do quarto e pela comida. Também ganho comissão pelas bebidas que eles consomem, mas só se não for cerveja; se for uísque eu ganho 2 reais por cada dose e se for vinho espumante eu ganho 5 reais por cada garrafa, então, somando tudo, no final do mês me sobra uns 300 reais livres que eu sempre mando parte para minha mãe, para ajudar nas despesas de casa e na alimentação da minha filhinha; o pai dela eu não sei quem é e mesmo que soubesse eu acho que ninguém me ajudaria.
Para eu escrever esta carta uma pessoa da Prefeitura foi quem me pediu por que ela tava com uma coisa que o senhor tinha escrito num jornal daqui, então eu espero que isso que estou escrevendo te ajude a fazer um apelo aos políticos para que não acabem com os “bregas” (bordeis) desta cidade já que é deles que muitas de nós conseguimos ganhar dinheiro para poder pelo menos comer e também ajudar nossa família.
Vocês falam mal de nós e querem acabar com nosso trabalho, mas jamais se lembram de nos ajudar; aqui nesta cidade, gente igual a mim e minhas amigas comem o pão que o Diabo amassou; ninguém nos dá emprego, então, para nós mulheres o que resta é ser puta. Dói dizer isso, mas é a verdade. Minha mãe e meus irmãos sabem o que faço e ele nem ligam porque eu ajudo em casa mesmo não morando lá.
Vou juntar dinheiro na poupança e comprar uma casa para mim e para minha mãe; quero sair desta vida sim, mas não agora; vou aproveitar enquanto sou nova e posso trabalhar assim; depois que eu ficar velha ninguém mais vai querer que eu faça isso, esta é a verdade, então Senhor Carlos, pare de escrever sobre nós e ao invés disso, ajude-nos com ações que nos permita trabalhar e viver com dignidade.
As palavras utilizadas não foram estas, da mesma forma que o nome dela não é Patrícia, mas a carta que eu recebi no ano passado após publicar um artigo sobre a prostituição infantil dizia em palavras mal escritas um teor similar ao que pude traduzir acima.
Uma Assistente Social de Recife me enviou esta carta de uma garota de 16 anos, hoje com 17, que tinha uma filha e assumia que era prostituta de modo quase honroso; uma vergonha nacional que cresce todos os dias e que eu jamais me cansarei de insistir em denunciar.
Longe de qualquer sensacionalismo barato a carta de Patrícia não me chegou como crítica ou ataque pelo que escrevi; o que notei na carta, que aliás, só está publicada parte dela e que me chegou com nome completo e endereço, foi um apelo dramático para que os olhos dos que se dizem guardiões dos destinos sociais do Brasil se voltem para este problema grave, sério e de conseqüências mórbidas. As crianças do Brasil estão aprendendo a utilizar seus corpos em desenvolvimento para a utilização do meretrício que é crime e um forte agente causador da proliferação de doenças graves como AIDS, cancro mole, gonorréia e outras DSTs. Este quadro atual mancha a honra não só de nossas crianças indefesas, mas de um país como um todo de modo que nos posicionamos como um dos mais atrozes e desumanos do planeta.
Patrícia, pelo que pude traduzir em sua carta, queria apenas um trabalho para seu pai, seus irmãos mais velhos e sua mãe; se isso fosse possível, talvez ela estivesse em casa cuidando de sua filha e ajudando a cuidar de seus irmãos mais novos; ela queria apenas um trabalho, fosse ele qual for, mas que fosse digno e muitas vezes esta dignidade lá pelas bandas do Nordeste é ter a CTPS assinada e nada mais.
É muito pouco para se sonhar, mas este pouco que está cada vez mais distante da realidade de quase metade de nossa população acaba se tornando um sonho, um anseio da maior parte. Com o distanciamento cada vez mais claro deste sonho, restam as nossas crianças, principalmente as mocinhas, a vida dura do ingresso a prostituição.
Da última vez que escrevi sobre o tema, falei sobre a minha experiência árdua em tentar fechar duas casas de prostituição do Ceará, registre-se em vão; falei do que vi durante bom tempo que passei na capital cearense, tendo que me acostumar a ver garotinhas de menos de 12 anos perambulando pelas ruas da Praia de Iracema após a meia noite, sendo muitas vezes incentivadas pelos próprios pais; aquilo me deixou doente e envergonhado, principalmente porque eu estava e fiquei impotente; porque eu vi claramente que os poderosos de Fortaleza queriam que aquilo se perpetuasse e fosse incorporada a cultura da cidade; a cultura de oferecer suas meninas para os turistas imundos que chegavam da Europa.
Não há muito que comentar sobre o caso de Patrícia; o problema dela é o mesmo de milhares de outras que passam pelo mesmo ou pior; meninas que são obrigadas por crápulas facínoras a fazer sexo o dia inteiro com todo tipo de gente, do mais medíocre ao mais imundo; sim, porque neste meio não há santos, não há bem intencionados ou benfeitores. Uma parte que preferi não divulgar da carta de Patrícia, ela afirma que na casa onde trabalha há freqüência de policiais, eclesiásticos, políticos e até de gente ligada à justiça pernambucana e isso não é exclusividade de Pernambuco; o Brasil inteiro, do Arroio ao Chuí permite este tipo de monstruosidade.
Lugar de criança é na escola, de preferência estudando; lugar de criança é brincando, de preferência com brinquedos convencionais de crianças; lugar de criança a noite é perto dos pais, de preferência com afeto, com carinho, com amor. Criança não pode pedir esmolas, criança não pode transar; criança não pode trabalhar com algo que lhe tire a magia da infância. Infelizmente muitas precisam trabalhar e isso até tolera-se num país sem rédeas, sem mandatários sérios e sem uma justiça que se volte para o social, mas jamais aceitar que estas crianças se prostituam em nome da comida ou do teto; isso é lastimável, deplorável, catastrófico, desumano e deveria ser rigorosamente coibido, mas não é!
Quero pedir desculpas a todas as Patrícias se por acaso não consigo através de ações concretas, resolver o problema de todas elas; mas a minha única arma hoje é a palavra e não medirei esforços, hoje e todos os dias, para que meus artigos cheguem ao maior número de pessoas. Tenho certeza que um dia, um destes artigos tocará a sensibilidade de apenas um ser humano e se ele fizer com que apenas um destes homens que pagam e patrocinam o sexo de prostituição na infância e adolescência, com certeza já terei um grande pagamento por todos este tempo que escrevo e insisto em denunciar.
Eu não ganho um centavo sequer pelos textos que publico (nem estou cobrando); não pretendo ser político, muito menos galgo uma vaga de santo na Praça de São Pedro; algumas vezes sou processado na justiça por algumas verdades que escrevo e que fazem doer em alguns medíocres e tenho que contar com a sensibilidade de meus amigos advogados, mas reafirmo que jamais me cansarei de denunciar e de mostrar aos meus milhares de leitores o que se passa em algumas camadas da sociedade, seja num hotel, seja na rua, seja num prostíbulo; encerrarei minha tarefa de escrever apenas no dia que o Grande Mestre me chamar ou no dia que me calarem definitivamente!
Hoje, no Dia Internacional de Combate a Prostituição Infantil, além deste texto publicado, me coloco na condição de reflexão profunda, rogando ao Criador que proporcione mais inteligência ao homem para que eles cada vez mais se desviem dos caminhos de nossas crianças! Escrevo como jurista, como jornalista e agora como Membro da Anistia Internacional!
Carlos Henrique Mascarenhas Pires
www.irregular.com.br
238 – JUSTIÇA – Prezado Senhor Carlos, meu nome é Patrícia, tenho 16 anos, moro numa cidade importante do Nordeste e até o ano passado eu estudava normalmente como as minhas amigas numa escola pública, mas este ano o meu trabalho me impediu de trabalhar, então, passei a usar as noites para o trabalho e o dia para descansar.
Tenho uma filha de 01 ano que mora com a minha mãe e meus outros seis irmãos; ninguém da minha família tem um trabalho fixo, ninguém que mora lá em casa tem carteira assinada e todos vivem de bicos, isso é aqueles que trabalham. Minha mãe é empregada doméstica e trabalha numa casa de família que lhe paga 200 reais por mês; meus irmãos mais velhos, que são dois, catam latas e papelões nas ruas; meus outros irmãos vendem balas nos sinais de trânsito e o mais novinho, que tem apenas dois anos às vezes tem que esperar em casa, sozinho para que alguém retorne da vida dura e lhe oferecer algum tipo de conforto.
Meu pai saiu de casa para ir para São Paulo e disse que um dia voltaria com dinheiro para nos ajudar, mas isso já faz alguns anos e até agora, nem dinheiro nem notícias dele; eu espero que ele esteja bem e com saúde, mas é melhor ele ficar por lá já que se voltar sem aquele dinheiro da ajuda, será mais uma boca para dividir os 600 reais que somando; ganhamos todos juntos.
A vida é muito dura Senhor Carlos e eu imagino que o Senhor jamais tenha passado por isso que estamos passando. Ninguém da minha família teve a condição de estudar para ser alguém na vida; sabemos assinar apenas o nome e conhecemos umas bobagenzinhas que estas escolas públicas ensinam.
Faz perto de um ano que eu conheci umas moças lá na escola que andava arrumadinhas, com roupas de butique, sapatos da moda e bem perfumadas. Perguntei o que os pais delas faziam e elas me disseram que trabalhavam e elas próprias compravam tudo aquilo. Depois de alguns papos eu descobri que elas eram prostitutas e que ganhavam bem todos os dias, então passei a querer também trabalhar com elas, mas elas disseram que eu era “de menor”. De tanto insistir acabei conhecendo o patrão delas e ele me deu uma carteira de identidade falsa com a idade de 18 anos e me deu emprego.
Hoje eu sou prostituta também! Começo no serviço às 6 horas da noite numa casa que recebe muita gente importante, bem distante da cidade. Nesta casa aparece de vez em quando uma gente de paletó e gravata que minhas amigas dizem que são os coronéis da cidade, mas eu não os conheço; vem gente suja e bêbada também, mas eles têm o que o patrão quer: que é dinheiro, isso faz a nossa alegria também. No final da noite, se eu consigo me deitar com dois destes homens que vão lá à casa, ganho 50 reais, mas tenho que pagar pelo aluguel do quarto e pela comida. Também ganho comissão pelas bebidas que eles consomem, mas só se não for cerveja; se for uísque eu ganho 2 reais por cada dose e se for vinho espumante eu ganho 5 reais por cada garrafa, então, somando tudo, no final do mês me sobra uns 300 reais livres que eu sempre mando parte para minha mãe, para ajudar nas despesas de casa e na alimentação da minha filhinha; o pai dela eu não sei quem é e mesmo que soubesse eu acho que ninguém me ajudaria.
Para eu escrever esta carta uma pessoa da Prefeitura foi quem me pediu por que ela tava com uma coisa que o senhor tinha escrito num jornal daqui, então eu espero que isso que estou escrevendo te ajude a fazer um apelo aos políticos para que não acabem com os “bregas” (bordeis) desta cidade já que é deles que muitas de nós conseguimos ganhar dinheiro para poder pelo menos comer e também ajudar nossa família.
Vocês falam mal de nós e querem acabar com nosso trabalho, mas jamais se lembram de nos ajudar; aqui nesta cidade, gente igual a mim e minhas amigas comem o pão que o Diabo amassou; ninguém nos dá emprego, então, para nós mulheres o que resta é ser puta. Dói dizer isso, mas é a verdade. Minha mãe e meus irmãos sabem o que faço e ele nem ligam porque eu ajudo em casa mesmo não morando lá.
Vou juntar dinheiro na poupança e comprar uma casa para mim e para minha mãe; quero sair desta vida sim, mas não agora; vou aproveitar enquanto sou nova e posso trabalhar assim; depois que eu ficar velha ninguém mais vai querer que eu faça isso, esta é a verdade, então Senhor Carlos, pare de escrever sobre nós e ao invés disso, ajude-nos com ações que nos permita trabalhar e viver com dignidade.
As palavras utilizadas não foram estas, da mesma forma que o nome dela não é Patrícia, mas a carta que eu recebi no ano passado após publicar um artigo sobre a prostituição infantil dizia em palavras mal escritas um teor similar ao que pude traduzir acima.
Uma Assistente Social de Recife me enviou esta carta de uma garota de 16 anos, hoje com 17, que tinha uma filha e assumia que era prostituta de modo quase honroso; uma vergonha nacional que cresce todos os dias e que eu jamais me cansarei de insistir em denunciar.
Longe de qualquer sensacionalismo barato a carta de Patrícia não me chegou como crítica ou ataque pelo que escrevi; o que notei na carta, que aliás, só está publicada parte dela e que me chegou com nome completo e endereço, foi um apelo dramático para que os olhos dos que se dizem guardiões dos destinos sociais do Brasil se voltem para este problema grave, sério e de conseqüências mórbidas. As crianças do Brasil estão aprendendo a utilizar seus corpos em desenvolvimento para a utilização do meretrício que é crime e um forte agente causador da proliferação de doenças graves como AIDS, cancro mole, gonorréia e outras DSTs. Este quadro atual mancha a honra não só de nossas crianças indefesas, mas de um país como um todo de modo que nos posicionamos como um dos mais atrozes e desumanos do planeta.
Patrícia, pelo que pude traduzir em sua carta, queria apenas um trabalho para seu pai, seus irmãos mais velhos e sua mãe; se isso fosse possível, talvez ela estivesse em casa cuidando de sua filha e ajudando a cuidar de seus irmãos mais novos; ela queria apenas um trabalho, fosse ele qual for, mas que fosse digno e muitas vezes esta dignidade lá pelas bandas do Nordeste é ter a CTPS assinada e nada mais.
É muito pouco para se sonhar, mas este pouco que está cada vez mais distante da realidade de quase metade de nossa população acaba se tornando um sonho, um anseio da maior parte. Com o distanciamento cada vez mais claro deste sonho, restam as nossas crianças, principalmente as mocinhas, a vida dura do ingresso a prostituição.
Da última vez que escrevi sobre o tema, falei sobre a minha experiência árdua em tentar fechar duas casas de prostituição do Ceará, registre-se em vão; falei do que vi durante bom tempo que passei na capital cearense, tendo que me acostumar a ver garotinhas de menos de 12 anos perambulando pelas ruas da Praia de Iracema após a meia noite, sendo muitas vezes incentivadas pelos próprios pais; aquilo me deixou doente e envergonhado, principalmente porque eu estava e fiquei impotente; porque eu vi claramente que os poderosos de Fortaleza queriam que aquilo se perpetuasse e fosse incorporada a cultura da cidade; a cultura de oferecer suas meninas para os turistas imundos que chegavam da Europa.
Não há muito que comentar sobre o caso de Patrícia; o problema dela é o mesmo de milhares de outras que passam pelo mesmo ou pior; meninas que são obrigadas por crápulas facínoras a fazer sexo o dia inteiro com todo tipo de gente, do mais medíocre ao mais imundo; sim, porque neste meio não há santos, não há bem intencionados ou benfeitores. Uma parte que preferi não divulgar da carta de Patrícia, ela afirma que na casa onde trabalha há freqüência de policiais, eclesiásticos, políticos e até de gente ligada à justiça pernambucana e isso não é exclusividade de Pernambuco; o Brasil inteiro, do Arroio ao Chuí permite este tipo de monstruosidade.
Lugar de criança é na escola, de preferência estudando; lugar de criança é brincando, de preferência com brinquedos convencionais de crianças; lugar de criança a noite é perto dos pais, de preferência com afeto, com carinho, com amor. Criança não pode pedir esmolas, criança não pode transar; criança não pode trabalhar com algo que lhe tire a magia da infância. Infelizmente muitas precisam trabalhar e isso até tolera-se num país sem rédeas, sem mandatários sérios e sem uma justiça que se volte para o social, mas jamais aceitar que estas crianças se prostituam em nome da comida ou do teto; isso é lastimável, deplorável, catastrófico, desumano e deveria ser rigorosamente coibido, mas não é!
Quero pedir desculpas a todas as Patrícias se por acaso não consigo através de ações concretas, resolver o problema de todas elas; mas a minha única arma hoje é a palavra e não medirei esforços, hoje e todos os dias, para que meus artigos cheguem ao maior número de pessoas. Tenho certeza que um dia, um destes artigos tocará a sensibilidade de apenas um ser humano e se ele fizer com que apenas um destes homens que pagam e patrocinam o sexo de prostituição na infância e adolescência, com certeza já terei um grande pagamento por todos este tempo que escrevo e insisto em denunciar.
Eu não ganho um centavo sequer pelos textos que publico (nem estou cobrando); não pretendo ser político, muito menos galgo uma vaga de santo na Praça de São Pedro; algumas vezes sou processado na justiça por algumas verdades que escrevo e que fazem doer em alguns medíocres e tenho que contar com a sensibilidade de meus amigos advogados, mas reafirmo que jamais me cansarei de denunciar e de mostrar aos meus milhares de leitores o que se passa em algumas camadas da sociedade, seja num hotel, seja na rua, seja num prostíbulo; encerrarei minha tarefa de escrever apenas no dia que o Grande Mestre me chamar ou no dia que me calarem definitivamente!
Hoje, no Dia Internacional de Combate a Prostituição Infantil, além deste texto publicado, me coloco na condição de reflexão profunda, rogando ao Criador que proporcione mais inteligência ao homem para que eles cada vez mais se desviem dos caminhos de nossas crianças! Escrevo como jurista, como jornalista e agora como Membro da Anistia Internacional!
Carlos Henrique Mascarenhas Pires
www.irregular.com.br
sexta-feira, 15 de maio de 2009
Comece seu dia de bom humor e em paz...
Melhore um pouco o seu viver...
Em primeiro lugar, antes de se levantar alongue-se bem,
se estique bastante até sentir o quanto você é
maior que você mesmo.
Abra a janela e diga: " Bom dia, dia!
O dia irá te receber muito melhor
e será muito mais fácil enfrentá-lo.
Se você encontrar, no decorrer do dia,
com pessoas indelicadas,
perversas e que subestimam a sua
inteligência não dê tanta importância.
Elas podem não perceber o que fazem,
mas você com certeza estará atento a tudo de ruim
que ameace azedar seu dia.
O problema que tiver, enfrente-o.
Não fique dando voltas, fingindo que ele não existe.
Se ele acontece, é para ser resolvido.
Se for grande demais, vá resolvendo parte por parte
até que ele fique bem menor.
Dê atenção especial a todos que são gentis com você,
e com certeza receberá gentileza também.
Só não se esqueça que nem todos os dias
são bons para todos.
Dê à sua paciência, à sua compreensão
e ao seu raciocínio
todo fôlego que eles precisam.
Pense duas vezes se tiver que engolir algum "sapo".
Lembre-se, ele pode ser indigesto demais.
E, mesmo que hoje o seu dia seja bastante atarefado,
não se esqueça de deixar alguém feliz,
mandando um oi a quem você quer bem.
Talvez amanhã o seu dia seja muito mais ocupado que hoje.
Desejo que você tenha um "lindo dia".
E você, vai apenas ler?
Mais vale um minuto perdido que uma vida inteira.
Faça e veja a diferença!!!
Em primeiro lugar, antes de se levantar alongue-se bem,
se estique bastante até sentir o quanto você é
maior que você mesmo.
Abra a janela e diga: " Bom dia, dia!
O dia irá te receber muito melhor
e será muito mais fácil enfrentá-lo.
Se você encontrar, no decorrer do dia,
com pessoas indelicadas,
perversas e que subestimam a sua
inteligência não dê tanta importância.
Elas podem não perceber o que fazem,
mas você com certeza estará atento a tudo de ruim
que ameace azedar seu dia.
O problema que tiver, enfrente-o.
Não fique dando voltas, fingindo que ele não existe.
Se ele acontece, é para ser resolvido.
Se for grande demais, vá resolvendo parte por parte
até que ele fique bem menor.
Dê atenção especial a todos que são gentis com você,
e com certeza receberá gentileza também.
Só não se esqueça que nem todos os dias
são bons para todos.
Dê à sua paciência, à sua compreensão
e ao seu raciocínio
todo fôlego que eles precisam.
Pense duas vezes se tiver que engolir algum "sapo".
Lembre-se, ele pode ser indigesto demais.
E, mesmo que hoje o seu dia seja bastante atarefado,
não se esqueça de deixar alguém feliz,
mandando um oi a quem você quer bem.
Talvez amanhã o seu dia seja muito mais ocupado que hoje.
Desejo que você tenha um "lindo dia".
E você, vai apenas ler?
Mais vale um minuto perdido que uma vida inteira.
Faça e veja a diferença!!!
Canção das mulheres...
Que o outro saiba quando estou com medo, e me tome nos braços sem fazer perguntas demais.
Que o outro note quando preciso de silêncio e não vá embora batendo a porta, mas entenda que não o amarei menos porque estou quieta.
Que o outro aceite que me preocupo com ele e não se irrite com minha solicitude, e se ela for excessiva saiba me dizer isso com delicadeza ou bom humor.
Que o outro perceba minha fragilidade e não ria de mim, nem se aproveite disso.
Que se eu faço uma bobagem o outro goste um pouco mais de mim, porque também preciso poder fazer tolices tantas vezes.
Que se estou apenas cansada o outro não pense logo que estou nervosa, ou doente, ou agressiva, nem diga que reclamo demais.
Que o outro sinta quanto me dói a idéia da perda, e ouse ficar comigo um pouco - em lugar de voltar logo à sua vida.
Que se estou numa fase ruim o outro seja meu cúmplice, mas sem fazer alarde nem dizendo 'Olha que estou tendo muita paciência com você!'
Que quando sem querer eu digo uma coisa bem inadequada diante de mais pessoas, o outro não me exponha nem me ridicularize.
Que se eventualmente perco a paciência, perco a graça e perco a compostura, o outro ainda assim me ache linda e me admire.
Que o outro não me considere sempre disponível, sempre necessariamente compreensiva, mas me aceite quando não estou podendo ser nada disso.
Que, finalmente, o outro entenda que mesmo se às vezes me esforço, não sou, nem devo ser a mulher-maravilha, mas apenas uma pessoa: vulnerável e forte, incapaz e gloriosa, assustada e audaciosa - uma mulher.
(Lya Luft )
Que o outro note quando preciso de silêncio e não vá embora batendo a porta, mas entenda que não o amarei menos porque estou quieta.
Que o outro aceite que me preocupo com ele e não se irrite com minha solicitude, e se ela for excessiva saiba me dizer isso com delicadeza ou bom humor.
Que o outro perceba minha fragilidade e não ria de mim, nem se aproveite disso.
Que se eu faço uma bobagem o outro goste um pouco mais de mim, porque também preciso poder fazer tolices tantas vezes.
Que se estou apenas cansada o outro não pense logo que estou nervosa, ou doente, ou agressiva, nem diga que reclamo demais.
Que o outro sinta quanto me dói a idéia da perda, e ouse ficar comigo um pouco - em lugar de voltar logo à sua vida.
Que se estou numa fase ruim o outro seja meu cúmplice, mas sem fazer alarde nem dizendo 'Olha que estou tendo muita paciência com você!'
Que quando sem querer eu digo uma coisa bem inadequada diante de mais pessoas, o outro não me exponha nem me ridicularize.
Que se eventualmente perco a paciência, perco a graça e perco a compostura, o outro ainda assim me ache linda e me admire.
Que o outro não me considere sempre disponível, sempre necessariamente compreensiva, mas me aceite quando não estou podendo ser nada disso.
Que, finalmente, o outro entenda que mesmo se às vezes me esforço, não sou, nem devo ser a mulher-maravilha, mas apenas uma pessoa: vulnerável e forte, incapaz e gloriosa, assustada e audaciosa - uma mulher.
(Lya Luft )
Leia...Lya Luft...
PRIORIDADES...
"Muito do que gastamos (e nos desgastamos) nesse consumismo feroz podia ser negociado com a gente mesmo: uma hora de alegria em troca daquele sapato.
Uma tarde de amor em troca da prestação do carro do ano; um fim de semana em família em lugar daquele trabalho extra que está me matando e ainda por cima detesto.
Não sei se sou otimista demais, ou fora da realidade.
Mas, à medida que fui gostando mais do meu jeans, camiseta e mocassins, me agitando menos, querendo ter menos, fui ficando mais tranqüila e mais divertida. Sapato e roupa simbolizam bem mais do que isso que são: representam uma escolha de vida, uma postura interior.
Nunca fui modelo de nada, graças a Deus. Mas amadurecer me obrigou a fazer muita faxina nos armários da alma e na bolsa também. Resistir a certas tentações é burrice; mas fugir de outras pode ser crescimento, e muito mais alegria.
Cada um que examine o baú de suas prioridades, e faça a arrumação que quiser ou puder.
Que seja para aliviar a vida, o coração e o pensamento - não para inventar de acumular ali mais alguns compromissos estéreis e mortais."
"Muito do que gastamos (e nos desgastamos) nesse consumismo feroz podia ser negociado com a gente mesmo: uma hora de alegria em troca daquele sapato.
Uma tarde de amor em troca da prestação do carro do ano; um fim de semana em família em lugar daquele trabalho extra que está me matando e ainda por cima detesto.
Não sei se sou otimista demais, ou fora da realidade.
Mas, à medida que fui gostando mais do meu jeans, camiseta e mocassins, me agitando menos, querendo ter menos, fui ficando mais tranqüila e mais divertida. Sapato e roupa simbolizam bem mais do que isso que são: representam uma escolha de vida, uma postura interior.
Nunca fui modelo de nada, graças a Deus. Mas amadurecer me obrigou a fazer muita faxina nos armários da alma e na bolsa também. Resistir a certas tentações é burrice; mas fugir de outras pode ser crescimento, e muito mais alegria.
Cada um que examine o baú de suas prioridades, e faça a arrumação que quiser ou puder.
Que seja para aliviar a vida, o coração e o pensamento - não para inventar de acumular ali mais alguns compromissos estéreis e mortais."
Seja um ser crítico!!!
Martha Medeiros.
Martha Medeiros é uma jornalista e escritora brasileira.
É colunista do jornal Zero Hora de Porto Alegre, e de O Globo, do Rio de Janeiro.
LEIA!!!
Martha Medeiros é uma jornalista e escritora brasileira.
É colunista do jornal Zero Hora de Porto Alegre, e de O Globo, do Rio de Janeiro.
LEIA!!!
PRIMEIRO O SEU PENSAR...
Strip-Tease...
Chegou no apartamento dele por volta das seis da tarde e sentia um nervosismo fora do comum. Antes de entrar, pensou mais uma vez no que estava por fazer. Seria sua primeira vez. Já havia roído as unhas de ambas as mãos. Não podia mais voltar atrás. Tocou a campainha e ele, ansioso do outro lado da porta, não levou mais do que dois segundos para atender.
Ele perguntou se ela queria beber alguma coisa, ela não quis. Ele perguntou se ela queria sentar, ela recusou. Ele perguntou o que poderia fazer por ela. A resposta: sem preliminares. Quero que você me escute, simplesmente.
Então ela começou a se despir como nunca havia feito antes.
Primeiro tirou a máscara: "Eu tenho feito de conta que você não me interessa muito, mas não é verdade. Você é a pessoa mais especial que já conheci. Não por ser bonito ou por pensar como eu sobre tantas coisas, mas por algo maior e mais profundo do que aparência e afinidade. Ser correspondida é o que menos me importa no momento: preciso dizer o que sinto".
Então ela desfez-se da arrogância: "Nem sei com que pernas cheguei até sua casa, achei que não teria coragem. Mas agora que estou aqui, preciso que você saiba que cada música que toca é com você que ouço, cada palavra que leio é com você que reparto, cada deslumbramento que tenho é com você que sinto. Você está entranhado no que sou, virou parte da minha história."
Era o pudor sendo desabotoado: "Eu beijo espelhos, abraço almofadas, faço carinho em mim mesma tendo você no pensamento, e mesmo quando as coisas que faço são menos importantes, como ler uma revista ou lavar uma meia, é em sua companhia que estou".
Retirava o medo: "Eu não sou melhor ou pior do que ninguém, sou apenas alguém que está aprendendo a lidar com o amor, sinto que ele existe, sinto que é forte e sinto que é aquilo que todos procuram. Encontrei".
Por fim, a última peça caía, deixando-a nua
"Eu gostaria de viver com você, mas não foi por isso que vim. A intenção é unicamente deixá-lo saber que é amado e deixá-lo pensar a respeito, que amor não é coisa que se retribua de imediato, apenas para ser gentil. Se um dia eu for amada do mesmo modo por você, me avise que eu volto, e a gente recomeça de onde parou, paramos aqui".
E saiu do apartamento sentindo-se mais mulher do que nunca.
( Martha Medeiros )
Chegou no apartamento dele por volta das seis da tarde e sentia um nervosismo fora do comum. Antes de entrar, pensou mais uma vez no que estava por fazer. Seria sua primeira vez. Já havia roído as unhas de ambas as mãos. Não podia mais voltar atrás. Tocou a campainha e ele, ansioso do outro lado da porta, não levou mais do que dois segundos para atender.
Ele perguntou se ela queria beber alguma coisa, ela não quis. Ele perguntou se ela queria sentar, ela recusou. Ele perguntou o que poderia fazer por ela. A resposta: sem preliminares. Quero que você me escute, simplesmente.
Então ela começou a se despir como nunca havia feito antes.
Primeiro tirou a máscara: "Eu tenho feito de conta que você não me interessa muito, mas não é verdade. Você é a pessoa mais especial que já conheci. Não por ser bonito ou por pensar como eu sobre tantas coisas, mas por algo maior e mais profundo do que aparência e afinidade. Ser correspondida é o que menos me importa no momento: preciso dizer o que sinto".
Então ela desfez-se da arrogância: "Nem sei com que pernas cheguei até sua casa, achei que não teria coragem. Mas agora que estou aqui, preciso que você saiba que cada música que toca é com você que ouço, cada palavra que leio é com você que reparto, cada deslumbramento que tenho é com você que sinto. Você está entranhado no que sou, virou parte da minha história."
Era o pudor sendo desabotoado: "Eu beijo espelhos, abraço almofadas, faço carinho em mim mesma tendo você no pensamento, e mesmo quando as coisas que faço são menos importantes, como ler uma revista ou lavar uma meia, é em sua companhia que estou".
Retirava o medo: "Eu não sou melhor ou pior do que ninguém, sou apenas alguém que está aprendendo a lidar com o amor, sinto que ele existe, sinto que é forte e sinto que é aquilo que todos procuram. Encontrei".
Por fim, a última peça caía, deixando-a nua
"Eu gostaria de viver com você, mas não foi por isso que vim. A intenção é unicamente deixá-lo saber que é amado e deixá-lo pensar a respeito, que amor não é coisa que se retribua de imediato, apenas para ser gentil. Se um dia eu for amada do mesmo modo por você, me avise que eu volto, e a gente recomeça de onde parou, paramos aqui".
E saiu do apartamento sentindo-se mais mulher do que nunca.
( Martha Medeiros )
Que dor dói mais?
A DOR QUE DÓI MAIS...
Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, dóem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói é saudade.
Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma cachoeira da infância. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai que já morreu. Saudade de um amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade. Saudade da gente mesmo, quando se tinha mais audácia e menos cabelos brancos. Dóem essas saudades todas.
Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e ele no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o aeroporto e ele para o dentista, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-lo, ele o dia sem vê-la, mas sabiam-se amanhã. Mas quando o amor de um acaba, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.
Saudade é não saber. Não saber mais se ele continua se gripando no inverno. Não saber mais se ela continua clareando o cabelo. Não saber se ele ainda usa a camisa que você deu. Não saber se ela foi na consulta com o dermatologista como prometeu. Não saber se ele tem comido frango de padaria, se ela tem assistido as aulas de inglês, se ele aprendeu a entrar na Internet, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ele continua fumando Carlton, se ela continua preferindo Pepsi, se ele continua sorrindo, se ela continua dançando, se ele continua pescando, se ela continua lhe amando.
Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.
Saudade é não querer saber. Não querer saber se ele está com outra, se ela está feliz, se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais querer saber de quem se ama, e ainda assim, doer.
( Martha Medeiros )
Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, dóem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói é saudade.
Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma cachoeira da infância. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai que já morreu. Saudade de um amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade. Saudade da gente mesmo, quando se tinha mais audácia e menos cabelos brancos. Dóem essas saudades todas.
Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e ele no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o aeroporto e ele para o dentista, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-lo, ele o dia sem vê-la, mas sabiam-se amanhã. Mas quando o amor de um acaba, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.
Saudade é não saber. Não saber mais se ele continua se gripando no inverno. Não saber mais se ela continua clareando o cabelo. Não saber se ele ainda usa a camisa que você deu. Não saber se ela foi na consulta com o dermatologista como prometeu. Não saber se ele tem comido frango de padaria, se ela tem assistido as aulas de inglês, se ele aprendeu a entrar na Internet, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ele continua fumando Carlton, se ela continua preferindo Pepsi, se ele continua sorrindo, se ela continua dançando, se ele continua pescando, se ela continua lhe amando.
Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.
Saudade é não querer saber. Não querer saber se ele está com outra, se ela está feliz, se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais querer saber de quem se ama, e ainda assim, doer.
( Martha Medeiros )
LEIA URGENTE...
Para meus amigos que estão...SOLTEIROS
O amor é como uma borboleta. Por mais que tente pegá-la, ela fugirá.
Mas quando menos esperar, ela está ali do seu lado.
O amor pode te fazer feliz, mas às vezes também pode te ferir.
Mas o amor será especial apenas quando você tiver o objetivo de se dar somente a um alguém que seja realmente valioso. Por isso, aproveite o tempo livre para escolher .
Para meus amigos...NÃO SOLTEIROS
Amor não é se envolver com a "pessoa perfeita", aquela dos nossos sonhos.
Não existem príncipes nem princesas.
Encare a outra pessoa de forma sincera e real, exaltando suas qualidades, mas sabendo também de seus defeitos.
O amor só é lindo, quando encontramos alguém que nos transforme no melhor que podemos ser.
Para meus amigos que gostam de...PAQUERAR
Nunca diga "te amo" se não te interessa.
Nunca fale sobre sentimentos se estes não existem.
Nunca toque numa vida, se não pretende romper um coração.
Nunca olhe nos olhos de alguém, se não quiser vê-lo derramar em lágrimas por causa de ti.
A COISA MAIS CRUEL QUE ALGUÉM PODE FAZER É PERMITIR QUE ALGUÉM SE APAIXONE POR VOCÊ, QUANDO VOCÊ NÃO PRETENDE FAZER O MESMO.
Para meus amigos...CASADOS.
O amor não te faz dizer "a culpa é", mas te faz dizer "me perdoe".
Compreender o outro, tentar sentir a diferença, se colocar no seu lugar.
Diz o ditado que um casal feliz é aquele feito de dois bons perdoadores.
A verdadeira medida de compatibilidade não são os anos que passaram juntos;
mas sim o quanto nesses anos vocês foram bons um para o outro.
Para meus amigos que têm um CORAÇÃO PARTIDO
Um coração assim dura o tempo que você deseje que ele dure, e ele lastimará o tempo que você permitir.
Um coração partido sente saudades, imagina como seria bom, mas não permita que ele chore para sempre.
Permita-se rir e conhecer outros corações.
Aprenda a viver, aprenda a amar as pessoas com solidariedade, aprenda a fazer coisas boas, aprenda a ajudar os outros, aprenda a viver sua própria vida.
A DOR DE UM CORAÇÃO PARTIDO É INEVITÁVEL, MAS O SOFRIMENTO É OPCIONAL!
E LEMBRE-SE: É MELHOR VER ALGUÉM QUE VOCÊ AMA FELIZ COM OUTRA PESSOA, DO QUE VÊ-LA INFELIZ AO SEU LADO.
Para meus amigos que são...INOCENTES.
Ela(e) se apaixonou por ti, e você não teve culpa, é verdade.
Mas pense que poderia ter acontecido com você. Seja sincero, mas não seja duro; não alimente esperanças, mas não seja crítico; você não precisa ser namorado(a), mas pode descobrir que ela(e) é uma ótima pessoa e pode vir a se tornar uma(um) grande amiga(o).
Para meus amigos que tem MEDO DE TERMINAR.
As vezes é duro terminar com alguém, e isso dói em você.
Mas dói muito mais quando alguém rompe contigo, não é verdade?
Mas o amor também dói muito quando ele não sabe o que você sente.
Não engane tal pessoa, não seja grosso(a) e rude esperando que ela(e) adivinhe o que você quer.
Não a (o) force terminar contigo, pois a melhor forma de ser respeitado é respeitando.
Pra terminar ...
Eterno, é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade, que se petrifica, e nenhuma força jamais o resgata....
Um dia descobrimos que beijar uma pessoa para esquecer outra, é bobagem.Você não só não esquece a outra pessoa como pensa muito mais nela...
Um dia descobrimos que se apaixonar é inevitável...
Um dia percebemos que as melhores provas de amor são as mais simples...
Um dia percebemos que o comum não nos atrai...
Um dia saberemos que ser classificado como o "bonzinho" não é bom . .
Um dia perceberemos que a pessoa que nunca te liga é a que mais pensa em você...
Um dia percebemos que somos muito importante para alguém, mas não damos valor a isso...
Um dia percebemos como aquele amigo faz falta, mas ai já é tarde demais...
Enfim...
Um dia descobrimos que apesar de viver quase um século esse tempo todo não é suficiente para realizarmos todos os nossos sonhos, para dizer tudo o que tem que ser dito...
O jeito é: ou nos conformamos com a falta de algumas coisas na nossa vida ou lutar para realizar todas as nossas loucuras...
Quem não compreende um olhar tampouco compreenderá uma longa explicação.
( Martha Medeiros )
O amor é como uma borboleta. Por mais que tente pegá-la, ela fugirá.
Mas quando menos esperar, ela está ali do seu lado.
O amor pode te fazer feliz, mas às vezes também pode te ferir.
Mas o amor será especial apenas quando você tiver o objetivo de se dar somente a um alguém que seja realmente valioso. Por isso, aproveite o tempo livre para escolher .
Para meus amigos...NÃO SOLTEIROS
Amor não é se envolver com a "pessoa perfeita", aquela dos nossos sonhos.
Não existem príncipes nem princesas.
Encare a outra pessoa de forma sincera e real, exaltando suas qualidades, mas sabendo também de seus defeitos.
O amor só é lindo, quando encontramos alguém que nos transforme no melhor que podemos ser.
Para meus amigos que gostam de...PAQUERAR
Nunca diga "te amo" se não te interessa.
Nunca fale sobre sentimentos se estes não existem.
Nunca toque numa vida, se não pretende romper um coração.
Nunca olhe nos olhos de alguém, se não quiser vê-lo derramar em lágrimas por causa de ti.
A COISA MAIS CRUEL QUE ALGUÉM PODE FAZER É PERMITIR QUE ALGUÉM SE APAIXONE POR VOCÊ, QUANDO VOCÊ NÃO PRETENDE FAZER O MESMO.
Para meus amigos...CASADOS.
O amor não te faz dizer "a culpa é", mas te faz dizer "me perdoe".
Compreender o outro, tentar sentir a diferença, se colocar no seu lugar.
Diz o ditado que um casal feliz é aquele feito de dois bons perdoadores.
A verdadeira medida de compatibilidade não são os anos que passaram juntos;
mas sim o quanto nesses anos vocês foram bons um para o outro.
Para meus amigos que têm um CORAÇÃO PARTIDO
Um coração assim dura o tempo que você deseje que ele dure, e ele lastimará o tempo que você permitir.
Um coração partido sente saudades, imagina como seria bom, mas não permita que ele chore para sempre.
Permita-se rir e conhecer outros corações.
Aprenda a viver, aprenda a amar as pessoas com solidariedade, aprenda a fazer coisas boas, aprenda a ajudar os outros, aprenda a viver sua própria vida.
A DOR DE UM CORAÇÃO PARTIDO É INEVITÁVEL, MAS O SOFRIMENTO É OPCIONAL!
E LEMBRE-SE: É MELHOR VER ALGUÉM QUE VOCÊ AMA FELIZ COM OUTRA PESSOA, DO QUE VÊ-LA INFELIZ AO SEU LADO.
Para meus amigos que são...INOCENTES.
Ela(e) se apaixonou por ti, e você não teve culpa, é verdade.
Mas pense que poderia ter acontecido com você. Seja sincero, mas não seja duro; não alimente esperanças, mas não seja crítico; você não precisa ser namorado(a), mas pode descobrir que ela(e) é uma ótima pessoa e pode vir a se tornar uma(um) grande amiga(o).
Para meus amigos que tem MEDO DE TERMINAR.
As vezes é duro terminar com alguém, e isso dói em você.
Mas dói muito mais quando alguém rompe contigo, não é verdade?
Mas o amor também dói muito quando ele não sabe o que você sente.
Não engane tal pessoa, não seja grosso(a) e rude esperando que ela(e) adivinhe o que você quer.
Não a (o) force terminar contigo, pois a melhor forma de ser respeitado é respeitando.
Pra terminar ...
Eterno, é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade, que se petrifica, e nenhuma força jamais o resgata....
Um dia descobrimos que beijar uma pessoa para esquecer outra, é bobagem.Você não só não esquece a outra pessoa como pensa muito mais nela...
Um dia descobrimos que se apaixonar é inevitável...
Um dia percebemos que as melhores provas de amor são as mais simples...
Um dia percebemos que o comum não nos atrai...
Um dia saberemos que ser classificado como o "bonzinho" não é bom . .
Um dia perceberemos que a pessoa que nunca te liga é a que mais pensa em você...
Um dia percebemos que somos muito importante para alguém, mas não damos valor a isso...
Um dia percebemos como aquele amigo faz falta, mas ai já é tarde demais...
Enfim...
Um dia descobrimos que apesar de viver quase um século esse tempo todo não é suficiente para realizarmos todos os nossos sonhos, para dizer tudo o que tem que ser dito...
O jeito é: ou nos conformamos com a falta de algumas coisas na nossa vida ou lutar para realizar todas as nossas loucuras...
Quem não compreende um olhar tampouco compreenderá uma longa explicação.
( Martha Medeiros )
VAMOS PENSAR UM POUCO...
O nome do dono é o mesmo da casa?
Qual é o olho que mais chora?
Qual é o mês mais curto?
Qual é a carta que nunca leva recado?
Qual é a coisa que quando chega em casa põe logo à janela?
Nasce no mato, No mato se cria, E só dá uma cria?
Tem barba, mas não é homem; tem dente mas não é gente?
Entra na boca da gente todos os dias e a gente não come?
Qual é o olho que mais chora?
Qual é o mês mais curto?
Qual é a carta que nunca leva recado?
Qual é a coisa que quando chega em casa põe logo à janela?
Nasce no mato, No mato se cria, E só dá uma cria?
Tem barba, mas não é homem; tem dente mas não é gente?
Entra na boca da gente todos os dias e a gente não come?
sexta-feira, 8 de maio de 2009
SALMOS 11...
1 [Salmo de Davi para o músico-mor] No SENHOR confio; como dizeis à minha alma: Fugi para a vossa montanha como pássaro?
2 Pois eis que os ímpios armam o arco, põem as flechas na corda, para com elas atirarem, às escuras, aos retos de coração.
3 Se forem destruídos os fundamentos, que poderá fazer o justo?
4 ¶ O SENHOR está no seu santo templo, o trono do SENHOR está nos céus; os seus olhos estão atentos, e as suas pálpebras provam os filhos dos homens.
5 O SENHOR prova o justo; porém ao ímpio e ao que ama a violência odeia a sua alma.
6 Sobre os ímpios fará chover laços, fogo, enxofre e vento tempestuoso; isto será a porção do seu copo.
7 Porque o SENHOR é justo, e ama a justiça; o seu rosto olha para os retos.
SAlmos 145...
Salmos 1451 ¶ [cântico de Davi] Eu te exaltarei, ó Deus, rei meu, e bendirei o teu nome pelos séculos dos séculos e para sempre.
2 Cada dia te bendirei, e louvarei o teu nome pelos séculos dos séculos e para sempre.
3 Grande é o SENHOR, e muito digno de louvor, e a sua grandeza inescrutável.
4 Uma geração louvará as tuas obras à outra geração, e anunciarão as tuas proezas.
5 Falarei da magnificência gloriosa da tua majestade e das tuas obras maravilhosas.
6 E se falará da força dos teus feitos terríveis; e contarei a tua grandeza.
7 Proferirão abundantemente a memória da tua grande bondade, e cantarão a tua justiça.
8 Piedoso e benigno é o SENHOR, sofredor e de grande misericórdia.
9 O SENHOR é bom para todos, e as suas misericórdias são sobre todas as suas obras.
10 ¶ Todas as tuas obras te louvarão, ó SENHOR, e os teus santos te bendirão.
11 Falarão da glória do teu reino, e relatarão o teu poder,
12 Para fazer saber aos filhos dos homens as tuas proezas e a glória da magnificência do teu reino.
13 O teu reino é um reino eterno; o teu domínio dura em todas as gerações.
14 O SENHOR sustenta a todos os que caem, e levanta a todos os abatidos.
15 Os olhos de todos esperam em ti, e lhes dás o seu mantimento a seu tempo.
16 Abres a tua mão, e fartas os desejos de todos os viventes.
17 Justo é o SENHOR em todos os seus caminhos, e santo em todas as suas obras.
18 Perto está o SENHOR de todos os que o invocam, de todos os que o invocam em verdade.
19 Ele cumprirá o desejo dos que o temem; ouvirá o seu clamor, e os salvará.
20 O SENHOR guarda a todos os que o amam; mas todos os ímpios serão destruídos.
21 A minha boca falará o louvor do SENHOR, e toda a carne louvará o seu santo nome pelos séculos dos séculos e para sempre.
SALMOS 138...
1 [Salmo de Davi] Eu te louvarei, de todo o meu coração; na presença dos deuses a ti cantarei louvores.
2 Inclinar-me-ei para o teu santo templo, e louvarei o teu nome pela tua benignidade, e pela tua verdade; pois engrandeceste a tua palavra acima de todo o teu nome.
3 No dia em que eu clamei, me escutaste; e alentaste com força a minha alma.
4 Todos os reis da terra te louvarão, ó SENHOR, quando ouvirem as palavras da tua boca;
5 E cantarão os caminhos do SENHOR; pois grande é a glória do SENHOR.
6 ¶ Ainda que o SENHOR é excelso, atenta todavia para o humilde; mas ao soberbo conhece-o de longe.
7 Andando eu no meio da angústia, tu me reviverás; estenderás a tua mão contra a ira dos meus inimigos, e a tua destra me salvará.
8 O SENHOR aperfeiçoará o que me toca; a tua benignidade, ó SENHOR, dura para sempre; não desampares as obras das tuas mãos.
SALMOS 23...
Salmos 23...
1 [Salmo de Davi] O SENHOR é o meu pastor, nada me faltará.
2 Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente a águas tranquilas.
3 Refrigera a minha alma; guia-me pelas veredas da justiça, por amor do seu nome.
4 Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam.
5 Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos, unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda.
6 Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na casa do SENHOR por longos dias.
SALMOS 91...
1 Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará.
2 Direi do SENHOR: Ele é o meu Deus, o meu refúgio, a minha fortaleza, e nele confiarei.
3 Porque ele te livrará do laço do passarinheiro, e da peste perniciosa.
4 Ele te cobrirá com as suas penas, e debaixo das suas asas te confiarás; a sua verdade será o teu escudo e broquel.
5 Não terás medo do terror de noite nem da seta que voa de dia,
6 Nem da peste que anda na escuridão, nem da mortandade que assola ao meio-dia.
7 Mil cairão ao teu lado, e dez mil à tua direita, mas não chegará a ti.
8 Somente com os teus olhos contemplarás, e verás a recompensa dos ímpios.
9 Porque tu, ó SENHOR, és o meu refúgio. No Altíssimo fizeste a tua habitação.
10 Nenhum mal te sucederá, nem praga alguma chegará à tua tenda.
11 Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos.
12 Eles te sustentarão nas suas mãos, para que não tropeces com o teu pé em pedra.
13 Pisarás o leão e a cobra; calcarás aos pés o filho do leão e a serpente.
14 Porquanto tão encarecidamente me amou, também eu o livrarei; pô-lo-ei em retiro alto, porque conheceu o meu nome.
15 Ele me invocará, e eu lhe responderei; estarei com ele na angústia; dela o retirarei, e o glorificarei.
16 Fartá-lo-ei com longura de dias, e lhe mostrarei a minha salvação.
Mais belo dos Salmos...
O Senhor é meu Pastor,
Isto é relacionamento!
Nada me faltará,
Isto é suprimento!
Caminhar me faz por verdes pastos,
Isto é descanso!
Guia-me mansamente as águas tranqüilas,
Isto é refrigério!
Refrigera a minha alma,
Isto é cura!
Guia-me pelas veredas da justiça,
Isto é direção!
Por amor do seu nome,
Isto é propósito!
Ainda que eu caminhasse pelo vale da sombra da morte,
Isto é provação!
Eu não temeria mal algum,
Isto é proteção!
Porque Tu estás comigo,
Isto é fidelidade!
A tua vara e o teu cajado me consolam,
Isto é disciplina!
Preparas uma mesa perante mim, na presença dos meus inimigos.
Isto é esperança!
Unge a minha cabeça com óleo.
Isto é consagração!
E meu cálice transborda.
Isto é abundância!
Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias de minha vida.
Isto é bênção!
E eu habitarei na casa do Senhor.
PIADAS E REFLEXÃO...
Quem aqui quer ir para o céu?
Na escola dominical, a professora pergunta:
— Quem aqui quer ir para o céu?
Todas as crianças levantam o braço, menos um menino. Então a professora pergunta:
— Você não quer ir para o céu?
— Não posso, fessora... Minha mãe falou pra eu sair daqui e ir direto pra casa!
"Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele." ( João 2.15 )
GRIPE DO FRANGO...
- Um urso, um leão e uma galinha se encontram:
O urso diz:
- Se eu rugir nas florestas da América do Norte, toda a floresta estremece de medo. O leão diz:
- Se eu rugir nas grandes planícies da África, toda a savana fica com medo de mim.
A galinha diz então:
- Grande coisa...
Se eu der um espirro, o planeta inteiro se borra de medo!
"E o que a si mesmo se exaltar será humilhado; e o que a si mesmo se humilhar será exaltado."( Mateus 23.12)
O Dentista...
O rapaz bem na saída da igreja após um beijo, ele fala no ouvido da sua namorada:
— A sua boca foi feita para mim!
E ela:
— Puxa, você é tão romântico!
— Não, sou dentista.
"Quando lhe faltar sabedoria, ore a Deus." ( Tiago 1.5 )
Missionário Ripari ( Fonte: Livro - “ Rir é coisa séria.” )
Na escola dominical, a professora pergunta:
— Quem aqui quer ir para o céu?
Todas as crianças levantam o braço, menos um menino. Então a professora pergunta:
— Você não quer ir para o céu?
— Não posso, fessora... Minha mãe falou pra eu sair daqui e ir direto pra casa!
"Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele." ( João 2.15 )
GRIPE DO FRANGO...
- Um urso, um leão e uma galinha se encontram:
O urso diz:
- Se eu rugir nas florestas da América do Norte, toda a floresta estremece de medo. O leão diz:
- Se eu rugir nas grandes planícies da África, toda a savana fica com medo de mim.
A galinha diz então:
- Grande coisa...
Se eu der um espirro, o planeta inteiro se borra de medo!
"E o que a si mesmo se exaltar será humilhado; e o que a si mesmo se humilhar será exaltado."( Mateus 23.12)
O Dentista...
O rapaz bem na saída da igreja após um beijo, ele fala no ouvido da sua namorada:
— A sua boca foi feita para mim!
E ela:
— Puxa, você é tão romântico!
— Não, sou dentista.
"Quando lhe faltar sabedoria, ore a Deus." ( Tiago 1.5 )
Missionário Ripari ( Fonte: Livro - “ Rir é coisa séria.” )
quinta-feira, 7 de maio de 2009
PERFUME DE MULHER - PARA ELAS - COMPORTAMENTO./ Fonte: www.irregular.com.br
01/05/2009 - PE
01/05/2009 - PERFUME DE MULHER - PARA ELAS
231 – COMPORTAMENTO – Não há nada mais gracioso na terra do que a presença inusitada de uma mulher; a mulher mãe, a mulher esposa, a irmã, amiga, mestra, enfim, os diversos quadros femininos possíveis só enaltecem a beleza e a magia recorrente presentes na alma e corpo de todas as mulheres.
A ciência afirma que Luzia foi a primeira mulher a habitar a terra, pelo menos o fóssil de seu crânio assim traduz; Luzia viveu na África e presume-se que ela tenha sido uma negra de olhos graúdos e estatura mediana; Eva, tão discutida pela igreja e pintada pelos mais renomados artistas era a inspiração divina para a presença da primeira mulher bíblica.
Luzias e Evas, Marias, Antonias, não sei ao certo quem foi a primeira, mas o simples fato de saber que existiram tantas outras além destas que conhecemos, convivemos e amamos já temos uma idéia que o mundo sempre foi exótico, erótico, sublime, sensível, brioso, altivo e batalhador, pelo simples fato de que cada era da história, uma delas, uma mulher viveu e ajudou a escrever cada capítulo importante para tudo que hoje pudemos afirmar como verdadeiro.
Culturas distantes e equivocadas ainda perseguem estas guerreiras, as Helenas distantes, dizimando cada ponto de sua indiscutível nobreza; personagens atrozes, tiranos e esquizofrênicos empunhando uma adaga ou um revólver, tiram a vida e o brilho de meninas, mocinhas, as impedindo de proliferar toda a sua capacidade de gerar novas gerações, de fazer novas e belas histórias. Os déspotas que abrigam o obscuro e que ceifam o fulgor destas fêmeas, principalmente as asiáticas e africanas, não só o fazem por ignorância e dinheiro; fazem pela crueldade e pelo puro e profundo despeito, tradicionalmente falando, ciúmes.
Alguns organismos não governamentais espanhóis e de outros países vizinhos não se cansam de denunciar os mais atrozes atos cometidos contra a mulher marroquina, como mero exemplo, que têm seus hímens extirpados com adagas ainda quando crianças, tudo isso para perpetuar a mais néscia ignorância e uma tradição falida, sem medidas de uns poucos que ainda acreditam que desta forma elas se tornam puras ou melhores em alguns critérios.
A mulher sempre teve um papel exclusivo de ser mãe e esposa; sempre foi tida em todas as histórias como uma batalhadora a serviço dos consortes, amantes e filhos; eram proibidas de freqüentar os templos apenas para que não aprendessem a honra da liberdade; foram apedrejadas porque tentaram ganhar a soberania através de seus corpos desejados até mesmo pelas próprias mulheres, foram escravizadas e submetidas aos serviços mais pesados em alguns reinados, mas jamais baixaram as cabeças para a freqüente impunidade.
A mulher já provou que sua capacidade lógica e de trabalho vão alem de qualquer expectativa; coerência, conexão, seja qual for o adjetivo, todas as mulheres do planeta já provaram que têm. Elas conquistaram os cargos mais desejados pelo universo exclusivo masculino; são hoje Presidentes de Repúblicas, Senadoras, Juízas, Desembargadoras, Ministras, motoristas, em cada cargo disponível no mercado de trabalho no mundo há uma mulher desempenhando com louvor; tais prerrogativas só enalteceram as suas posições nas decisões modernas em todas as áreas.
Até pouco tempo atrás, aqui mesmo no Brasil, era comum ouvirmos das famílias, desde a mais pobre até a mais abastada, que suas filhas seriam criadas para serem damas da sociedade; a mulher nascia e já recebia a predestinação de serem delicadas; tinham que ter a festinha de debute, depois eram submetidas a uma jornada à caminho da formatura básica e só então se começava o rito de encontrar o marido certo, pelos quais dedicavam a vida até a morte.
Cada moça de família no século passado sonhava ter uma máquina de costura; toda mulher queria ser prendada na cozinha e seu útero era acostumado a receber às vezes dezenas de crias. Vestiam-se com o pudor da época e jamais era permitido ter amizades masculinas; a mulher que não fosse moldada com estes critérios podia ser rotulada de vadia, prostituta.
Com todas as agruras que estas mulheres sofreram ao longo de milênios, poderia até ser comum vermos hoje uma massa de gente do sexo feminino sorumbático e apagado, do mesmo jeito que são algumas mulçumanas; poderia até estar vestindo burcas e ainda perambulando pelas ruas na prática da mendicância; as mulheres poderiam estar mutiladas no corpo e na alma, mas ao invés disso, elas se aperfeiçoaram, às vezes até mais do que os homens; buscaram seus espaços exclusivos e lideraram uma marcha silenciosa em busca da liberdade e do progresso.
A mulher se tornou exclusiva e soberana nas artes, na política, no comércio e na diplomacia internacional; transformaram seus corpos e suas cabeças sofreram a maior e mais gloriosa transformação. Mudou-se todo o jeito de vestir, de falar, de trabalhar e de encarar os problemas mundanos com mais firmeza e menos delicadeza. A mulher de boa parte do mundo deixou de ser e viver como Alice no país das maravilhas e incorporou a face de Dante e o espírito de Maquiavel, não fosse isso, não seria o totem importante que é hoje.
Quando falamos em corpos, ah! as mulheres são os destaques; nenhum Adônis, nenhum Michelangelo, Rodin, seja criador ou criatura, jamais foram capazes de chegar aos pés aos pés do mais reles corpo de uma mulher. Face, seios, vulva, glúteos, pernas, coxas, mãos, lábios, dorso ou cabelos; estas criaturas do sexo feminino dão um banho de beleza, charme, candura, erotismo; toda mulher possui somente para si o DNA da beleza e isso ninguém consegue tirar delas, nem os homens, nem a história.
Se mirássemos apenas nos exemplos daquelas mulheres de Atenas, como disse Buarque, veríamos outro tipo de mulher, bela e exótica, mas ainda dedicada aos maridos, os guerreiros da Grécia antiga. Conta à história que elas se perfumavam; se embelezavam; se banhavam com leite e quando fustigadas, não choravam e secavam por seus maridos. Grande parte da mulher de Atenas, pelo menos a da história, morreu, foi cremada e jamais lembrada!
Com tanta transformação e tantos desembaraços a mulher não perdeu a vaidade, para delírio de nós, os homens que as veneram; se vestem cada vez mais exuberantes, se perfumam com as mais intrínsecas e notáveis fragrâncias; discernem sobre temas que sequer ouviram falar no passado e seduzem homens e outras mulheres.
Inspirados em todos os aspectos pessoais das mulheres foram criadas delegacias, Leis, espaços e respeitos especiais para proteger elas, que durante tanto tempo foram descriminadas, humilhadas e escravizadas, ainda assim há quem queira ver todas estas mazelas do passado retornar para que as mulheres sigam sem direitos e desrespeitadas ainda mais do que já foram. Nações, povos e culturas insistem em vê-las como um segundo plano, como se servissem apenas para abrirem as pernas e saciarem os desejos mais imundos e sórdidos dos que se dizem “machos”.
Precisamos de modo global, não enxergarmos as mulheres como um “pedaço de carne”, como se estivessem à venda num açougue ou livres para os desejos sexuais. Até hoje, quando uma mulher é estuprada, há uma vergonha generalizada que a faz não queixar-se; há um medo também global de durante uma queixa policial contra seus algozes elas sejam interpretadas como facilitadoras, como se o abuso sexual ocorresse apenas no meio selvagem e jamais no ambiente da família ou do namoro; este tipo de critério ainda perdura e faz da mulher um objeto de ascos.
A violência contra qualquer tipo de animal é inquestionavelmente desprezível; contra os seres humanos é ainda mais gritante, mas contra a mulher é intolerável e deveria ser ainda mais combatida; severamente punida como forma exemplar.
Eu já tive duas, hoje vivo com duas e não as quero jamais longe de mim; minha esposa e minha filha são as mulheres que dormem comigo, que me beijam, me abraçam, me ajudam e me fazem ter ainda mais orgulho de ser homem e de tê-las nos momentos bons e ruins sempre ao meu lado. Para estas duas e tantas outras mulheres do mundo, as que se perfumam e as que sequer sabem o que é uma nota; as brancas, negras, orientais, amarelas e azuis; as mulheres de todos os continentes, dedico este texto e todos os louvores deste 1º de Maio, dia Internacional de Lutas.
CARLOS HENRIQUE MASCARENHAS PIRES
www.irregular.com.br
Fotografias: Luna – Flickr.com do YahooRFUME DE MULHER - PARA ELAS
231 – COMPORTAMENTO – Não há nada mais gracioso na terra do que a presença inusitada de uma mulher; a mulher mãe, a mulher esposa, a irmã, amiga, mestra, enfim, os diversos quadros femininos possíveis só enaltecem a beleza e a magia recorrente presentes na alma e corpo de todas as mulheres.
A ciência afirma que Luzia foi a primeira mulher a habitar a terra, pelo menos o fóssil de seu crânio assim traduz; Luzia viveu na África e presume-se que ela tenha sido uma negra de olhos graúdos e estatura mediana; Eva, tão discutida pela igreja e pintada pelos mais renomados artistas era a inspiração divina para a presença da primeira mulher bíblica.
Luzias e Evas, Marias, Antonias, não sei ao certo quem foi a primeira, mas o simples fato de saber que existiram tantas outras além destas que conhecemos, convivemos e amamos já temos uma idéia que o mundo sempre foi exótico, erótico, sublime, sensível, brioso, altivo e batalhador, pelo simples fato de que cada era da história, uma delas, uma mulher viveu e ajudou a escrever cada capítulo importante para tudo que hoje pudemos afirmar como verdadeiro.
Culturas distantes e equivocadas ainda perseguem estas guerreiras, as Helenas distantes, dizimando cada ponto de sua indiscutível nobreza; personagens atrozes, tiranos e esquizofrênicos empunhando uma adaga ou um revólver, tiram a vida e o brilho de meninas, mocinhas, as impedindo de proliferar toda a sua capacidade de gerar novas gerações, de fazer novas e belas histórias. Os déspotas que abrigam o obscuro e que ceifam o fulgor destas fêmeas, principalmente as asiáticas e africanas, não só o fazem por ignorância e dinheiro; fazem pela crueldade e pelo puro e profundo despeito, tradicionalmente falando, ciúmes.
Alguns organismos não governamentais espanhóis e de outros países vizinhos não se cansam de denunciar os mais atrozes atos cometidos contra a mulher marroquina, como mero exemplo, que têm seus hímens extirpados com adagas ainda quando crianças, tudo isso para perpetuar a mais néscia ignorância e uma tradição falida, sem medidas de uns poucos que ainda acreditam que desta forma elas se tornam puras ou melhores em alguns critérios.
A mulher sempre teve um papel exclusivo de ser mãe e esposa; sempre foi tida em todas as histórias como uma batalhadora a serviço dos consortes, amantes e filhos; eram proibidas de freqüentar os templos apenas para que não aprendessem a honra da liberdade; foram apedrejadas porque tentaram ganhar a soberania através de seus corpos desejados até mesmo pelas próprias mulheres, foram escravizadas e submetidas aos serviços mais pesados em alguns reinados, mas jamais baixaram as cabeças para a freqüente impunidade.
A mulher já provou que sua capacidade lógica e de trabalho vão alem de qualquer expectativa; coerência, conexão, seja qual for o adjetivo, todas as mulheres do planeta já provaram que têm. Elas conquistaram os cargos mais desejados pelo universo exclusivo masculino; são hoje Presidentes de Repúblicas, Senadoras, Juízas, Desembargadoras, Ministras, motoristas, em cada cargo disponível no mercado de trabalho no mundo há uma mulher desempenhando com louvor; tais prerrogativas só enalteceram as suas posições nas decisões modernas em todas as áreas.
Até pouco tempo atrás, aqui mesmo no Brasil, era comum ouvirmos das famílias, desde a mais pobre até a mais abastada, que suas filhas seriam criadas para serem damas da sociedade; a mulher nascia e já recebia a predestinação de serem delicadas; tinham que ter a festinha de debute, depois eram submetidas a uma jornada à caminho da formatura básica e só então se começava o rito de encontrar o marido certo, pelos quais dedicavam a vida até a morte.
Cada moça de família no século passado sonhava ter uma máquina de costura; toda mulher queria ser prendada na cozinha e seu útero era acostumado a receber às vezes dezenas de crias. Vestiam-se com o pudor da época e jamais era permitido ter amizades masculinas; a mulher que não fosse moldada com estes critérios podia ser rotulada de vadia, prostituta.
Com todas as agruras que estas mulheres sofreram ao longo de milênios, poderia até ser comum vermos hoje uma massa de gente do sexo feminino sorumbático e apagado, do mesmo jeito que são algumas mulçumanas; poderia até estar vestindo burcas e ainda perambulando pelas ruas na prática da mendicância; as mulheres poderiam estar mutiladas no corpo e na alma, mas ao invés disso, elas se aperfeiçoaram, às vezes até mais do que os homens; buscaram seus espaços exclusivos e lideraram uma marcha silenciosa em busca da liberdade e do progresso.
A mulher se tornou exclusiva e soberana nas artes, na política, no comércio e na diplomacia internacional; transformaram seus corpos e suas cabeças sofreram a maior e mais gloriosa transformação. Mudou-se todo o jeito de vestir, de falar, de trabalhar e de encarar os problemas mundanos com mais firmeza e menos delicadeza. A mulher de boa parte do mundo deixou de ser e viver como Alice no país das maravilhas e incorporou a face de Dante e o espírito de Maquiavel, não fosse isso, não seria o totem importante que é hoje.
Quando falamos em corpos, ah! as mulheres são os destaques; nenhum Adônis, nenhum Michelangelo, Rodin, seja criador ou criatura, jamais foram capazes de chegar aos pés aos pés do mais reles corpo de uma mulher. Face, seios, vulva, glúteos, pernas, coxas, mãos, lábios, dorso ou cabelos; estas criaturas do sexo feminino dão um banho de beleza, charme, candura, erotismo; toda mulher possui somente para si o DNA da beleza e isso ninguém consegue tirar delas, nem os homens, nem a história.
Se mirássemos apenas nos exemplos daquelas mulheres de Atenas, como disse Buarque, veríamos outro tipo de mulher, bela e exótica, mas ainda dedicada aos maridos, os guerreiros da Grécia antiga. Conta à história que elas se perfumavam; se embelezavam; se banhavam com leite e quando fustigadas, não choravam e secavam por seus maridos. Grande parte da mulher de Atenas, pelo menos a da história, morreu, foi cremada e jamais lembrada!
Com tanta transformação e tantos desembaraços a mulher não perdeu a vaidade, para delírio de nós, os homens que as veneram; se vestem cada vez mais exuberantes, se perfumam com as mais intrínsecas e notáveis fragrâncias; discernem sobre temas que sequer ouviram falar no passado e seduzem homens e outras mulheres.
Inspirados em todos os aspectos pessoais das mulheres foram criadas delegacias, Leis, espaços e respeitos especiais para proteger elas, que durante tanto tempo foram descriminadas, humilhadas e escravizadas, ainda assim há quem queira ver todas estas mazelas do passado retornar para que as mulheres sigam sem direitos e desrespeitadas ainda mais do que já foram. Nações, povos e culturas insistem em vê-las como um segundo plano, como se servissem apenas para abrirem as pernas e saciarem os desejos mais imundos e sórdidos dos que se dizem “machos”.
Precisamos de modo global, não enxergarmos as mulheres como um “pedaço de carne”, como se estivessem à venda num açougue ou livres para os desejos sexuais. Até hoje, quando uma mulher é estuprada, há uma vergonha generalizada que a faz não queixar-se; há um medo também global de durante uma queixa policial contra seus algozes elas sejam interpretadas como facilitadoras, como se o abuso sexual ocorresse apenas no meio selvagem e jamais no ambiente da família ou do namoro; este tipo de critério ainda perdura e faz da mulher um objeto de ascos.
A violência contra qualquer tipo de animal é inquestionavelmente desprezível; contra os seres humanos é ainda mais gritante, mas contra a mulher é intolerável e deveria ser ainda mais combatida; severamente punida como forma exemplar.
Eu já tive duas, hoje vivo com duas e não as quero jamais longe de mim; minha esposa e minha filha são as mulheres que dormem comigo, que me beijam, me abraçam, me ajudam e me fazem ter ainda mais orgulho de ser homem e de tê-las nos momentos bons e ruins sempre ao meu lado. Para estas duas e tantas outras mulheres do mundo, as que se perfumam e as que sequer sabem o que é uma nota; as brancas, negras, orientais, amarelas e azuis; as mulheres de todos os continentes, dedico este texto e todos os louvores deste 1º de Maio, dia Internacional de Lutas.
CARLOS HENRIQUE MASCARENHAS PIRES.
01/05/2009 - PERFUME DE MULHER - PARA ELAS
231 – COMPORTAMENTO – Não há nada mais gracioso na terra do que a presença inusitada de uma mulher; a mulher mãe, a mulher esposa, a irmã, amiga, mestra, enfim, os diversos quadros femininos possíveis só enaltecem a beleza e a magia recorrente presentes na alma e corpo de todas as mulheres.
A ciência afirma que Luzia foi a primeira mulher a habitar a terra, pelo menos o fóssil de seu crânio assim traduz; Luzia viveu na África e presume-se que ela tenha sido uma negra de olhos graúdos e estatura mediana; Eva, tão discutida pela igreja e pintada pelos mais renomados artistas era a inspiração divina para a presença da primeira mulher bíblica.
Luzias e Evas, Marias, Antonias, não sei ao certo quem foi a primeira, mas o simples fato de saber que existiram tantas outras além destas que conhecemos, convivemos e amamos já temos uma idéia que o mundo sempre foi exótico, erótico, sublime, sensível, brioso, altivo e batalhador, pelo simples fato de que cada era da história, uma delas, uma mulher viveu e ajudou a escrever cada capítulo importante para tudo que hoje pudemos afirmar como verdadeiro.
Culturas distantes e equivocadas ainda perseguem estas guerreiras, as Helenas distantes, dizimando cada ponto de sua indiscutível nobreza; personagens atrozes, tiranos e esquizofrênicos empunhando uma adaga ou um revólver, tiram a vida e o brilho de meninas, mocinhas, as impedindo de proliferar toda a sua capacidade de gerar novas gerações, de fazer novas e belas histórias. Os déspotas que abrigam o obscuro e que ceifam o fulgor destas fêmeas, principalmente as asiáticas e africanas, não só o fazem por ignorância e dinheiro; fazem pela crueldade e pelo puro e profundo despeito, tradicionalmente falando, ciúmes.
Alguns organismos não governamentais espanhóis e de outros países vizinhos não se cansam de denunciar os mais atrozes atos cometidos contra a mulher marroquina, como mero exemplo, que têm seus hímens extirpados com adagas ainda quando crianças, tudo isso para perpetuar a mais néscia ignorância e uma tradição falida, sem medidas de uns poucos que ainda acreditam que desta forma elas se tornam puras ou melhores em alguns critérios.
A mulher sempre teve um papel exclusivo de ser mãe e esposa; sempre foi tida em todas as histórias como uma batalhadora a serviço dos consortes, amantes e filhos; eram proibidas de freqüentar os templos apenas para que não aprendessem a honra da liberdade; foram apedrejadas porque tentaram ganhar a soberania através de seus corpos desejados até mesmo pelas próprias mulheres, foram escravizadas e submetidas aos serviços mais pesados em alguns reinados, mas jamais baixaram as cabeças para a freqüente impunidade.
A mulher já provou que sua capacidade lógica e de trabalho vão alem de qualquer expectativa; coerência, conexão, seja qual for o adjetivo, todas as mulheres do planeta já provaram que têm. Elas conquistaram os cargos mais desejados pelo universo exclusivo masculino; são hoje Presidentes de Repúblicas, Senadoras, Juízas, Desembargadoras, Ministras, motoristas, em cada cargo disponível no mercado de trabalho no mundo há uma mulher desempenhando com louvor; tais prerrogativas só enalteceram as suas posições nas decisões modernas em todas as áreas.
Até pouco tempo atrás, aqui mesmo no Brasil, era comum ouvirmos das famílias, desde a mais pobre até a mais abastada, que suas filhas seriam criadas para serem damas da sociedade; a mulher nascia e já recebia a predestinação de serem delicadas; tinham que ter a festinha de debute, depois eram submetidas a uma jornada à caminho da formatura básica e só então se começava o rito de encontrar o marido certo, pelos quais dedicavam a vida até a morte.
Cada moça de família no século passado sonhava ter uma máquina de costura; toda mulher queria ser prendada na cozinha e seu útero era acostumado a receber às vezes dezenas de crias. Vestiam-se com o pudor da época e jamais era permitido ter amizades masculinas; a mulher que não fosse moldada com estes critérios podia ser rotulada de vadia, prostituta.
Com todas as agruras que estas mulheres sofreram ao longo de milênios, poderia até ser comum vermos hoje uma massa de gente do sexo feminino sorumbático e apagado, do mesmo jeito que são algumas mulçumanas; poderia até estar vestindo burcas e ainda perambulando pelas ruas na prática da mendicância; as mulheres poderiam estar mutiladas no corpo e na alma, mas ao invés disso, elas se aperfeiçoaram, às vezes até mais do que os homens; buscaram seus espaços exclusivos e lideraram uma marcha silenciosa em busca da liberdade e do progresso.
A mulher se tornou exclusiva e soberana nas artes, na política, no comércio e na diplomacia internacional; transformaram seus corpos e suas cabeças sofreram a maior e mais gloriosa transformação. Mudou-se todo o jeito de vestir, de falar, de trabalhar e de encarar os problemas mundanos com mais firmeza e menos delicadeza. A mulher de boa parte do mundo deixou de ser e viver como Alice no país das maravilhas e incorporou a face de Dante e o espírito de Maquiavel, não fosse isso, não seria o totem importante que é hoje.
Quando falamos em corpos, ah! as mulheres são os destaques; nenhum Adônis, nenhum Michelangelo, Rodin, seja criador ou criatura, jamais foram capazes de chegar aos pés aos pés do mais reles corpo de uma mulher. Face, seios, vulva, glúteos, pernas, coxas, mãos, lábios, dorso ou cabelos; estas criaturas do sexo feminino dão um banho de beleza, charme, candura, erotismo; toda mulher possui somente para si o DNA da beleza e isso ninguém consegue tirar delas, nem os homens, nem a história.
Se mirássemos apenas nos exemplos daquelas mulheres de Atenas, como disse Buarque, veríamos outro tipo de mulher, bela e exótica, mas ainda dedicada aos maridos, os guerreiros da Grécia antiga. Conta à história que elas se perfumavam; se embelezavam; se banhavam com leite e quando fustigadas, não choravam e secavam por seus maridos. Grande parte da mulher de Atenas, pelo menos a da história, morreu, foi cremada e jamais lembrada!
Com tanta transformação e tantos desembaraços a mulher não perdeu a vaidade, para delírio de nós, os homens que as veneram; se vestem cada vez mais exuberantes, se perfumam com as mais intrínsecas e notáveis fragrâncias; discernem sobre temas que sequer ouviram falar no passado e seduzem homens e outras mulheres.
Inspirados em todos os aspectos pessoais das mulheres foram criadas delegacias, Leis, espaços e respeitos especiais para proteger elas, que durante tanto tempo foram descriminadas, humilhadas e escravizadas, ainda assim há quem queira ver todas estas mazelas do passado retornar para que as mulheres sigam sem direitos e desrespeitadas ainda mais do que já foram. Nações, povos e culturas insistem em vê-las como um segundo plano, como se servissem apenas para abrirem as pernas e saciarem os desejos mais imundos e sórdidos dos que se dizem “machos”.
Precisamos de modo global, não enxergarmos as mulheres como um “pedaço de carne”, como se estivessem à venda num açougue ou livres para os desejos sexuais. Até hoje, quando uma mulher é estuprada, há uma vergonha generalizada que a faz não queixar-se; há um medo também global de durante uma queixa policial contra seus algozes elas sejam interpretadas como facilitadoras, como se o abuso sexual ocorresse apenas no meio selvagem e jamais no ambiente da família ou do namoro; este tipo de critério ainda perdura e faz da mulher um objeto de ascos.
A violência contra qualquer tipo de animal é inquestionavelmente desprezível; contra os seres humanos é ainda mais gritante, mas contra a mulher é intolerável e deveria ser ainda mais combatida; severamente punida como forma exemplar.
Eu já tive duas, hoje vivo com duas e não as quero jamais longe de mim; minha esposa e minha filha são as mulheres que dormem comigo, que me beijam, me abraçam, me ajudam e me fazem ter ainda mais orgulho de ser homem e de tê-las nos momentos bons e ruins sempre ao meu lado. Para estas duas e tantas outras mulheres do mundo, as que se perfumam e as que sequer sabem o que é uma nota; as brancas, negras, orientais, amarelas e azuis; as mulheres de todos os continentes, dedico este texto e todos os louvores deste 1º de Maio, dia Internacional de Lutas.
CARLOS HENRIQUE MASCARENHAS PIRES
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Fotografias: Luna – Flickr.com do YahooRFUME DE MULHER - PARA ELAS
231 – COMPORTAMENTO – Não há nada mais gracioso na terra do que a presença inusitada de uma mulher; a mulher mãe, a mulher esposa, a irmã, amiga, mestra, enfim, os diversos quadros femininos possíveis só enaltecem a beleza e a magia recorrente presentes na alma e corpo de todas as mulheres.
A ciência afirma que Luzia foi a primeira mulher a habitar a terra, pelo menos o fóssil de seu crânio assim traduz; Luzia viveu na África e presume-se que ela tenha sido uma negra de olhos graúdos e estatura mediana; Eva, tão discutida pela igreja e pintada pelos mais renomados artistas era a inspiração divina para a presença da primeira mulher bíblica.
Luzias e Evas, Marias, Antonias, não sei ao certo quem foi a primeira, mas o simples fato de saber que existiram tantas outras além destas que conhecemos, convivemos e amamos já temos uma idéia que o mundo sempre foi exótico, erótico, sublime, sensível, brioso, altivo e batalhador, pelo simples fato de que cada era da história, uma delas, uma mulher viveu e ajudou a escrever cada capítulo importante para tudo que hoje pudemos afirmar como verdadeiro.
Culturas distantes e equivocadas ainda perseguem estas guerreiras, as Helenas distantes, dizimando cada ponto de sua indiscutível nobreza; personagens atrozes, tiranos e esquizofrênicos empunhando uma adaga ou um revólver, tiram a vida e o brilho de meninas, mocinhas, as impedindo de proliferar toda a sua capacidade de gerar novas gerações, de fazer novas e belas histórias. Os déspotas que abrigam o obscuro e que ceifam o fulgor destas fêmeas, principalmente as asiáticas e africanas, não só o fazem por ignorância e dinheiro; fazem pela crueldade e pelo puro e profundo despeito, tradicionalmente falando, ciúmes.
Alguns organismos não governamentais espanhóis e de outros países vizinhos não se cansam de denunciar os mais atrozes atos cometidos contra a mulher marroquina, como mero exemplo, que têm seus hímens extirpados com adagas ainda quando crianças, tudo isso para perpetuar a mais néscia ignorância e uma tradição falida, sem medidas de uns poucos que ainda acreditam que desta forma elas se tornam puras ou melhores em alguns critérios.
A mulher sempre teve um papel exclusivo de ser mãe e esposa; sempre foi tida em todas as histórias como uma batalhadora a serviço dos consortes, amantes e filhos; eram proibidas de freqüentar os templos apenas para que não aprendessem a honra da liberdade; foram apedrejadas porque tentaram ganhar a soberania através de seus corpos desejados até mesmo pelas próprias mulheres, foram escravizadas e submetidas aos serviços mais pesados em alguns reinados, mas jamais baixaram as cabeças para a freqüente impunidade.
A mulher já provou que sua capacidade lógica e de trabalho vão alem de qualquer expectativa; coerência, conexão, seja qual for o adjetivo, todas as mulheres do planeta já provaram que têm. Elas conquistaram os cargos mais desejados pelo universo exclusivo masculino; são hoje Presidentes de Repúblicas, Senadoras, Juízas, Desembargadoras, Ministras, motoristas, em cada cargo disponível no mercado de trabalho no mundo há uma mulher desempenhando com louvor; tais prerrogativas só enalteceram as suas posições nas decisões modernas em todas as áreas.
Até pouco tempo atrás, aqui mesmo no Brasil, era comum ouvirmos das famílias, desde a mais pobre até a mais abastada, que suas filhas seriam criadas para serem damas da sociedade; a mulher nascia e já recebia a predestinação de serem delicadas; tinham que ter a festinha de debute, depois eram submetidas a uma jornada à caminho da formatura básica e só então se começava o rito de encontrar o marido certo, pelos quais dedicavam a vida até a morte.
Cada moça de família no século passado sonhava ter uma máquina de costura; toda mulher queria ser prendada na cozinha e seu útero era acostumado a receber às vezes dezenas de crias. Vestiam-se com o pudor da época e jamais era permitido ter amizades masculinas; a mulher que não fosse moldada com estes critérios podia ser rotulada de vadia, prostituta.
Com todas as agruras que estas mulheres sofreram ao longo de milênios, poderia até ser comum vermos hoje uma massa de gente do sexo feminino sorumbático e apagado, do mesmo jeito que são algumas mulçumanas; poderia até estar vestindo burcas e ainda perambulando pelas ruas na prática da mendicância; as mulheres poderiam estar mutiladas no corpo e na alma, mas ao invés disso, elas se aperfeiçoaram, às vezes até mais do que os homens; buscaram seus espaços exclusivos e lideraram uma marcha silenciosa em busca da liberdade e do progresso.
A mulher se tornou exclusiva e soberana nas artes, na política, no comércio e na diplomacia internacional; transformaram seus corpos e suas cabeças sofreram a maior e mais gloriosa transformação. Mudou-se todo o jeito de vestir, de falar, de trabalhar e de encarar os problemas mundanos com mais firmeza e menos delicadeza. A mulher de boa parte do mundo deixou de ser e viver como Alice no país das maravilhas e incorporou a face de Dante e o espírito de Maquiavel, não fosse isso, não seria o totem importante que é hoje.
Quando falamos em corpos, ah! as mulheres são os destaques; nenhum Adônis, nenhum Michelangelo, Rodin, seja criador ou criatura, jamais foram capazes de chegar aos pés aos pés do mais reles corpo de uma mulher. Face, seios, vulva, glúteos, pernas, coxas, mãos, lábios, dorso ou cabelos; estas criaturas do sexo feminino dão um banho de beleza, charme, candura, erotismo; toda mulher possui somente para si o DNA da beleza e isso ninguém consegue tirar delas, nem os homens, nem a história.
Se mirássemos apenas nos exemplos daquelas mulheres de Atenas, como disse Buarque, veríamos outro tipo de mulher, bela e exótica, mas ainda dedicada aos maridos, os guerreiros da Grécia antiga. Conta à história que elas se perfumavam; se embelezavam; se banhavam com leite e quando fustigadas, não choravam e secavam por seus maridos. Grande parte da mulher de Atenas, pelo menos a da história, morreu, foi cremada e jamais lembrada!
Com tanta transformação e tantos desembaraços a mulher não perdeu a vaidade, para delírio de nós, os homens que as veneram; se vestem cada vez mais exuberantes, se perfumam com as mais intrínsecas e notáveis fragrâncias; discernem sobre temas que sequer ouviram falar no passado e seduzem homens e outras mulheres.
Inspirados em todos os aspectos pessoais das mulheres foram criadas delegacias, Leis, espaços e respeitos especiais para proteger elas, que durante tanto tempo foram descriminadas, humilhadas e escravizadas, ainda assim há quem queira ver todas estas mazelas do passado retornar para que as mulheres sigam sem direitos e desrespeitadas ainda mais do que já foram. Nações, povos e culturas insistem em vê-las como um segundo plano, como se servissem apenas para abrirem as pernas e saciarem os desejos mais imundos e sórdidos dos que se dizem “machos”.
Precisamos de modo global, não enxergarmos as mulheres como um “pedaço de carne”, como se estivessem à venda num açougue ou livres para os desejos sexuais. Até hoje, quando uma mulher é estuprada, há uma vergonha generalizada que a faz não queixar-se; há um medo também global de durante uma queixa policial contra seus algozes elas sejam interpretadas como facilitadoras, como se o abuso sexual ocorresse apenas no meio selvagem e jamais no ambiente da família ou do namoro; este tipo de critério ainda perdura e faz da mulher um objeto de ascos.
A violência contra qualquer tipo de animal é inquestionavelmente desprezível; contra os seres humanos é ainda mais gritante, mas contra a mulher é intolerável e deveria ser ainda mais combatida; severamente punida como forma exemplar.
Eu já tive duas, hoje vivo com duas e não as quero jamais longe de mim; minha esposa e minha filha são as mulheres que dormem comigo, que me beijam, me abraçam, me ajudam e me fazem ter ainda mais orgulho de ser homem e de tê-las nos momentos bons e ruins sempre ao meu lado. Para estas duas e tantas outras mulheres do mundo, as que se perfumam e as que sequer sabem o que é uma nota; as brancas, negras, orientais, amarelas e azuis; as mulheres de todos os continentes, dedico este texto e todos os louvores deste 1º de Maio, dia Internacional de Lutas.
CARLOS HENRIQUE MASCARENHAS PIRES.
OS SERTÕES DO BRASIL - A GUERRA DE CANUDOS. / Fonte: www.irregular.com.br
20/04/2009 - OS SERTÕES DO BRASIL - A GUERRA DE CANUDOS
227 – HISTÓRIA – (de Canudos – Bahia) Muito melhor do que ler e aprender; é viver parte da própria história. A oportunidade de poder estar em locais considerados históricos, principalmente para seu próprio povo, não paga a emoção e o prazer.
Desde menino que eu sou um apaixonado pela história, sobretudo a história revolucionária. Analisar fatos históricos “in loco” é o melhor dos laboratórios; portanto, se um dia você puder estar num lugar onde houve qualquer fato que mudou a característica cotidiana de um povo ou de uma região, pesquise, leia, aprenda e viva aquele momento; ele poderá ser único e sua experiência poderá lhe remeter a uma dimensão acessível a poucos, como agora; eu estou em Canudos, alto sertão nordestino; lugar onde viveram gente como Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião; lugar onde o cangaço já deixou de ser história para virar lenda. Eu estou na terra onde viveram Antonio Conselheiro e Euclides da Cunha, dois dos grandes personagens da história brasileira, responsáveis, um pela manutenção e o outro pela divulgação da Guerra de Canudos.
Antonio Vicente Mendes Maciel, mais conhecido como Antônio Conselheiro foi um beato que muitos lhe atribuíram a plenitude da loucura e da insanidade; um revolucionário cearense que encontrou nesta terra uma espécie de refúgio para conduzir um povo sofrido em busca de uma felicidade ligada ao espiritual. Conselheiro liderou uma marcha jamais vista no Brasil que havia negros, sertanejos, lavradores, enfim, excluídos sociais da época, para fundarem uma comunidade que se tornou próspera e intransponível por vários anos, pelo menos para o exército brasileiro, da recém criada república brasileira.
Euclides Rodrigues Pimenta da Cunha, escritor, repórter jornalístico, sociólogo e engenheiro; nasceu no Rio de Janeiro, mas depois de ter ficado órfão da mãe foi morar com as tias na Bahia para ser educado. Foi Euclides da Cunha um dos maiores divulgadores póstumos da Guerra de Canudos, muito embora não tivesse participado daquele evento nem do lado de Conselheiro, muito menos do Exército. O jornalista foi cobrir o final movimento através de um jornal importante e meses antes deste acontecimento ele ainda estava engajado nas próprias fileiras do Exército.
Esta região é o espelho de grande parte do Nordeste brasileiro e raras vezes eu enxerguei lugares mais áridos e miseráveis do que aqui em Canudos. Na região existem dezenas de cidades importantes para a sobrevivência financeira e cultural desta parte da Bahia, mas nenhuma com a capacidade plena de produzir algo além da própria mísera sobrevivência.
O que Conselheiro viu neste lugar foi à própria sorte de ficar num recanto onde suas forças já não suportavam mais o desempenho de desbravar novos lugares. O religioso saiu do Ceará aliciando multidões em torno de uma causa que jamais foi totalmente explicada; passou por muitas cidades e quando aportou em Canudos, região Centro Norte da Bahia, se viu cansado, exausto, foi então que resolveu fundar Bello Monte e fazer daquele lugar a sua fortaleza, sua cidade particular, onde faria gestão social de seu povo na condução de um movimento social e religioso.
Conselheiro e Cunha tinham algo que os aproximavam; ambos tiveram a amarga experiência da traição de suas consortes. Antônio Conselheiro flagrou sua esposa em deleite carnal com um Sargento da Polícia do Ceará e Euclides da Cunha também viu a esposa, a famosa Ana de Assis, ter um caso romântico e perverso com um jovem Tenente, com quem teve dois filhos e com quem se casou após a morte do marido, morto inclusive pelo próprio amante. Esta saga infeliz não foi o fato de aproximação destes dois personagens, mas com certeza pode-se traduzir algumas etapas das vidas de ambos.
O Exército Brasileiro tentou destruir e matar Antonio Conselheiro por três vezes sem nenhum sucesso. Na primeira incursão o exército perdeu 10 homens, enquanto Conselheiro perdeu mais de 100; ainda assim a vitória foi de Bello Monte porque não foi desativado, sequer foi abalado e Conselheiro mantinha-se vivo.
Na segunda tentativa de entrada em Bello Monte em 1896, a história conta que Conselheiro consegue matar vários membros do exército, mas nenhum livro aponta um número. Daqui de Canudos, conversando com “seu” Manuel da Paixão, um velho agricultor que já conta com 91 anos e uma lucidez de dar inveja, ele me informa que ouvia seu avô falar que na segunda tentativa o exército perdeu 500 homens, enquanto conselheiro não chegou a contar 50 mortos de sua comunidade. Esta revelação, se verídica, pode começar a explicar porque as tropas de Conselheiro eram tão temidas e porque o Exército demorou tanto para voltar a tentar um assalto a Bello Monte.
O que se ouve falar por aqui, através dos poucos anciãos que de certa forma lembram de relatos de seus pais e avós é que Conselheiro tinha entre seus milhares de homens uma boa parte de negros recém libertados das senzalas por conta da Lei Áurea; estes negros foram expulsos destas fazendas e jogados a própria sorte; eles encontraram em Antonio Conselheiro uma rara oportunidade de sobrevivência. Os negros escravos daquela região eram treinados e fortes, trabalhavam com os braços e praticavam todas as noites as artes marciais que aprendera de seus antepassados africanos. Além disso, eles tinham técnicas de emboscada e defesa e o Exército não contava com nada disso; imaginavam que eram religiosos inocentes que pregavam a palavra de Deus e buscavam um punhado de comida.
Na quarta incursão do exército contra Bello Monte Conselheiro sucumbiu aos tiros de canhão e a operação cirúrgica executada por uma artilharia pesada de milhares de militares. A batalha foi tão feroz que afirma o próprio Euclides da Cunha, autor de Os Sertões, que milhares de “conselheiristas” foram mortos após a rendição. Era um fator de honra para as forças federais matar e não somente prender aquela gente; matar Antonio Conselheiro era de vital importância para uma instituição que se intitulava gloriosa, ademais havia os fortes rumores dentro do próprio exército que afirmavam que Antonio Conselheiro e sua gente eram emissários do Imperador Pedro II e que eles queriam restaurar à recém decapitada Monarquia brasileira.
O solo onde estive pisando hoje pela manhã é seco, improdutivo e estéril, mas bem que poderia estar florido e cultivado; os milhares de corpos que deixaram aqui seus sangues ou que foram enterrados em valas comuns, seja de um lado ou do outro, eram de brasileiros que sempre acreditaram numa única coisa: ser feliz em sua terra com o suor de seu labor. Aquele povo que morreu aqui e que inspirou Euclides da Cunha a escrever sua célebre obra “Os Sertões”, do lado do Governo, o que não me causa espanto algum, sequer sabiam ao certo o por que e quem eles estavam matando; do lado de Conselheiro, apenas um punhado de pessoas em busca de liberdade, oração e comida.
Em agosto será comemorado os 100 anos de morte de Euclides da Cunha; em setembro, 112 anos de morte de Antonio Conselheiro; de lá para cá quase nada mudou por aqui, as pessoas continuam peregrinando em busca de comida e água; hoje já não há mais vaga para gente como Antonio Conselheiro, Euclides da Cunha e Lampião; muito embora vejamos ao largo das rodovias que cortam esta região, motocicletas e carros novos, isso não se traduz em prosperidade ou em pujança. As pessoas de hoje que vivem por aqui, algumas tiveram sorte de terem um pedaço de terra menos triste, outras vivem das esmolas do Governo e um pouco restante vive para servir no básico que todas elas precisam.
O Exército, grande libertador de Bello Monte já não chega aqui há décadas; o Governo se limita em fornecer cartões de esmolas e ponto final; o restante dos políticos chega de dois em dois anos em busca dos votos que lhes manterão na farra de Brasília ou de Salvador e o povo, aquele que ainda sonha com comida e água, ainda sonha com a chegada de um Antonio Conselheiro que lhes conforte ou que lhes dê uma visão melhor de futuro, futuro este que hoje só lhes aponta ainda mais miséria!
A vida dos brasileiros é desta forma; alguns em Canudos e outros na Rocinha; uns nos sertões, outros nas florestas e muitos espremidos entre os prédios e o mar; 35% do nosso povo vive por viver e se dizem cidadãos somente para manter a calma e se encherem de alguma esperança falida.
Carlos Henrique Mascarenhas Pires
227 – HISTÓRIA – (de Canudos – Bahia) Muito melhor do que ler e aprender; é viver parte da própria história. A oportunidade de poder estar em locais considerados históricos, principalmente para seu próprio povo, não paga a emoção e o prazer.
Desde menino que eu sou um apaixonado pela história, sobretudo a história revolucionária. Analisar fatos históricos “in loco” é o melhor dos laboratórios; portanto, se um dia você puder estar num lugar onde houve qualquer fato que mudou a característica cotidiana de um povo ou de uma região, pesquise, leia, aprenda e viva aquele momento; ele poderá ser único e sua experiência poderá lhe remeter a uma dimensão acessível a poucos, como agora; eu estou em Canudos, alto sertão nordestino; lugar onde viveram gente como Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião; lugar onde o cangaço já deixou de ser história para virar lenda. Eu estou na terra onde viveram Antonio Conselheiro e Euclides da Cunha, dois dos grandes personagens da história brasileira, responsáveis, um pela manutenção e o outro pela divulgação da Guerra de Canudos.
Antonio Vicente Mendes Maciel, mais conhecido como Antônio Conselheiro foi um beato que muitos lhe atribuíram a plenitude da loucura e da insanidade; um revolucionário cearense que encontrou nesta terra uma espécie de refúgio para conduzir um povo sofrido em busca de uma felicidade ligada ao espiritual. Conselheiro liderou uma marcha jamais vista no Brasil que havia negros, sertanejos, lavradores, enfim, excluídos sociais da época, para fundarem uma comunidade que se tornou próspera e intransponível por vários anos, pelo menos para o exército brasileiro, da recém criada república brasileira.
Euclides Rodrigues Pimenta da Cunha, escritor, repórter jornalístico, sociólogo e engenheiro; nasceu no Rio de Janeiro, mas depois de ter ficado órfão da mãe foi morar com as tias na Bahia para ser educado. Foi Euclides da Cunha um dos maiores divulgadores póstumos da Guerra de Canudos, muito embora não tivesse participado daquele evento nem do lado de Conselheiro, muito menos do Exército. O jornalista foi cobrir o final movimento através de um jornal importante e meses antes deste acontecimento ele ainda estava engajado nas próprias fileiras do Exército.
Esta região é o espelho de grande parte do Nordeste brasileiro e raras vezes eu enxerguei lugares mais áridos e miseráveis do que aqui em Canudos. Na região existem dezenas de cidades importantes para a sobrevivência financeira e cultural desta parte da Bahia, mas nenhuma com a capacidade plena de produzir algo além da própria mísera sobrevivência.
O que Conselheiro viu neste lugar foi à própria sorte de ficar num recanto onde suas forças já não suportavam mais o desempenho de desbravar novos lugares. O religioso saiu do Ceará aliciando multidões em torno de uma causa que jamais foi totalmente explicada; passou por muitas cidades e quando aportou em Canudos, região Centro Norte da Bahia, se viu cansado, exausto, foi então que resolveu fundar Bello Monte e fazer daquele lugar a sua fortaleza, sua cidade particular, onde faria gestão social de seu povo na condução de um movimento social e religioso.
Conselheiro e Cunha tinham algo que os aproximavam; ambos tiveram a amarga experiência da traição de suas consortes. Antônio Conselheiro flagrou sua esposa em deleite carnal com um Sargento da Polícia do Ceará e Euclides da Cunha também viu a esposa, a famosa Ana de Assis, ter um caso romântico e perverso com um jovem Tenente, com quem teve dois filhos e com quem se casou após a morte do marido, morto inclusive pelo próprio amante. Esta saga infeliz não foi o fato de aproximação destes dois personagens, mas com certeza pode-se traduzir algumas etapas das vidas de ambos.
O Exército Brasileiro tentou destruir e matar Antonio Conselheiro por três vezes sem nenhum sucesso. Na primeira incursão o exército perdeu 10 homens, enquanto Conselheiro perdeu mais de 100; ainda assim a vitória foi de Bello Monte porque não foi desativado, sequer foi abalado e Conselheiro mantinha-se vivo.
Na segunda tentativa de entrada em Bello Monte em 1896, a história conta que Conselheiro consegue matar vários membros do exército, mas nenhum livro aponta um número. Daqui de Canudos, conversando com “seu” Manuel da Paixão, um velho agricultor que já conta com 91 anos e uma lucidez de dar inveja, ele me informa que ouvia seu avô falar que na segunda tentativa o exército perdeu 500 homens, enquanto conselheiro não chegou a contar 50 mortos de sua comunidade. Esta revelação, se verídica, pode começar a explicar porque as tropas de Conselheiro eram tão temidas e porque o Exército demorou tanto para voltar a tentar um assalto a Bello Monte.
O que se ouve falar por aqui, através dos poucos anciãos que de certa forma lembram de relatos de seus pais e avós é que Conselheiro tinha entre seus milhares de homens uma boa parte de negros recém libertados das senzalas por conta da Lei Áurea; estes negros foram expulsos destas fazendas e jogados a própria sorte; eles encontraram em Antonio Conselheiro uma rara oportunidade de sobrevivência. Os negros escravos daquela região eram treinados e fortes, trabalhavam com os braços e praticavam todas as noites as artes marciais que aprendera de seus antepassados africanos. Além disso, eles tinham técnicas de emboscada e defesa e o Exército não contava com nada disso; imaginavam que eram religiosos inocentes que pregavam a palavra de Deus e buscavam um punhado de comida.
Na quarta incursão do exército contra Bello Monte Conselheiro sucumbiu aos tiros de canhão e a operação cirúrgica executada por uma artilharia pesada de milhares de militares. A batalha foi tão feroz que afirma o próprio Euclides da Cunha, autor de Os Sertões, que milhares de “conselheiristas” foram mortos após a rendição. Era um fator de honra para as forças federais matar e não somente prender aquela gente; matar Antonio Conselheiro era de vital importância para uma instituição que se intitulava gloriosa, ademais havia os fortes rumores dentro do próprio exército que afirmavam que Antonio Conselheiro e sua gente eram emissários do Imperador Pedro II e que eles queriam restaurar à recém decapitada Monarquia brasileira.
O solo onde estive pisando hoje pela manhã é seco, improdutivo e estéril, mas bem que poderia estar florido e cultivado; os milhares de corpos que deixaram aqui seus sangues ou que foram enterrados em valas comuns, seja de um lado ou do outro, eram de brasileiros que sempre acreditaram numa única coisa: ser feliz em sua terra com o suor de seu labor. Aquele povo que morreu aqui e que inspirou Euclides da Cunha a escrever sua célebre obra “Os Sertões”, do lado do Governo, o que não me causa espanto algum, sequer sabiam ao certo o por que e quem eles estavam matando; do lado de Conselheiro, apenas um punhado de pessoas em busca de liberdade, oração e comida.
Em agosto será comemorado os 100 anos de morte de Euclides da Cunha; em setembro, 112 anos de morte de Antonio Conselheiro; de lá para cá quase nada mudou por aqui, as pessoas continuam peregrinando em busca de comida e água; hoje já não há mais vaga para gente como Antonio Conselheiro, Euclides da Cunha e Lampião; muito embora vejamos ao largo das rodovias que cortam esta região, motocicletas e carros novos, isso não se traduz em prosperidade ou em pujança. As pessoas de hoje que vivem por aqui, algumas tiveram sorte de terem um pedaço de terra menos triste, outras vivem das esmolas do Governo e um pouco restante vive para servir no básico que todas elas precisam.
O Exército, grande libertador de Bello Monte já não chega aqui há décadas; o Governo se limita em fornecer cartões de esmolas e ponto final; o restante dos políticos chega de dois em dois anos em busca dos votos que lhes manterão na farra de Brasília ou de Salvador e o povo, aquele que ainda sonha com comida e água, ainda sonha com a chegada de um Antonio Conselheiro que lhes conforte ou que lhes dê uma visão melhor de futuro, futuro este que hoje só lhes aponta ainda mais miséria!
A vida dos brasileiros é desta forma; alguns em Canudos e outros na Rocinha; uns nos sertões, outros nas florestas e muitos espremidos entre os prédios e o mar; 35% do nosso povo vive por viver e se dizem cidadãos somente para manter a calma e se encherem de alguma esperança falida.
Carlos Henrique Mascarenhas Pires
ABERRAÇÕES TIPICAMENTE BRASILEIRA. / Fonte: www.irregular.com.br ( Isso sim é um artigo coerente com a realidade em que vivemos... )
04/05/2009 - ABERRAÇÕES TIPICAMENTE BRASILEIRAS
233 – JUSTIÇA – “Em cima da mesa do Senhor tem um livrão da polícia e eu preciso limpar a mesa; onde eu coloco o livrão pra desocupar o espaço?” Foi desta forma que minha secretária do lar me falou no intuito de ajudar-me na limpeza de meu ambiente; o “livrão” da policia na verdade é a Constituição Federal e a alusão a polícia ocorreu porque a minha constituição possui impresso o BRASÃO DA REPÚBLICA.
Poderia ser até hilário, mas o correto é rotular de lamentoso e miserando; a minha auxiliar de limpeza não é obrigada a reconhecer a Constituição brasileira porque não ingressou num curso de direito, mas o brasão federal, símbolo de armas do Brasil, este sim deveria ser explicado para os estudantes após a 1ª série primária.
De modo geral as pessoas são tão desinformadas que se alguém imprimisse um brasão numa impressora caseira e o colocasse dentro da carteira, poderia se apresentar como policial que muita gente daria a atenção devida, imaginando ser verdade.
No mundo jurídico não é diferente; estamos acostumados a ver, ouvir e ler verdadeiras aberrações da língua portuguesa, sem falar nas aberrações jurídicas; tem advogado, promotor, procurador, juiz e até desembargadores e Ministros superiores que sequer sabem do que estão discernindo; não imagina que algumas matérias podem conduzir uma eloquência profissional rumo a uma lata de lixo, algumas vezes estas latas de lixo somos nós, o pobre, sofrido, derrotado e refém “povo brasileiro”. Temos que ver, ouvir e ler e o pior, aceitar muitas vezes porque são eles os doutores, os donos da palavra.
O mais engraçado no Brasil é ter de aceitar que o Legislativo, Poder reconhecidamente rotulado de abrigar as mentes mais imundas e analfabetas do país, elaborem, façam e fiscalizem as Leis vigentes. No Planalto Central há duas casas com caráter de uma; o Senado e a Câmara juntos formam a mais alta instância do Poder Legislativo; seus pares, os Senadores e Deputados Federais, são os responsáveis pela fiscalização e elaboração das Leis que regulam o Estado. Estes homens e mulheres que compõem as casas do Legislativo, em tese, deveriam ter conhecimento pleno de tudo que ocorre em seus bastidores ou nas questões inerentes de suas atribuições, mas será que isso é uma verdade?
Recente e quase sempre o Programa CQC da Rede Bandeirantes, com seu humor inerente e seu atilamento aguçado foi à Câmara e Senado em Brasília perguntar aos congressistas sobre temas simples como inflação, educação, justiça e relações internacionais; tirando umas poucas águias que ainda sobraram foi uma catástrofe. Deputados e Senadores não souberam dizer o que significa ENEM (exame nacional do ensino médio), sequer sabiam que o Ministério da Educação está tentando regulamentar e uniformizar as regras para os vestibulares ou ainda, não sabia explicar ou discernir sobre nenhum acordo que o Brasil mantém com qualquer outro país amigo.
O mais dramático desta enquete satírica e fétida é que não foi um ou outro deputado e senador, mas uma gama enorme que encararam as câmeras do programa para dizerem asneiras, verdadeiras aberrações. O que dá para afirmar após um festival de bobagens proferidas pelos que fazem nossas leis é que eles são analfabetos, desinteressados e tendenciosos, apara não expressar a burrice em minha escrita; ao invés de eleições, o pleito deveria se chamar “Concurso Público” e para substituir as provas escritas, o povo faria a escolha destes que buscam um empreguinho com um salário superior a R$ 15 mil por mês.
Se transferirmos esta análise para as outras esferas do Legislativo aí sim dá vontade de se cometer suicídio; para os que estudaram pelo menos até o segundo grau e de fato quiseram aprender alguma coisa, falar com alguns deputados estaduais ou vereadores sobre qualquer tema que não seja prostitutas, viagens com dinheiro público ou grana de fato dói na alma. Esta gente desinformada e usurpadora do dinheiro público, na grande maioria chega a cometer o maior dos crimes contra o povo, o engodo. Experimente um dia, apenas um dia, acompanhar uma seção parlamentar, em qualquer nível, para você me dar razão; eles não fazem nada, aliás, fazem conchavo com o Executivo para ganharem uns trocadinhos a mais e ponto final. Não possuem escolaridade que os destaquem sequer para uma assinatura racional, não lêem em conformidade com os padrões mínimos e quando o tema é a oratória, misericórdia!
No Poder Judiciário, pelo menos os juízes, Desembargadores e Ministros concluíram o curso superior de Direito; Promotores e Procuradores Públicos não pertencem ao Judiciário, mas também são requisitados a concluir no mínimo o mesmo curso superior para o ingresso de suas profissões; o mesmo ocorre com os advogados e delegados de polícia.
Pode parecer simples o discernimento de alguns temas importantes em todas estas carreiras ligadas à justiça, mas se observarmos com muito afinco, descobriremos que existem profissionais da carreira jurídica que sequer sabem diferir entre uma Constituição da Constituinte, sequer sabem afirmar com clareza o que é um órgão singular ou um órgão colegiado; desta maneira fica difícil acreditar que haja de fato a aplicação da “justiça”.
Parte desta culpa são das universidades que abrem comércios de diplomas e se esquecem de formar um profissional que se orgulhe de dizer de onde saiu; depois a culpa é meada com os próprios estudantes que querem logo terminar o curso. O objetivo do estudante moderno deixou de ser a profissão para ser o término do curso; ele quer ver logo o pedaço de papel pendurado na parede para os trouxas lhes chamarem de “doutor”. É comum ouvirmos de alguns pais orgulhosos a seguinte frase: - Meu filho é formado! Ou ainda: Formei todos os meus filhos, Graças a Deus.
Graças a Deus que alguns destes quadrúpedes mamíferos acéfalos não estão mais no convívio da casa dos pais; deixam o segundo grau (ensino fundamental) sem saber ao certo onde fica o Equador, ou ainda dizem que o tropico de câncer é um dos signos do zodíaco, entram numa faculdade fazendo vestibular eletrônico com 50 questões a ser respondida em todas as matérias e se matam para pagar algo em torno de R$ 20 mil por um diploma que lhe servirá apenas de enfeite ou de papel de parede, abjurando muitas vezes a condição mais nobre de uma profissão. Nem Jesus Cristo poderia explicar como alguém assim consegue passar pelo exame da Ordem dos Advogados, mas passam, e vão exercer o direito de defender (ou matar legalmente) outro ser humano!
O povo em geral não é culpado destas barbáries cometidas nas profissões; o povão não sabe discernir qual candidato é sério, honesto ou se ele sabe ler e escrever; engenheiros, advogados, fisioterapeutas, médicos e políticos, quando querem ganhar dinheiro fácil, são eloquentes perante o ignorante e muitas vezes alugam imóveis belíssimos para impressionarem os olhos de quem os visitam.
No mundo jurídico uma das coisas mais gritantes são as peças apresentadas por procuradores com jurisprudências superiores; chega a causar náuseas em alguns julgadores mais sérios e experimentados a quantidade de asneiras que alguns profissionais transcrevem para suas teses casuais a título de legalidade transitada e julgada em última instância.
Primeiro eu preciso deixar bem claro que jamais me rotulei como “o perito mor” de qualquer argumento; sou apenas um postulante ao cargo de ouvinte das caravanas, mas sei bem ao certo, diferir entre uma asneira de algo sério e se não consigo o fazer, peço ajuda a quem sabe para não sair proferindo a prolixidade, o absurdo e o equívoco, como se observa nos meios que deveriam ser os mais informados.
Eu estava estudando alguns casos, do mais simples ao mais complexo e vi em um tema uma razão mediana de poder se discutir, como este que segue. O Supremo Tribunal Federal já se exprimiu inúmeras vezes, inclusive de modo recente no ajuizamento da ADI 2682 que é inconstitucional a representação judicial ou consultoria jurídica de Secretarias Estaduais afora a Procuradoria Geral do Estado; ademais, o art. 132 é tão límpido que não precisamos tricotar mais exposições a respeito. Entretanto, causa qualidade que uma OAB local adote esse tipo de atitude, pois é obrigação da entidade o conhecimento do direito, pelo menos isso.
A Associação de Procuradores Estaduais acabou fazendo uma manifestação solitária contra este tipo de conduta e ingressou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no próprio STF para que a Corte informe de uma vez por todas o que é a tradução da Lei, ou seja: muitas vezes o colegiado supremo precisa afirmar as claras, o que é o quê, para gente que deveria saber e isso provoca o efeito de lentidão e descrédito muitas vezes.
Como se diria em Portugal, “ora pois”; se eu sei que uma Secretaria Estadual não possui caráter de representar ou de proceder com consultas jurídicas, muito menos a OAB para este tipo de questão, para que porcaria ou cargas d’água eu vou protocolar uma ação? Se eu tenho ciência ou fui bem doutrinado em minha carga de estudos que me acessaram a profissão, tenho que zelar e executar todo o conhecimento que me foi passado; se faço o contrário, daí há um questionamento claro sobre meus atos e sobre a minha profissão.
Tem algumas coisas que de fato pode confundir o público leigo e o neófito, como por exemplo: uma ação contra o Banco do Brasil deve ser ingressada junto a Justiça Estadual, já uma ação contra a Caixa Econômica Federal deve ser ajuizada junto a Justiça Federal, isso porque o Banco do Brasil, apesar do controle do Estado, ele possui sócios e ações na bolsa, é uma empresa mista; já a CEF, esta é totalmente pública, pertence ao Estado e por esta razão possui jurisdição própria, mas nas cidades onde existe a Justiça Federal, não é raro ver petições serem protocoladas em desfavor do Banco do Brasil; isso é incompetência patronal e me deixa preocupado. Se a justiça é confusa, e o é mesmo, procure se adequar aos módulos utilizados e não tente criar o seu próprio. A competência dos Tribunais Federais está claramente capitulada no Art. 108 da Constituição do Brasil.
No livro Desordem no Tribunal, pode parecer piadinhas que costumamos contar nas mesas de boteco, mas é a pura tradução da verdade, não exatamente como o publicado, mas em fatos hilários que já cansei de ver; vejam trechos do livro:
Advogado : Essa doença, a miastenia gravis, afeta sua memória? Testemunha: Sim. Advogado : E de que modo ela afeta sua memória? Testemunha: Eu esqueço das coisas. Advogado : Você esquece... Pode nos dar um exemplo de algo que você tenha esquecido?
Advogado falando com um juíz: Me diga, doutor... não é verdade que, ao morrer no sono, a pessoa só saberá que morreu na manhã seguinte?
Advogado: Doutor, antes de fazer a autópsia, o senhor checou o pulso da vítima? Testemunha e médico: Não. Advogado: O senhor checou a pressão arterial? Testemunha: Não. Advogado: O senhor checou a respiração? Testemunha: Não. Advogado: Então, é possível que a vítima estivesse viva quando a autópsia começou? Testemunha: Não. Advogado: Como o senhor pode ter essa certeza? Testemunha: Porque o cérebro do paciente estava num jarro sobre a mesa. Advogado: Mas ele poderia estar vivo mesmo assim? Testemunha: Sim, é possível que ele estivesse vivo e cursando Direito em algum lugar!
Depois que li o excesso de legítima defesa que um advogado tentou abiscoitar em favor de um ladrão que apanhou da sua vítima, do deputado que disse na televisão que a função dele era comprar ambulância para o povo e da advogada experiente (sabe-se Deus em quê) que afirmou que jurista é o mesmo que jurado, nada mais me contrista; nada mais me abate!
Poucas coisas eu tenho saudade dos tempos da ditadura; de tudo que foi relacionado à tortura, morte e censura, isso eu execro, mas naquele tempo, tempos em que os estudantes ainda queriam estudar e aprender; lembro claramente de minhas aulas de Educação Moral e Cívica ou ainda das aulas de Organização Social e Política do Brasil. Estudei numa escola tradicional, pública, mas com a honra de conseguir ingressar seus alunos nas melhores e mais disputadas universidades do Brasil e não me recordo de ter sido obrigado a aprender nestas aulas que os militares eram os bons; lembro sim de ter tido o glorioso acesso ao conhecimento das questões intrínsecas do Brasil e do mundo e quando me perguntavam qual a capital do Piauí, jamais escrevi TEREZINHA ou São Luis.
Pobre Doutor Cristóvão Buarque, digníssimo Senador da República, que um dia sonhou em revolucionar o Brasil através da educação; pobre Doutor Rui Barbosa, que Graças a Deus morreu e não viu as aberrações de sua classe; pobre povo brasileiro que afirma ter alguém que zele por ele sem ao menos saber que este alguém sequer assina direito o próprio nome; pobre Brasil que possui tantos anônimos a fim de darem seus sangues para o progresso e honra deste solo, mas que logo-logo; são enterrados numa cova rasa de um cemitério de fundo de quintal dentro de um féretro lilás, doado por algum político analfabeto de pai, mãe e parteira, que somente deseja o voto da família na próxima eleição!
Depois de tudo isso eu absolvo a Regina de pensar que a Constituição Federal era um livro de polícia; ela tem este direito de pensar e até de falar algo sem sentido, afinal de contas, as pessoas que ela sempre confiou seu voto são os verdadeiros culpados dela jamais ter saído da terceira série e de terem programado um Brasil tão sem respeito!
Carlos Henrique Mascarenhas Pires.
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233 – JUSTIÇA – “Em cima da mesa do Senhor tem um livrão da polícia e eu preciso limpar a mesa; onde eu coloco o livrão pra desocupar o espaço?” Foi desta forma que minha secretária do lar me falou no intuito de ajudar-me na limpeza de meu ambiente; o “livrão” da policia na verdade é a Constituição Federal e a alusão a polícia ocorreu porque a minha constituição possui impresso o BRASÃO DA REPÚBLICA.
Poderia ser até hilário, mas o correto é rotular de lamentoso e miserando; a minha auxiliar de limpeza não é obrigada a reconhecer a Constituição brasileira porque não ingressou num curso de direito, mas o brasão federal, símbolo de armas do Brasil, este sim deveria ser explicado para os estudantes após a 1ª série primária.
De modo geral as pessoas são tão desinformadas que se alguém imprimisse um brasão numa impressora caseira e o colocasse dentro da carteira, poderia se apresentar como policial que muita gente daria a atenção devida, imaginando ser verdade.
No mundo jurídico não é diferente; estamos acostumados a ver, ouvir e ler verdadeiras aberrações da língua portuguesa, sem falar nas aberrações jurídicas; tem advogado, promotor, procurador, juiz e até desembargadores e Ministros superiores que sequer sabem do que estão discernindo; não imagina que algumas matérias podem conduzir uma eloquência profissional rumo a uma lata de lixo, algumas vezes estas latas de lixo somos nós, o pobre, sofrido, derrotado e refém “povo brasileiro”. Temos que ver, ouvir e ler e o pior, aceitar muitas vezes porque são eles os doutores, os donos da palavra.
O mais engraçado no Brasil é ter de aceitar que o Legislativo, Poder reconhecidamente rotulado de abrigar as mentes mais imundas e analfabetas do país, elaborem, façam e fiscalizem as Leis vigentes. No Planalto Central há duas casas com caráter de uma; o Senado e a Câmara juntos formam a mais alta instância do Poder Legislativo; seus pares, os Senadores e Deputados Federais, são os responsáveis pela fiscalização e elaboração das Leis que regulam o Estado. Estes homens e mulheres que compõem as casas do Legislativo, em tese, deveriam ter conhecimento pleno de tudo que ocorre em seus bastidores ou nas questões inerentes de suas atribuições, mas será que isso é uma verdade?
Recente e quase sempre o Programa CQC da Rede Bandeirantes, com seu humor inerente e seu atilamento aguçado foi à Câmara e Senado em Brasília perguntar aos congressistas sobre temas simples como inflação, educação, justiça e relações internacionais; tirando umas poucas águias que ainda sobraram foi uma catástrofe. Deputados e Senadores não souberam dizer o que significa ENEM (exame nacional do ensino médio), sequer sabiam que o Ministério da Educação está tentando regulamentar e uniformizar as regras para os vestibulares ou ainda, não sabia explicar ou discernir sobre nenhum acordo que o Brasil mantém com qualquer outro país amigo.
O mais dramático desta enquete satírica e fétida é que não foi um ou outro deputado e senador, mas uma gama enorme que encararam as câmeras do programa para dizerem asneiras, verdadeiras aberrações. O que dá para afirmar após um festival de bobagens proferidas pelos que fazem nossas leis é que eles são analfabetos, desinteressados e tendenciosos, apara não expressar a burrice em minha escrita; ao invés de eleições, o pleito deveria se chamar “Concurso Público” e para substituir as provas escritas, o povo faria a escolha destes que buscam um empreguinho com um salário superior a R$ 15 mil por mês.
Se transferirmos esta análise para as outras esferas do Legislativo aí sim dá vontade de se cometer suicídio; para os que estudaram pelo menos até o segundo grau e de fato quiseram aprender alguma coisa, falar com alguns deputados estaduais ou vereadores sobre qualquer tema que não seja prostitutas, viagens com dinheiro público ou grana de fato dói na alma. Esta gente desinformada e usurpadora do dinheiro público, na grande maioria chega a cometer o maior dos crimes contra o povo, o engodo. Experimente um dia, apenas um dia, acompanhar uma seção parlamentar, em qualquer nível, para você me dar razão; eles não fazem nada, aliás, fazem conchavo com o Executivo para ganharem uns trocadinhos a mais e ponto final. Não possuem escolaridade que os destaquem sequer para uma assinatura racional, não lêem em conformidade com os padrões mínimos e quando o tema é a oratória, misericórdia!
No Poder Judiciário, pelo menos os juízes, Desembargadores e Ministros concluíram o curso superior de Direito; Promotores e Procuradores Públicos não pertencem ao Judiciário, mas também são requisitados a concluir no mínimo o mesmo curso superior para o ingresso de suas profissões; o mesmo ocorre com os advogados e delegados de polícia.
Pode parecer simples o discernimento de alguns temas importantes em todas estas carreiras ligadas à justiça, mas se observarmos com muito afinco, descobriremos que existem profissionais da carreira jurídica que sequer sabem diferir entre uma Constituição da Constituinte, sequer sabem afirmar com clareza o que é um órgão singular ou um órgão colegiado; desta maneira fica difícil acreditar que haja de fato a aplicação da “justiça”.
Parte desta culpa são das universidades que abrem comércios de diplomas e se esquecem de formar um profissional que se orgulhe de dizer de onde saiu; depois a culpa é meada com os próprios estudantes que querem logo terminar o curso. O objetivo do estudante moderno deixou de ser a profissão para ser o término do curso; ele quer ver logo o pedaço de papel pendurado na parede para os trouxas lhes chamarem de “doutor”. É comum ouvirmos de alguns pais orgulhosos a seguinte frase: - Meu filho é formado! Ou ainda: Formei todos os meus filhos, Graças a Deus.
Graças a Deus que alguns destes quadrúpedes mamíferos acéfalos não estão mais no convívio da casa dos pais; deixam o segundo grau (ensino fundamental) sem saber ao certo onde fica o Equador, ou ainda dizem que o tropico de câncer é um dos signos do zodíaco, entram numa faculdade fazendo vestibular eletrônico com 50 questões a ser respondida em todas as matérias e se matam para pagar algo em torno de R$ 20 mil por um diploma que lhe servirá apenas de enfeite ou de papel de parede, abjurando muitas vezes a condição mais nobre de uma profissão. Nem Jesus Cristo poderia explicar como alguém assim consegue passar pelo exame da Ordem dos Advogados, mas passam, e vão exercer o direito de defender (ou matar legalmente) outro ser humano!
O povo em geral não é culpado destas barbáries cometidas nas profissões; o povão não sabe discernir qual candidato é sério, honesto ou se ele sabe ler e escrever; engenheiros, advogados, fisioterapeutas, médicos e políticos, quando querem ganhar dinheiro fácil, são eloquentes perante o ignorante e muitas vezes alugam imóveis belíssimos para impressionarem os olhos de quem os visitam.
No mundo jurídico uma das coisas mais gritantes são as peças apresentadas por procuradores com jurisprudências superiores; chega a causar náuseas em alguns julgadores mais sérios e experimentados a quantidade de asneiras que alguns profissionais transcrevem para suas teses casuais a título de legalidade transitada e julgada em última instância.
Primeiro eu preciso deixar bem claro que jamais me rotulei como “o perito mor” de qualquer argumento; sou apenas um postulante ao cargo de ouvinte das caravanas, mas sei bem ao certo, diferir entre uma asneira de algo sério e se não consigo o fazer, peço ajuda a quem sabe para não sair proferindo a prolixidade, o absurdo e o equívoco, como se observa nos meios que deveriam ser os mais informados.
Eu estava estudando alguns casos, do mais simples ao mais complexo e vi em um tema uma razão mediana de poder se discutir, como este que segue. O Supremo Tribunal Federal já se exprimiu inúmeras vezes, inclusive de modo recente no ajuizamento da ADI 2682 que é inconstitucional a representação judicial ou consultoria jurídica de Secretarias Estaduais afora a Procuradoria Geral do Estado; ademais, o art. 132 é tão límpido que não precisamos tricotar mais exposições a respeito. Entretanto, causa qualidade que uma OAB local adote esse tipo de atitude, pois é obrigação da entidade o conhecimento do direito, pelo menos isso.
A Associação de Procuradores Estaduais acabou fazendo uma manifestação solitária contra este tipo de conduta e ingressou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no próprio STF para que a Corte informe de uma vez por todas o que é a tradução da Lei, ou seja: muitas vezes o colegiado supremo precisa afirmar as claras, o que é o quê, para gente que deveria saber e isso provoca o efeito de lentidão e descrédito muitas vezes.
Como se diria em Portugal, “ora pois”; se eu sei que uma Secretaria Estadual não possui caráter de representar ou de proceder com consultas jurídicas, muito menos a OAB para este tipo de questão, para que porcaria ou cargas d’água eu vou protocolar uma ação? Se eu tenho ciência ou fui bem doutrinado em minha carga de estudos que me acessaram a profissão, tenho que zelar e executar todo o conhecimento que me foi passado; se faço o contrário, daí há um questionamento claro sobre meus atos e sobre a minha profissão.
Tem algumas coisas que de fato pode confundir o público leigo e o neófito, como por exemplo: uma ação contra o Banco do Brasil deve ser ingressada junto a Justiça Estadual, já uma ação contra a Caixa Econômica Federal deve ser ajuizada junto a Justiça Federal, isso porque o Banco do Brasil, apesar do controle do Estado, ele possui sócios e ações na bolsa, é uma empresa mista; já a CEF, esta é totalmente pública, pertence ao Estado e por esta razão possui jurisdição própria, mas nas cidades onde existe a Justiça Federal, não é raro ver petições serem protocoladas em desfavor do Banco do Brasil; isso é incompetência patronal e me deixa preocupado. Se a justiça é confusa, e o é mesmo, procure se adequar aos módulos utilizados e não tente criar o seu próprio. A competência dos Tribunais Federais está claramente capitulada no Art. 108 da Constituição do Brasil.
No livro Desordem no Tribunal, pode parecer piadinhas que costumamos contar nas mesas de boteco, mas é a pura tradução da verdade, não exatamente como o publicado, mas em fatos hilários que já cansei de ver; vejam trechos do livro:
Advogado : Essa doença, a miastenia gravis, afeta sua memória? Testemunha: Sim. Advogado : E de que modo ela afeta sua memória? Testemunha: Eu esqueço das coisas. Advogado : Você esquece... Pode nos dar um exemplo de algo que você tenha esquecido?
Advogado falando com um juíz: Me diga, doutor... não é verdade que, ao morrer no sono, a pessoa só saberá que morreu na manhã seguinte?
Advogado: Doutor, antes de fazer a autópsia, o senhor checou o pulso da vítima? Testemunha e médico: Não. Advogado: O senhor checou a pressão arterial? Testemunha: Não. Advogado: O senhor checou a respiração? Testemunha: Não. Advogado: Então, é possível que a vítima estivesse viva quando a autópsia começou? Testemunha: Não. Advogado: Como o senhor pode ter essa certeza? Testemunha: Porque o cérebro do paciente estava num jarro sobre a mesa. Advogado: Mas ele poderia estar vivo mesmo assim? Testemunha: Sim, é possível que ele estivesse vivo e cursando Direito em algum lugar!
Depois que li o excesso de legítima defesa que um advogado tentou abiscoitar em favor de um ladrão que apanhou da sua vítima, do deputado que disse na televisão que a função dele era comprar ambulância para o povo e da advogada experiente (sabe-se Deus em quê) que afirmou que jurista é o mesmo que jurado, nada mais me contrista; nada mais me abate!
Poucas coisas eu tenho saudade dos tempos da ditadura; de tudo que foi relacionado à tortura, morte e censura, isso eu execro, mas naquele tempo, tempos em que os estudantes ainda queriam estudar e aprender; lembro claramente de minhas aulas de Educação Moral e Cívica ou ainda das aulas de Organização Social e Política do Brasil. Estudei numa escola tradicional, pública, mas com a honra de conseguir ingressar seus alunos nas melhores e mais disputadas universidades do Brasil e não me recordo de ter sido obrigado a aprender nestas aulas que os militares eram os bons; lembro sim de ter tido o glorioso acesso ao conhecimento das questões intrínsecas do Brasil e do mundo e quando me perguntavam qual a capital do Piauí, jamais escrevi TEREZINHA ou São Luis.
Pobre Doutor Cristóvão Buarque, digníssimo Senador da República, que um dia sonhou em revolucionar o Brasil através da educação; pobre Doutor Rui Barbosa, que Graças a Deus morreu e não viu as aberrações de sua classe; pobre povo brasileiro que afirma ter alguém que zele por ele sem ao menos saber que este alguém sequer assina direito o próprio nome; pobre Brasil que possui tantos anônimos a fim de darem seus sangues para o progresso e honra deste solo, mas que logo-logo; são enterrados numa cova rasa de um cemitério de fundo de quintal dentro de um féretro lilás, doado por algum político analfabeto de pai, mãe e parteira, que somente deseja o voto da família na próxima eleição!
Depois de tudo isso eu absolvo a Regina de pensar que a Constituição Federal era um livro de polícia; ela tem este direito de pensar e até de falar algo sem sentido, afinal de contas, as pessoas que ela sempre confiou seu voto são os verdadeiros culpados dela jamais ter saído da terceira série e de terem programado um Brasil tão sem respeito!
Carlos Henrique Mascarenhas Pires.
ENQUETE:
E você o que pensa, após ter lido este artigo?
Poste seu comentário aqui...
Vamos colocar nossas opiniões sobre esse assunto...
Obrigada!!!
Metamorfose...
Queria transformar as palavras
Em pedaços de formas concretas
Onde eu pudesse tocar e sentir
Onde eu pudesse olhar e sentir o quanto é real o que falo
Queria saber do valor de minhas palavras
O quanto elas tocam
E fazem sentir
Vejo o sol lá fora
E uma luz invade minha alma
Como gotas de orvalho
Puras e verdadeiras
A noite chega
E junto com ela
O brilho das estrelas
Me fazem perder momentos
Contemplando a sua beleza infinita
Mágica e única
Mas neste momento em que escrevo
Só me resta transformar minhas palavras
Em algo sincero
Real
Verdadeiro
Digno de sentimento
Incapaz de magoar
De fazer sofrer
Apenas com desejo de amar
Sonhar com algo feliz
A vida é um milagre
Um milagre é viver
Poder estar aqui e escrever assim
Já me deixa ainda mais feliz
Pois sentir é viver
Viver é sorrir
Sorrir é ser feliz
Ser feliz é agradecer
Cada momento aqui sonhado
Vivido
Se torna milagre da vida
Na vida de quem realmente quer
Vida
E vida em abundância.
( Autora: Sandra do Nascimento )
Para você meu querido Joo...
Te cuida e fica com Deus...
Em pedaços de formas concretas
Onde eu pudesse tocar e sentir
Onde eu pudesse olhar e sentir o quanto é real o que falo
Queria saber do valor de minhas palavras
O quanto elas tocam
E fazem sentir
Vejo o sol lá fora
E uma luz invade minha alma
Como gotas de orvalho
Puras e verdadeiras
A noite chega
E junto com ela
O brilho das estrelas
Me fazem perder momentos
Contemplando a sua beleza infinita
Mágica e única
Mas neste momento em que escrevo
Só me resta transformar minhas palavras
Em algo sincero
Real
Verdadeiro
Digno de sentimento
Incapaz de magoar
De fazer sofrer
Apenas com desejo de amar
Sonhar com algo feliz
A vida é um milagre
Um milagre é viver
Poder estar aqui e escrever assim
Já me deixa ainda mais feliz
Pois sentir é viver
Viver é sorrir
Sorrir é ser feliz
Ser feliz é agradecer
Cada momento aqui sonhado
Vivido
Se torna milagre da vida
Na vida de quem realmente quer
Vida
E vida em abundância.
( Autora: Sandra do Nascimento )
Para você meu querido Joo...
Te cuida e fica com Deus...
quarta-feira, 6 de maio de 2009
NÃO ESQUEÇA DESSA REGRINHA...
Para-brisa perdeu o acento, mas não o hífen.
Não há mais acento em voo, leem e magoo.
Caiu o acento diferencial de pera, pelo e polo.
Estreia, plateia e paranoico perderam os acentos.
Feiura e Sauipe não têm mais acento agudo.
Não há mais acento em voo, leem e magoo.
Caiu o acento diferencial de pera, pelo e polo.
Estreia, plateia e paranoico perderam os acentos.
Feiura e Sauipe não têm mais acento agudo.
O QUE REALMENTE É VÁLIDO NA HORA DE AVALIAR???
A ortografia não é tudo.
(Hélio Consolaro* )
Recebi e-mail de mãe preocupada com os textos produzidos por seu filho. Como deve ser problema de muitos pais, reproduzo aqui a pergunta dela e minha resposta, sem mencionar nomes.
"Preocupa-me o fato de meu filho escrever com muitos erros. Ele já leu alguns livros de Harry Potter e outros, incluindo Monteiro Lobato, e constrói um texto bom, concatenado, claro. No entanto, apresenta muitos erros de grafia, trocando "ç" por "ss", "s" por "z", mesmo nas palavras mais usadas no cotidiano.
Fui à escola, que é particular. A coordenadora e a professora me disseram que o método é esse, que é moderno e que não devo me preocupar, pois expressar a idéia é mais importante do que acertar a grafia. E disseram que escrever com grafia correta vem com o tempo. Racionalmente chego a concordar, mas no fundo fica a dúvida: será?
Se não me preocupo e estou errada, talvez seja difícil corrigir depois. Já percebi que, quando ele percebe que eu e meu marido falamos de seus erros de grafia, não fica à vontade. Tenho medo de que ele associe o ato de escrever com algo desagradável, e comece a ficar traumatizado. Acho que devo ignorar os erros e estimulá-lo a escrever mais, mas ainda tenho medo de estar errando.
Você pode me ajudar, dando uma opinião sobre isso?"
Resposta: A professora e a coordenada têm razão. A memorização ortográfica vem com o tempo, com a maturidade, pois o processo de alfabetização é longo, percorre todo o ensino fundamental, mas é importante o acompanhamento constante dos pais, sem pressão, ir corrigindo, mostrando o certo, copiar um texto curto todo dia. Sem fazer tempestade em copo d'água. E se ele gosta de ler, o problema será de fácil solução.
Todos têm dúvidas ortográficas na hora de escrever, até um professor de Português. Pedir a ele que consulte sempre o dicionário, ensinar-lhe procurar palavras nele, sem perder a paciência, são algumas alternativas.
Por que cópia? As crianças na escola preenchem mais lacunas, e como ele apresenta dificuldade na ortografia, ela pode suprir a falha. A cópia é um exercício mecânico, às vezes, ele não vai gostar de fazê-la. Não o force. Não crie nele trauma, tornando o ato de escrever um sacrifício.
Invente um pretexto: "Copie essa receita de bolo para mamãe!" ou "Papai precisa deste texto lá no serviço". Pode ser no computador, nem que a digitação seja feita no estilo cata-milho.
Já tive alunos assim, hoje escrevem bem e são ótimos profissionais. Nada de dogmatismo, deve-se agir com compreensão, a ortografia é uma parte da língua escrita, não é tudo.
* Hélio Consolaro é cronista da Folha da Região (Araçatuba-SP), coordenador deste site, professor de Português do Ensino Médio, autor de três livros, membro da Academia Araçatubense de Letras.
Observação: Concordo plenamente com Hélio Consolaro, pois o que importa é que o aluno escreva,exponha seus pensamentos,opinando,argumentando,criticando e sendo formador de opinião,tornando-se um ser crítico e pensante. Um ser que saiba se posicionar sobre qualquer assunto, mesmo com erros ortográficos.
(Hélio Consolaro* )
Recebi e-mail de mãe preocupada com os textos produzidos por seu filho. Como deve ser problema de muitos pais, reproduzo aqui a pergunta dela e minha resposta, sem mencionar nomes.
"Preocupa-me o fato de meu filho escrever com muitos erros. Ele já leu alguns livros de Harry Potter e outros, incluindo Monteiro Lobato, e constrói um texto bom, concatenado, claro. No entanto, apresenta muitos erros de grafia, trocando "ç" por "ss", "s" por "z", mesmo nas palavras mais usadas no cotidiano.
Fui à escola, que é particular. A coordenadora e a professora me disseram que o método é esse, que é moderno e que não devo me preocupar, pois expressar a idéia é mais importante do que acertar a grafia. E disseram que escrever com grafia correta vem com o tempo. Racionalmente chego a concordar, mas no fundo fica a dúvida: será?
Se não me preocupo e estou errada, talvez seja difícil corrigir depois. Já percebi que, quando ele percebe que eu e meu marido falamos de seus erros de grafia, não fica à vontade. Tenho medo de que ele associe o ato de escrever com algo desagradável, e comece a ficar traumatizado. Acho que devo ignorar os erros e estimulá-lo a escrever mais, mas ainda tenho medo de estar errando.
Você pode me ajudar, dando uma opinião sobre isso?"
Resposta: A professora e a coordenada têm razão. A memorização ortográfica vem com o tempo, com a maturidade, pois o processo de alfabetização é longo, percorre todo o ensino fundamental, mas é importante o acompanhamento constante dos pais, sem pressão, ir corrigindo, mostrando o certo, copiar um texto curto todo dia. Sem fazer tempestade em copo d'água. E se ele gosta de ler, o problema será de fácil solução.
Todos têm dúvidas ortográficas na hora de escrever, até um professor de Português. Pedir a ele que consulte sempre o dicionário, ensinar-lhe procurar palavras nele, sem perder a paciência, são algumas alternativas.
Por que cópia? As crianças na escola preenchem mais lacunas, e como ele apresenta dificuldade na ortografia, ela pode suprir a falha. A cópia é um exercício mecânico, às vezes, ele não vai gostar de fazê-la. Não o force. Não crie nele trauma, tornando o ato de escrever um sacrifício.
Invente um pretexto: "Copie essa receita de bolo para mamãe!" ou "Papai precisa deste texto lá no serviço". Pode ser no computador, nem que a digitação seja feita no estilo cata-milho.
Já tive alunos assim, hoje escrevem bem e são ótimos profissionais. Nada de dogmatismo, deve-se agir com compreensão, a ortografia é uma parte da língua escrita, não é tudo.
* Hélio Consolaro é cronista da Folha da Região (Araçatuba-SP), coordenador deste site, professor de Português do Ensino Médio, autor de três livros, membro da Academia Araçatubense de Letras.
Observação: Concordo plenamente com Hélio Consolaro, pois o que importa é que o aluno escreva,exponha seus pensamentos,opinando,argumentando,criticando e sendo formador de opinião,tornando-se um ser crítico e pensante. Um ser que saiba se posicionar sobre qualquer assunto, mesmo com erros ortográficos.
REGRAS: Três prefixos que não foram mencionados no acordo ortográfico:são o pre, pro e re.
Academia Brasileira de Letras esclarece uso do hífen em casos que ficaram omissos na primeira publicação após reforma.
Três prefixos que não foram mencionados no acordo ortográfico:são o pre, pro e re.
Pela regra geral, como eles terminam em vogal, deveriam ser usados com hífen quando o termo subsequente começar com a mesma vogal.
Mas a interpretação dos membros da ABL, levando em consideração quatro princípios metodológicos estipulados no texto do próprio acordo para os casos omissos, foi de que deve se manter a escrita aglutinada de palavras como preencher, proótica e reembolsar (e não pre-encher, pro-ótica e re-embolsar).
"A tradição lexicográfica da língua portuguesa prevalece nos casos não previstos pelo acordo.
Nunca, na língua portuguesa, nem nos dicionários brasileiros nem nos de Portugal, a palavra reeleição foi escrita com hífen. Se o acordo quisesse quebrar essa tradição teria dito explicitamente", explica Evanildo Bechara, membro da ABL e da comissão de língua portuguesa do Ministério da Educação que trata do acordo ortográfico.
Ele afirma que as inovações previstas no dicionário, com 32 mil verbetes, estarão no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (Volp), que trará cerca de 360 mil palavras e será editado no final de fevereiro.
Outros casos esclarecidos no dicionário dizem respeito ao hífen em prefixos muito utilizados, como para e sub (veja o quadro).
Abrupto ou ab-rupto?
Pela regra, que manda empregar o hífen em prefixos terminados em b quando o segundo elemento começarcom b ou r, deveria ser ab-rupto. Mas o dicionário também aceita a outra forma, abrupto.
Na avaliação de Enilde Faulstich, professora de linguística e língua portuguesa da Universidade de Brasília, as regras não demorarão muito a pegar.
"Parece mais complicado do que é.
A mídia está tratando do assunto de uma forma séria, há muitas publicações adotando as novas regras.
Acredito que não haverá dificuldades", diz. A professora só faz uma ressalva quanto o hífen. "Deveria ter sido discutido mais sistematicamente. Acredito que em 10 anos teremos um outro estudo para mudanças no hífen", destaca.
O hífen em questão
Algumas dúvidas explicadas pelo dicionário sobre o hífen:
RE, PRE e PRO
O acordo ortográfico não mencionou esses prefixos. Mas manda, como regra geral, empregar hífen quando o prefixo termina em vogal e a palavra subsequente começa com a mesma vogal. A dúvida: reeditar ou re-editar? Preencher ou pre-encher?
O que diz o dicionário: Essas formações tradicionais se aglutinam, sem hífen, mesmo se o segundo elemento começar com vogal, inclusive com E. A tradição é o que conta nesses casos.
Forma correta: reeditar, reeducar, reeleger. Preencher, preestabelecer, preeminente, preexistir.
SUB
Prefixos seguidos de H sempre levarão hífen, é o que manda o acordo. Havia, porém, uma dúvida em relação a subumano, que perde o H na grafia aglutinada. Sub-humano ou subumano?
O que diz o dicionário: As duas possibilidades são aceitas.
Forma correta: Sub-humano ou subumano.
PARA
Paraquedas, que foi aglutinada após a reforma por conta da perda do conceito, tem causado muita confusão. Ninguém sabia como ficam os outros "paras".
O que diz o dicionário: A análise é feita caso a caso. Se a noção semântica do "para", no sentido de cessar, evitar, barrar, existe, o hífen permanece. Caso contrário, não.
Forma correta. Paraquedas, para-raios, para-brisa, para-choque, para-lama.
( Dicionário tira dúvidas ortográficas, 15 de Janeiro de 2009. Renata Mariz/Correio Braziliense )
Três prefixos que não foram mencionados no acordo ortográfico:são o pre, pro e re.
Pela regra geral, como eles terminam em vogal, deveriam ser usados com hífen quando o termo subsequente começar com a mesma vogal.
Mas a interpretação dos membros da ABL, levando em consideração quatro princípios metodológicos estipulados no texto do próprio acordo para os casos omissos, foi de que deve se manter a escrita aglutinada de palavras como preencher, proótica e reembolsar (e não pre-encher, pro-ótica e re-embolsar).
"A tradição lexicográfica da língua portuguesa prevalece nos casos não previstos pelo acordo.
Nunca, na língua portuguesa, nem nos dicionários brasileiros nem nos de Portugal, a palavra reeleição foi escrita com hífen. Se o acordo quisesse quebrar essa tradição teria dito explicitamente", explica Evanildo Bechara, membro da ABL e da comissão de língua portuguesa do Ministério da Educação que trata do acordo ortográfico.
Ele afirma que as inovações previstas no dicionário, com 32 mil verbetes, estarão no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (Volp), que trará cerca de 360 mil palavras e será editado no final de fevereiro.
Outros casos esclarecidos no dicionário dizem respeito ao hífen em prefixos muito utilizados, como para e sub (veja o quadro).
Abrupto ou ab-rupto?
Pela regra, que manda empregar o hífen em prefixos terminados em b quando o segundo elemento começarcom b ou r, deveria ser ab-rupto. Mas o dicionário também aceita a outra forma, abrupto.
Na avaliação de Enilde Faulstich, professora de linguística e língua portuguesa da Universidade de Brasília, as regras não demorarão muito a pegar.
"Parece mais complicado do que é.
A mídia está tratando do assunto de uma forma séria, há muitas publicações adotando as novas regras.
Acredito que não haverá dificuldades", diz. A professora só faz uma ressalva quanto o hífen. "Deveria ter sido discutido mais sistematicamente. Acredito que em 10 anos teremos um outro estudo para mudanças no hífen", destaca.
O hífen em questão
Algumas dúvidas explicadas pelo dicionário sobre o hífen:
RE, PRE e PRO
O acordo ortográfico não mencionou esses prefixos. Mas manda, como regra geral, empregar hífen quando o prefixo termina em vogal e a palavra subsequente começa com a mesma vogal. A dúvida: reeditar ou re-editar? Preencher ou pre-encher?
O que diz o dicionário: Essas formações tradicionais se aglutinam, sem hífen, mesmo se o segundo elemento começar com vogal, inclusive com E. A tradição é o que conta nesses casos.
Forma correta: reeditar, reeducar, reeleger. Preencher, preestabelecer, preeminente, preexistir.
SUB
Prefixos seguidos de H sempre levarão hífen, é o que manda o acordo. Havia, porém, uma dúvida em relação a subumano, que perde o H na grafia aglutinada. Sub-humano ou subumano?
O que diz o dicionário: As duas possibilidades são aceitas.
Forma correta: Sub-humano ou subumano.
PARA
Paraquedas, que foi aglutinada após a reforma por conta da perda do conceito, tem causado muita confusão. Ninguém sabia como ficam os outros "paras".
O que diz o dicionário: A análise é feita caso a caso. Se a noção semântica do "para", no sentido de cessar, evitar, barrar, existe, o hífen permanece. Caso contrário, não.
Forma correta. Paraquedas, para-raios, para-brisa, para-choque, para-lama.
( Dicionário tira dúvidas ortográficas, 15 de Janeiro de 2009. Renata Mariz/Correio Braziliense )
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