quinta-feira, 7 de maio de 2009

PERFUME DE MULHER - PARA ELAS - COMPORTAMENTO./ Fonte: www.irregular.com.br

01/05/2009 - PE
01/05/2009 - PERFUME DE MULHER - PARA ELAS
231 – COMPORTAMENTO – Não há nada mais gracioso na terra do que a presença inusitada de uma mulher; a mulher mãe, a mulher esposa, a irmã, amiga, mestra, enfim, os diversos quadros femininos possíveis só enaltecem a beleza e a magia recorrente presentes na alma e corpo de todas as mulheres.

A ciência afirma que Luzia foi a primeira mulher a habitar a terra, pelo menos o fóssil de seu crânio assim traduz; Luzia viveu na África e presume-se que ela tenha sido uma negra de olhos graúdos e estatura mediana; Eva, tão discutida pela igreja e pintada pelos mais renomados artistas era a inspiração divina para a presença da primeira mulher bíblica.

Luzias e Evas, Marias, Antonias, não sei ao certo quem foi a primeira, mas o simples fato de saber que existiram tantas outras além destas que conhecemos, convivemos e amamos já temos uma idéia que o mundo sempre foi exótico, erótico, sublime, sensível, brioso, altivo e batalhador, pelo simples fato de que cada era da história, uma delas, uma mulher viveu e ajudou a escrever cada capítulo importante para tudo que hoje pudemos afirmar como verdadeiro.

Culturas distantes e equivocadas ainda perseguem estas guerreiras, as Helenas distantes, dizimando cada ponto de sua indiscutível nobreza; personagens atrozes, tiranos e esquizofrênicos empunhando uma adaga ou um revólver, tiram a vida e o brilho de meninas, mocinhas, as impedindo de proliferar toda a sua capacidade de gerar novas gerações, de fazer novas e belas histórias. Os déspotas que abrigam o obscuro e que ceifam o fulgor destas fêmeas, principalmente as asiáticas e africanas, não só o fazem por ignorância e dinheiro; fazem pela crueldade e pelo puro e profundo despeito, tradicionalmente falando, ciúmes.

Alguns organismos não governamentais espanhóis e de outros países vizinhos não se cansam de denunciar os mais atrozes atos cometidos contra a mulher marroquina, como mero exemplo, que têm seus hímens extirpados com adagas ainda quando crianças, tudo isso para perpetuar a mais néscia ignorância e uma tradição falida, sem medidas de uns poucos que ainda acreditam que desta forma elas se tornam puras ou melhores em alguns critérios.

A mulher sempre teve um papel exclusivo de ser mãe e esposa; sempre foi tida em todas as histórias como uma batalhadora a serviço dos consortes, amantes e filhos; eram proibidas de freqüentar os templos apenas para que não aprendessem a honra da liberdade; foram apedrejadas porque tentaram ganhar a soberania através de seus corpos desejados até mesmo pelas próprias mulheres, foram escravizadas e submetidas aos serviços mais pesados em alguns reinados, mas jamais baixaram as cabeças para a freqüente impunidade.

A mulher já provou que sua capacidade lógica e de trabalho vão alem de qualquer expectativa; coerência, conexão, seja qual for o adjetivo, todas as mulheres do planeta já provaram que têm. Elas conquistaram os cargos mais desejados pelo universo exclusivo masculino; são hoje Presidentes de Repúblicas, Senadoras, Juízas, Desembargadoras, Ministras, motoristas, em cada cargo disponível no mercado de trabalho no mundo há uma mulher desempenhando com louvor; tais prerrogativas só enalteceram as suas posições nas decisões modernas em todas as áreas.

Até pouco tempo atrás, aqui mesmo no Brasil, era comum ouvirmos das famílias, desde a mais pobre até a mais abastada, que suas filhas seriam criadas para serem damas da sociedade; a mulher nascia e já recebia a predestinação de serem delicadas; tinham que ter a festinha de debute, depois eram submetidas a uma jornada à caminho da formatura básica e só então se começava o rito de encontrar o marido certo, pelos quais dedicavam a vida até a morte.

Cada moça de família no século passado sonhava ter uma máquina de costura; toda mulher queria ser prendada na cozinha e seu útero era acostumado a receber às vezes dezenas de crias. Vestiam-se com o pudor da época e jamais era permitido ter amizades masculinas; a mulher que não fosse moldada com estes critérios podia ser rotulada de vadia, prostituta.

Com todas as agruras que estas mulheres sofreram ao longo de milênios, poderia até ser comum vermos hoje uma massa de gente do sexo feminino sorumbático e apagado, do mesmo jeito que são algumas mulçumanas; poderia até estar vestindo burcas e ainda perambulando pelas ruas na prática da mendicância; as mulheres poderiam estar mutiladas no corpo e na alma, mas ao invés disso, elas se aperfeiçoaram, às vezes até mais do que os homens; buscaram seus espaços exclusivos e lideraram uma marcha silenciosa em busca da liberdade e do progresso.

A mulher se tornou exclusiva e soberana nas artes, na política, no comércio e na diplomacia internacional; transformaram seus corpos e suas cabeças sofreram a maior e mais gloriosa transformação. Mudou-se todo o jeito de vestir, de falar, de trabalhar e de encarar os problemas mundanos com mais firmeza e menos delicadeza. A mulher de boa parte do mundo deixou de ser e viver como Alice no país das maravilhas e incorporou a face de Dante e o espírito de Maquiavel, não fosse isso, não seria o totem importante que é hoje.

Quando falamos em corpos, ah! as mulheres são os destaques; nenhum Adônis, nenhum Michelangelo, Rodin, seja criador ou criatura, jamais foram capazes de chegar aos pés aos pés do mais reles corpo de uma mulher. Face, seios, vulva, glúteos, pernas, coxas, mãos, lábios, dorso ou cabelos; estas criaturas do sexo feminino dão um banho de beleza, charme, candura, erotismo; toda mulher possui somente para si o DNA da beleza e isso ninguém consegue tirar delas, nem os homens, nem a história.

Se mirássemos apenas nos exemplos daquelas mulheres de Atenas, como disse Buarque, veríamos outro tipo de mulher, bela e exótica, mas ainda dedicada aos maridos, os guerreiros da Grécia antiga. Conta à história que elas se perfumavam; se embelezavam; se banhavam com leite e quando fustigadas, não choravam e secavam por seus maridos. Grande parte da mulher de Atenas, pelo menos a da história, morreu, foi cremada e jamais lembrada!

Com tanta transformação e tantos desembaraços a mulher não perdeu a vaidade, para delírio de nós, os homens que as veneram; se vestem cada vez mais exuberantes, se perfumam com as mais intrínsecas e notáveis fragrâncias; discernem sobre temas que sequer ouviram falar no passado e seduzem homens e outras mulheres.

Inspirados em todos os aspectos pessoais das mulheres foram criadas delegacias, Leis, espaços e respeitos especiais para proteger elas, que durante tanto tempo foram descriminadas, humilhadas e escravizadas, ainda assim há quem queira ver todas estas mazelas do passado retornar para que as mulheres sigam sem direitos e desrespeitadas ainda mais do que já foram. Nações, povos e culturas insistem em vê-las como um segundo plano, como se servissem apenas para abrirem as pernas e saciarem os desejos mais imundos e sórdidos dos que se dizem “machos”.

Precisamos de modo global, não enxergarmos as mulheres como um “pedaço de carne”, como se estivessem à venda num açougue ou livres para os desejos sexuais. Até hoje, quando uma mulher é estuprada, há uma vergonha generalizada que a faz não queixar-se; há um medo também global de durante uma queixa policial contra seus algozes elas sejam interpretadas como facilitadoras, como se o abuso sexual ocorresse apenas no meio selvagem e jamais no ambiente da família ou do namoro; este tipo de critério ainda perdura e faz da mulher um objeto de ascos.

A violência contra qualquer tipo de animal é inquestionavelmente desprezível; contra os seres humanos é ainda mais gritante, mas contra a mulher é intolerável e deveria ser ainda mais combatida; severamente punida como forma exemplar.

Eu já tive duas, hoje vivo com duas e não as quero jamais longe de mim; minha esposa e minha filha são as mulheres que dormem comigo, que me beijam, me abraçam, me ajudam e me fazem ter ainda mais orgulho de ser homem e de tê-las nos momentos bons e ruins sempre ao meu lado. Para estas duas e tantas outras mulheres do mundo, as que se perfumam e as que sequer sabem o que é uma nota; as brancas, negras, orientais, amarelas e azuis; as mulheres de todos os continentes, dedico este texto e todos os louvores deste 1º de Maio, dia Internacional de Lutas.


CARLOS HENRIQUE MASCARENHAS PIRES
www.irregular.com.br

Fotografias: Luna – Flickr.com do YahooRFUME DE MULHER - PARA ELAS
231 – COMPORTAMENTO – Não há nada mais gracioso na terra do que a presença inusitada de uma mulher; a mulher mãe, a mulher esposa, a irmã, amiga, mestra, enfim, os diversos quadros femininos possíveis só enaltecem a beleza e a magia recorrente presentes na alma e corpo de todas as mulheres.

A ciência afirma que Luzia foi a primeira mulher a habitar a terra, pelo menos o fóssil de seu crânio assim traduz; Luzia viveu na África e presume-se que ela tenha sido uma negra de olhos graúdos e estatura mediana; Eva, tão discutida pela igreja e pintada pelos mais renomados artistas era a inspiração divina para a presença da primeira mulher bíblica.

Luzias e Evas, Marias, Antonias, não sei ao certo quem foi a primeira, mas o simples fato de saber que existiram tantas outras além destas que conhecemos, convivemos e amamos já temos uma idéia que o mundo sempre foi exótico, erótico, sublime, sensível, brioso, altivo e batalhador, pelo simples fato de que cada era da história, uma delas, uma mulher viveu e ajudou a escrever cada capítulo importante para tudo que hoje pudemos afirmar como verdadeiro.

Culturas distantes e equivocadas ainda perseguem estas guerreiras, as Helenas distantes, dizimando cada ponto de sua indiscutível nobreza; personagens atrozes, tiranos e esquizofrênicos empunhando uma adaga ou um revólver, tiram a vida e o brilho de meninas, mocinhas, as impedindo de proliferar toda a sua capacidade de gerar novas gerações, de fazer novas e belas histórias. Os déspotas que abrigam o obscuro e que ceifam o fulgor destas fêmeas, principalmente as asiáticas e africanas, não só o fazem por ignorância e dinheiro; fazem pela crueldade e pelo puro e profundo despeito, tradicionalmente falando, ciúmes.

Alguns organismos não governamentais espanhóis e de outros países vizinhos não se cansam de denunciar os mais atrozes atos cometidos contra a mulher marroquina, como mero exemplo, que têm seus hímens extirpados com adagas ainda quando crianças, tudo isso para perpetuar a mais néscia ignorância e uma tradição falida, sem medidas de uns poucos que ainda acreditam que desta forma elas se tornam puras ou melhores em alguns critérios.

A mulher sempre teve um papel exclusivo de ser mãe e esposa; sempre foi tida em todas as histórias como uma batalhadora a serviço dos consortes, amantes e filhos; eram proibidas de freqüentar os templos apenas para que não aprendessem a honra da liberdade; foram apedrejadas porque tentaram ganhar a soberania através de seus corpos desejados até mesmo pelas próprias mulheres, foram escravizadas e submetidas aos serviços mais pesados em alguns reinados, mas jamais baixaram as cabeças para a freqüente impunidade.

A mulher já provou que sua capacidade lógica e de trabalho vão alem de qualquer expectativa; coerência, conexão, seja qual for o adjetivo, todas as mulheres do planeta já provaram que têm. Elas conquistaram os cargos mais desejados pelo universo exclusivo masculino; são hoje Presidentes de Repúblicas, Senadoras, Juízas, Desembargadoras, Ministras, motoristas, em cada cargo disponível no mercado de trabalho no mundo há uma mulher desempenhando com louvor; tais prerrogativas só enalteceram as suas posições nas decisões modernas em todas as áreas.

Até pouco tempo atrás, aqui mesmo no Brasil, era comum ouvirmos das famílias, desde a mais pobre até a mais abastada, que suas filhas seriam criadas para serem damas da sociedade; a mulher nascia e já recebia a predestinação de serem delicadas; tinham que ter a festinha de debute, depois eram submetidas a uma jornada à caminho da formatura básica e só então se começava o rito de encontrar o marido certo, pelos quais dedicavam a vida até a morte.

Cada moça de família no século passado sonhava ter uma máquina de costura; toda mulher queria ser prendada na cozinha e seu útero era acostumado a receber às vezes dezenas de crias. Vestiam-se com o pudor da época e jamais era permitido ter amizades masculinas; a mulher que não fosse moldada com estes critérios podia ser rotulada de vadia, prostituta.

Com todas as agruras que estas mulheres sofreram ao longo de milênios, poderia até ser comum vermos hoje uma massa de gente do sexo feminino sorumbático e apagado, do mesmo jeito que são algumas mulçumanas; poderia até estar vestindo burcas e ainda perambulando pelas ruas na prática da mendicância; as mulheres poderiam estar mutiladas no corpo e na alma, mas ao invés disso, elas se aperfeiçoaram, às vezes até mais do que os homens; buscaram seus espaços exclusivos e lideraram uma marcha silenciosa em busca da liberdade e do progresso.

A mulher se tornou exclusiva e soberana nas artes, na política, no comércio e na diplomacia internacional; transformaram seus corpos e suas cabeças sofreram a maior e mais gloriosa transformação. Mudou-se todo o jeito de vestir, de falar, de trabalhar e de encarar os problemas mundanos com mais firmeza e menos delicadeza. A mulher de boa parte do mundo deixou de ser e viver como Alice no país das maravilhas e incorporou a face de Dante e o espírito de Maquiavel, não fosse isso, não seria o totem importante que é hoje.

Quando falamos em corpos, ah! as mulheres são os destaques; nenhum Adônis, nenhum Michelangelo, Rodin, seja criador ou criatura, jamais foram capazes de chegar aos pés aos pés do mais reles corpo de uma mulher. Face, seios, vulva, glúteos, pernas, coxas, mãos, lábios, dorso ou cabelos; estas criaturas do sexo feminino dão um banho de beleza, charme, candura, erotismo; toda mulher possui somente para si o DNA da beleza e isso ninguém consegue tirar delas, nem os homens, nem a história.

Se mirássemos apenas nos exemplos daquelas mulheres de Atenas, como disse Buarque, veríamos outro tipo de mulher, bela e exótica, mas ainda dedicada aos maridos, os guerreiros da Grécia antiga. Conta à história que elas se perfumavam; se embelezavam; se banhavam com leite e quando fustigadas, não choravam e secavam por seus maridos. Grande parte da mulher de Atenas, pelo menos a da história, morreu, foi cremada e jamais lembrada!

Com tanta transformação e tantos desembaraços a mulher não perdeu a vaidade, para delírio de nós, os homens que as veneram; se vestem cada vez mais exuberantes, se perfumam com as mais intrínsecas e notáveis fragrâncias; discernem sobre temas que sequer ouviram falar no passado e seduzem homens e outras mulheres.

Inspirados em todos os aspectos pessoais das mulheres foram criadas delegacias, Leis, espaços e respeitos especiais para proteger elas, que durante tanto tempo foram descriminadas, humilhadas e escravizadas, ainda assim há quem queira ver todas estas mazelas do passado retornar para que as mulheres sigam sem direitos e desrespeitadas ainda mais do que já foram. Nações, povos e culturas insistem em vê-las como um segundo plano, como se servissem apenas para abrirem as pernas e saciarem os desejos mais imundos e sórdidos dos que se dizem “machos”.

Precisamos de modo global, não enxergarmos as mulheres como um “pedaço de carne”, como se estivessem à venda num açougue ou livres para os desejos sexuais. Até hoje, quando uma mulher é estuprada, há uma vergonha generalizada que a faz não queixar-se; há um medo também global de durante uma queixa policial contra seus algozes elas sejam interpretadas como facilitadoras, como se o abuso sexual ocorresse apenas no meio selvagem e jamais no ambiente da família ou do namoro; este tipo de critério ainda perdura e faz da mulher um objeto de ascos.

A violência contra qualquer tipo de animal é inquestionavelmente desprezível; contra os seres humanos é ainda mais gritante, mas contra a mulher é intolerável e deveria ser ainda mais combatida; severamente punida como forma exemplar.

Eu já tive duas, hoje vivo com duas e não as quero jamais longe de mim; minha esposa e minha filha são as mulheres que dormem comigo, que me beijam, me abraçam, me ajudam e me fazem ter ainda mais orgulho de ser homem e de tê-las nos momentos bons e ruins sempre ao meu lado. Para estas duas e tantas outras mulheres do mundo, as que se perfumam e as que sequer sabem o que é uma nota; as brancas, negras, orientais, amarelas e azuis; as mulheres de todos os continentes, dedico este texto e todos os louvores deste 1º de Maio, dia Internacional de Lutas.


CARLOS HENRIQUE MASCARENHAS PIRES.

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