
AMOR DE PERDIÇÃO...
Em “Amor de Perdição”, o autor mostra um aspecto ultra-romântico quando os personagens que formam a tríade romântica morrem por amor e não somente de forma literal, mas também quando “abrem mão” de sua liberdade, como Simão quando mata por amor e é preso; como Teresa que prefere se enclausurar num convento à casar-se com um homem que não ama, e por fim Mariana que vive em função de um amor platônico, abdicando de sua vida.
Porém todos têm um desenlace trágico com a morte.
Trata-se da história de amor impossível entre Simão e Teresa, do qual não puderam viver pela rivalidade de suas famílias: os Albuquerques e os Botelhos. Nesse meio tempo, aparece Mariana, filha do ferreiro João da Cruz que ao se apaixonar por Simão não mede esforços para ajudá-lo com seu amor – Teresa, que vem de uma família rica, tendo força de caráter, orgulho fortalecido pelo amor que sentira por Simão, se abdicando da sua vida e dos caprichos e vontades de seu pai cujo interesse era casá-la com seu primo Baltazar. Aceita ir para o convento, como meio de fugir do casamento, mas acaba dificultando o encontro entre eles, pois fica mais difícil a comunicação. E é através de Mariana que eles conseguem se corresponder.
Mariana, mulher humilde, de 24 anos que abdica o amor à Simão Botelho para que seja feliz com Teresa que é um anjo redimido em serena contemplação do seu criador e Mariana, o símbolo da tortura, sem instantes de amor remunerado que lhe dessem a glória do martírio. Uma, morrendo amada; outra, agonizando, sem Ter ouvido a palavra “amor” dos lábios que escassamente balbuciavam frias palavras de gratidão.
O amor é vivido de maneira intensa, ao extremo, está acima do controle da razão. Para este romântico não há limites, ele vive no ápice das emoções, que acabam culminando em morte, que é a forma máxima do escapismo.
Em nome desse amor extremista, a pessoa pode até mesmo perder a vida, e essa seria apenas mais uma conseqüência; a última desse amor incontrolável.
LEIA!!!
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